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18 de dezembro de 2025

{Resenhas despertas} Quinta ou Morto: Um mistério knives out! (sem spoilers)

O primeiro é melhor e enquanto o segundo é mais divisivo que eu também o acho melhor por tentar algo diferente (e mais interessante), mas, verdade seja dita, Vivo ou Morto (um mistério knives out) é um deleite pela atuação brilhante de praticamente todo o elenco principal.

Confesso que os títulos dos filmes vão fazendo menos sentido conforme a série avança, e, aqui particularmente existe o problema de que ele acaba meio que com um spoiler do que acontece na reta final da película (o que talvez se mostrassem nos minutos iniciais e retroagisse a isso talvez faria mais sentido com o título e assim criando mais suspense), mas, francamente só vejo que algum outro título funcionaria melhor. Se eu posso fazer uma sugestão (ainda que não mude com um filme já lançado) eu acho que Entre Padres e Segredos (ou Priests Out no original - ambos como alusão ao primeiro filme, Knives Out, Entre Facas e Segredos) funcionaria bem, mas, ei, agora já foi.

No entanto, existe algo que torna esse filme mais para um 'filme para tv' ou um 'episódio especial de um seriado' que propriamente algo para se ver nos cinemas e, mais especificamente, para servir de continuação para os dois que o precederam. Tudo parece menor e mais contido (uma cidadezinha de interior, um mistério pequeno envolvendo um séquito de personagens e principais suspeitos - e que fica na cara quem é o culpado bem antes da metade do filme), e nisso talvez até seja um problema dos projetos mais recentes de Rian Jhonson como Poker Face ou da própria Netflix de fazer deste material a terceira parte de uma série, quando podia facilmente ser um especial de Natal com alguns atores menores (eu acharia muito legal se trouxessem pro proejto gente como o Tony Shalhoub no papel do padre ou James Roday como o autor decadente ou Sherilyn Fenn como a carola devota pra um especial de natal de um serviço de streaming).

Mesmo que a atuação da Glenn Close seja espetacular e o Daniel Craig não desaponte como Benoit Blanc, eu genuinamente duvido que o filme seja lembrado na temporada de prêmios, e, o roteiro precisava de uma ou duas revisões (até porque acaba meio que mesclando elementos demais - na minha opinião - dos filmes anteriores sem criar algo novo e interessante por si só). Diria até mais que se fosse um especial dividido em duas partes com algum espaço para respirar entre os intervalos as revelações funcionariam melhor. 

Talvez o filme tenha no seu conflito principal (do dilema da fé) o tema mais espinhoso dos filmes até então, e, justamente na forma como conta a história e apresenta os personagens, talvez o filme não será bem recebido e visto com bons olhos pelo público - principalmente o público que gostou dos outros filmes. Religião é sempre controverso e os fanáticos que batem palminha pra desejas parabéns pra Jesus raramente aceitam críticas ou visões diferentes da deles, então quando um filme que tem como mote a mudança na perspectiva da religião que deixa de ser acolhedora para servir uma agenda fanática (e facilmente vista em tantas vertentes religiosas por aí), é fácil que pra essa galera pra quem a carapuça vai servir que essa galera xingue e fale que é a esquerda lacradora e canceladora e mais um monte de mimimi... 

Vale a pena, sem sombra de dúvidas, e, fazer uma maratona para ver os três na sequência é um ótimo plano para o fim de ano (muito mais que passar tempo com parente bêbado com brilhantes ideias de investimentos para seus negócios que ano que vem vão bombar com toda a certeza!). 

16 de dezembro de 2025

{Especial de Natal} Evangelho da Prosperidade de cu é rola!

Fim de ano, época de reflexão, falsidade e hipocrisia (acompanhada de um aumento de gastos) e o que melhor para contemplar todos esses assuntos num só que o Evangelho da Prosperidade?

(E, psst, que na verdade é uma forma para capitalizar tanto no coach como figura religiosa como para surfar na onda de O Segredo de 2006 - e que se tornou um dos maiores fenômenos coach da história - mas que, e isso é verdade, já vem da galera yuppie dos anos 1980, que a gente pode lembra da Xuxa falando que tudo que ela quisesse "o cara lá de cima iria dar" mas mesmo de visões distorcidas ao longo da história que seguiam exatamente essa mesma visão de opulência aos escolhidos e favorecidos de Deus como uma recompensa por sua devoção). 

Isso tudo faz sentido numa análise do Velho Testamento que traz várias passagens compatíveis com o Evangelho da Prosperidade (e que é o motivo pelo qual essa galera gosta tanto de citar as histórias do Velho Testamento) sempre catando milhinho para formar algo que compactue com a visão e a necessidade de mostrar que Deus recompensa (com bens materiais) os seus. É claro que também é um livro cheio de animais falantes, plantas falantes, anjos e criaturas fantásticas (além de milagres gigantescos como a abertura do mar ao meio para citar apenas um) mas curiosamente quem lê o material não consegue entender que ele não é literal e suas histórias são metáforas e aforismos para eventos reais ou não (mesmo quando ele se contradiz consigo mesmo).

Quer dizer, se você extrai moralidade da história de um homem que cafetina a própria esposa, bom pra você eu acho... Ou se conseguir me explicar de onde saiu a esposa de Caim (quando ele e Abel eram os únicos filhos de Adão e Eva), mas não vamos fingir que esse é um material inquestionável e (com uma mensagem) consistente de começo ao fim.

E enquanto isso é bastante curioso quando levamos em conta que Cristo (que é a figura central de algumas religiões que, talvez você tenha ouvido falar, além de figura central do Novo Testamento) desmonta quase que a totalidade do Evangelho da Prosperidade com uma única linha (e sim, que é aquela sobre como é mais fácil passar um camelo por uma agulha que um rico entrar no reino dos céus - e, ela nem é a única, porque o próprio Cristo diz em outra passagem que dinheiro não é coisa de Deus ao dizer 'A César o que é de César' e em outros exemplos como o sermão da montanha e a lição sobre dividir e compartilhar, mas, né, eu disse que é só um exemplo), mas vale lembrar que Cristo também joga o próprio Velho Testamento ribanceira abaixo com vários dos exemplos em que ele abre mão de conceitos e preceitos nele defendidos (como quando ele abandona o "olho por olho, dente por dente" do Êxodo e Levítico ao oferecer a outra face ou quando em pelo menos duas situações defende pessoas que violaram os 10 mandamentos - inclusive na própria crucificação ao acolher o 'bom' ladrão).

Claro, claro que a Bíblia foi editada e alterada dezenas de vezes desde sua escrita (que, vale lembrar nós nem sabemos quando foi e por quem), e no telefone sem fio dos séculos desde o Novo Testamento até os dias de hoje, muita coisa foi alterada para acomodar uma visão mais pacificadora de Cristo com relação ao Velho Testamento... Mas ele tem visões completamente diferentes do que é defendido naqueles livros, e não é pouco, ao ponto que alguém que se diz cristão mas ignora os conselhos do nome central de sua religião para buscar conselhos mais antigos, bem, eu diria que não é particularmente um bom cristão, ou só é hipócrita pra caralho defendendo seu próprio hedonismo com um verniz religioso, né?

Ainda mais quando a gente tem que lembrar que o Velho Testamento já era velho pra caralho no tempo de Cristo quando o próprio trazia sua revisão e reinterpretação da coisa toda. O Velho Testamento é algo de quase 6000 anos atrás, mais próximo da pré-história e do início da agricultura que da queda do Império Romano (e que pra nós, hoje, é algo incrivelmente distante com duas eras histórias nos separando disso), e se você acha que as histórias do Novo Testamento foram alteradas ao longo dos séculos num interminável telefone sem fio, o que dirá de livros que surgiram antes mesmo da palavra escrita e contemporâneos de um mundo permeado de religiões politeístas?

Só que isso nem é o pior quando a gente analisa a coisa toda, né?

Porque o próprio Velho Testamento tem muito mais exemplos que vão contra o Evangelho da Prosperidade que exemplos a favor. Sim, Davi é escolhido por Deus pra enfrentar um gigante e recebe a dádiva de acertar um sujeito com uma pedra no meio das têmporas... Sansão é picado por uma peruca radioativa e Abraão recebe fortunas e bençãos por se mostrar disposto a matar o próprio filho, mas, e a galera contrária?

Como Abel que era só um sujeito cuidando da própria vida (e, vale lembrar, que sacrificava animais a Deus, assim como Abraão mais tarde sacrificaria o próprio filho), quando foi assassinado pelo irmão por inveja. Jonas que ficou no ventre da baleia (por vontade própria até subir por céu - ou, ou!) ou Jó que perde tudo devido a uma aposta entre Deus e o Diabo (e fala pra mim que isso não parece algo diretamente saído do Olímpo em que os muitos deuses faziam seus joguetes com a vida das pessoas...?), e mais vários outros exemplos que reforçam que enquanto alguns escolhidos receberam dádivas e bençãos, outros tantos se foderam sem motivo algum (ou por motivos que nada tinham com suas ações como o caso de Jó ou Abel).

Droga, eu poderia facilmente mostrar outros exemplos que vão do Gênesis com Eva - e toda mulher depois dela - sendo condenada a dores menstruais ou mesmo as cobras a perderem os membros e ter de rastejar (é isso mesmo, o papo de que a cobra era o diabo é coisa bem mais moderna e secular, de Paraíso Perdido) e não obstante de toda uma galera que mesmo com suas dádivas e bençãos só sofreu e se fodeu também (como o já citado Sansão que perde a cabeleira, perde a força e morre traído pela única mulher que amou - de novo, muito parecido com tragédias gregas), e, sinceramente, eu ainda assim poderia facilmente apontar para a picaretagem e a pilantragem de quem vende esse tipo de coisa (e mesmo assim não se deu bem), mas obviamente isso não ajuda porque é o viés de confirmação que vale (a pessoa que vende o Evangelho da Prosperidade e consegue sucesso e nisso reporta que conseguiu sucesso porque vendeu o Evangelho da Prosperidade - enquanto quem se deu mal ou não acreditava de verdade ou não fez alguma coisa direito), e nesse aspecto nunca fará diferença apontar milhões de exemplos.

Mas ei, quem sabe se você pedir uma Mercedes Benz e for bem bonzinho, Deus não dá um jeito pra você? 

15 de dezembro de 2025

{Resenha Lixo} O Sobrevivente (2025)

Me dói falar que um filme de Edgar Wright é ruim, mas, se eu preciso ser extremamente franco e honesto... Dá pra dizer que O Sobrevivente é um filme de Edgar Wright?

Quer dizer, é tão no automático com escolhas tão clichês que facilmente se diria que ele só assinou a direção por imposição contratual (o que eu não duvido ainda mais desde os últimos filmes do diretor que não foram nem de longe um sucesso nas bilheterias).

E honestamente nem é que o filme seja ruim particularmente. Nada inspirado, clichê e algo que seria muito mais interessante uns trinta ou quarenta anos atrás? Sem sombra de dúvidas, mas, ruim...? Nem isso o filme consegue de fato almejar porque é um constante platô de mediocridade.

Agora, se é necessário dizer qual o grande problema do filme, não tem como fugir de uma crítica social que não se sustenta, que não carrega nenhum peso, e, que outros filmes (inclusive bem ruins) fizeram bem melhor como Gamer de 2009 ou mesmo que o roteiro não se esforça minimamente para tecer qualquer comentário que poderia incomodar alguém ou no mínimo provocar alguma reflexão...

Quer dizer, a polícia se torna privatizada e controlada por grandes monopólios corporativos (de mídia) e um filme produzido por um grande monopólio corporativo (de mídia que vive bajulando o presidente dos Estados Unidos) nos diz que isso não é exatamente ruim, são pessoas ruins que estão administrado a coisa toda...?

É tudo tão vazio e incapaz de tentar um mero e mínimo comentário social - além de uma menção ou verniz (raso) de um pensamento de algo mais complexo. Tudo feito para funcionar da forma mais genérica possível e para ser consumido e esquecido antes mesmo que você deixe a sala do cinema.

Nem vou fingir que o filme dos anos 1980 seja (minimamente) melhor, mas não parece tão vazio sem propósito.

Isso é como o Robocop do Padilha, uma pálida imitação sem a capacidade de reflexão.

E o pior é que nem chega perto dos piores filmes do ano... 

11 de dezembro de 2025

{Resenhas de Quinta} Vodka Superman

Eu falei do selo Absolute há pouco mais de um ano atrás, e, a verdade é que não me supreendeu, mas, verdade seja dita, era Scott Snyder de quem eu não tenho grande apreço ainda que me pareça que o público em geral gosta bastante (e o fato que ele continua de maneira bem consistente a produzir quadrinhos do Batman mesmo que eu não entenda como ou porque - deveria pelo menos indicar alguma coisa).
 
Pra mim essa eterna tentativa de atualizar personagens de mais de 80 anos para os tempos atuais é uma luta que as editoras não tem como vencer, e, honestamente, com as repetições só mostra e fede a desespero - e considerando que a empresa da qual a DC faz parte vem sendo negociada na cifra de bilhões entre diversas propostas, me parece bastante que desespero é a palavra do dia na editora.

Quando saiu, eu tinha lido a primeira edição de Absolute Superman e Absolute Wonder Woman todas juntas em 2024, e, nada disso chamou minha atenção até Absolute Martian Manhunter, cuja arte é espetacular e embasbacante (e o roteiro é bem interessante mesclando elementos de um noir psicológico com a origem de um super herói), mas de toda essa leva, a dupla criativa mais interessante sem sombra de dúvidas é a de Superman.

Jason Aaron foi meu escritor favorito nos anos 2000-2010 com Scalped e ele continuou produzindo material muito bom com Southern Bastards e mesmo seus trabalhos mais do mainstream da Marvel com o Thor e os X-men, e Rafa Sandoval é um artista extraordinário que consegue produzir páginas fascinantes cheias de detalhes nos quais é fácil se perder por horas procurando.

Certo, então qual é o problema, você pode se perguntar? E, bem, enquanto eu particularmente acho que tem muita coisa interessante aqui na reinvenção do conceito do personagem, de Krypton (como um paralelo mais claro de um mundo diante de destruição em que as Elites se mantém inertes, deixando o planeta morrer por lucro), existe tanto o aspecto cínico de que essa é apenas mais uma revisão da origem do Superman nas últimas décadas (e que como todas as outras, em breve ninguém vá nem se lembrar de uma vírgula disso), quanto, bem, o aspecto prático em que tudo isso se parece tão falso e pronto para desaparecer com um estalo de dedos como os Heróis Renascem ou seja qual outra mudança descartável que ocorreu numa tentativa de chamar atenção numa indústria moribunda que não sabe mais como se comunicar com o público.

Nisso, a história em si não importa tanto se é boa, porque fica uma pulguinha atrás da orelha o tempo todo de que isso é um mero exercício de futilidade do escritor, uma mera ficção de fã que em breve desaparece tal qual uma onda ao colidir com a praia.

Só que não é só isso, não é mesmo?

Quer dizer, a história se perde numa confusão entre tentar escrever uma história do Superman herói operário lutando pelos direitos do povo comum contra o complexo industrial militar capitalista em sua mais pura forma enquanto tenta de maneira similar definir quem é esse verdadeiro povo comum - e como a ciência é de alguma maneira parte das Elites ou uma estratégia de alienação usada por essas Elites para controlar o povo... Isso parece, ao menos em partes, agradar a um público mais amplo, com uma demonstração do herói de colarinho azul lutando contra os grandes capitalistas, mas quanto mais eu avanço, menos isso faz de fato sentido.

Só que, e aí começo a analisar que esse ponto faz sentido para um grupelho específico, um grupelho que quer fazer a 'Murica grande de novo e que acha que eles - gente trabalhadora de colarinho azul do povo comum são oprimidos pelas Elites, ou seja, as universidades e a comunidade científica - que são paralelos claros que vemos na série.

As Elites científicas de Krypton negam as evidências da potencial destruição do planeta enquanto na Terra o grande vilão (Braniac e depois outro mais secreto, sem spoilers - que controlam uma grande corporação farmaceutica, sabe, vendendo terríveis vacinas contra os heróis MAGA?), e isso move nosso herói a se rebelar contra o sistema e mobilizar a população.

Mas isso é parte do ponto também uma vez que o universo Absolute compartilha numa perspectiva mais pessimista e terrível do mundo recriando os personagens do universo DC...? Sinceramente, acho uma forma de apelar a um público claramente estúpido em oferecer exatamente o que eles gostam (e querem) com uma desculpa para ajustar posteriormente (caso isso tenha uma repercussão negativa), ou simplesmente de dizer que é a ideia desde o começo (ainda agora com a Paramount pelassaco do Trump e do MAGA talvez a futura dona da DC).

E nem é de dizer que é ruim porque eu não concordo com a visão política, é porque a visão política é ruim ao colocar cientistas como ruins enquanto o sujeito que mata toda uma população é só um lacaio contratado cumprindo ordens... 

Vale pela arte e o roteiro de Aaron é interessante em sua reivenção do personagem mas a perspectiva da história segue um rumo que não vale a pena, nem por curiosidade.

9 de dezembro de 2025

{Explicando? os roqueiros reaças}

Enquanto eu tinha bastante coisa pra falar sobre a Netflix comprando a Warner - e um bando de otário fã de games reclamando porque agora a Sonia Blade vai ter cabelo azul - a Paramount jogou água no bolo e talvez agora seja a vez de Brett Ratner escalar Melania Trump em todos os papéis (para mostrar toda a sua versatilidade artística), até porque não é como se a Paramount tivesse estragado alguma franquia baseada em jogos, não é mesmo...

Até porque, na visão desses caras, a WB (que vem enfrentando problemas financeiros há um bom tempo e justamente por isso foi vendida para a Discovery e justamente por isso agora está à venda de novo) parando nas mãos da Netflix ou qualquer outro estúdio, o problema não é para as centenas ou mesmo milhares de profissionais que estão sem saber o que vai acontecer num futuro próximo ou conseguem sequer imaginar próximos projetos (ou mesmo saber se estarão empregados até o próximo Natal).

O problema pra esses gamers mimizentos é que não sabemos do futuro de Mortal Kombat ou qualquer outra franquia de games que a WB produza caso a empresa pare nas mãos de outra companhia... Quer dizer, desde que a SNK e a EA foram vendidas para um conglomerado árabe e continuaram a produzir jogos (sem que os personagens pintassem o cabelo de azul), tudo certo, não é como se a família real matasse jornalistas por lá ou qualquer coisa.

E o fênomeno do gamer reaça não é particularmente pior que o roqueiro reaça então deixa o Felipe Boni explicar o roqueiro reaça e semana que vem eu volto com algo mais concreto (eu acho): 


4 de dezembro de 2025

{Resenhas Algoritimcas} Stranger It

Enquanto eu confesso que não gostei de quase nenhuma das temporadas de Stranger Things além da primeira e da terceira, e, existe toda uma gama de problemas que a gente poderia passar um bom tempo discutindo e desenchavando, e em grande parte porque a quarta temporada é bem ruim e esta temporada final (que eu sinceramente acredito bem pouco que seja de fato o final sem algum spin off, alguma série derivada como Strangest Things ou As Aventuras de Hop e Eleven - e, num mundo em que temos uma série derivada de The Office sobre um jornaleco, te parece de fato tão absurdo isso?)... Eu tenho que dar o braço a torcer que (ao menos até o momento) o que foi apresentado na temporada 5 é talvez a melhor continuação à primeira temporada.

Não é perfeito, claro, existem vários problemas sérios, um dos quais eu vejo como o dilema de One Piece, em que quanto mais se avançam os capítulos, mais irrelevantes conforme a série avança - e os conflitos aumentam exponencialmente - ao passo que outros personagens destoam justamente por acompanharem o aumento exponencial dos conflitos (deixando para trás os demais).

Quer dizer, Hopper era um xerife de uma cidade pequena (com seus dramas particulares) e quatro temporadas mais tarde sobreviveu à tortura numa prisão militar na Rússia ao passo que enfrenta largos grupos de militares altamente treinados (e bem equipados), enquanto a molecada da primeira temporada está terminando o colegial (e usa seu conhecimento de ensino médio para derrotar monstros transdimensionais e o exército da 'Murica).

E enquanto eu consigo aceitar os absurdos da ficção científica e do horror que a série embebe em seus conceitos eu não vou fingir que entendo o plano de Vecna envolvendo o sequestro das crianças (e como isso o ajudará em qualquer sentido - o que talvez seja explicado na segunda parte da temporada 5, ainda que duvide que fuja dos planos do vilão dos X-men, Apocalipse, que sim nasce nos anos 1980 como tudo na série, seja nos jogos da Capcom seja nos arcos ridículos dos anos 1990) ou como ele é tão poderoso em primeiro lugar (e sim, eu sei que isso é explicado em algum momento na temporada anterior - provavelmente algum momento que eu não prestei atenção) ou mesmo toda a contínua mitologia acerca do mundo invertido e o que ele significa...

Até porque tudo isso acaba parecendo sempre com alguma outra coisa mais conhecida na cultura popular, não é mesmo?

Os cientistas que se parecem com a Umbrella de Resident Evil (e não só eles, afinal os monstros lembram bastante alguns dos designs do universo de jogos), a mutante que tem poderes telecinéticos (sim, Jean Grey dos X-men) e que tem um ponto fraco que é sua kryptonita, o personagem inútil que descobre um poder escondido quando provocado (essa é um clichê bastante comum, mas Gohan de Dragon Ball só funciona dessa forma)...

E sim, eu repito, essa é a temporada que eu mais gostei desde a primeira...

Sei que o texto focou mais nos negativos que positivos até agora, só que se eu foco nos positivos acabo destacando spoilers e tirando a diversão de assistir à série e me parece melhor descobrir os positivos ao assistir aos episódios - ou, esperar que estejam todos disponíveis de uma vez só. 

2 de dezembro de 2025

{Reagindo aos reaças} Petry e a esquerda canceladorAAAAARGH!!!!

Eu confesso que de todos as reações à galera de direita defendendo coisas abjetas até agora, contrargumentar o que o Petry disse numa conversa com o Humberto Mattos um tempo atrás me parece o menor dos problemas, em grande parte porque ele não parece um desses otários bitolados que insiste no seu erro e continua apostando em algo errado mesmo depois de corrigido.

É naquela toada pra defender 'liberdade de expressão' pela terríve esquerda canceladora que perseguiu o Léo Lins por fazer piada (ignorando claro que o cara foi demitido do SBT - esse bastião da liberdade de expressão - por fazer piada que um dos apresentadores de extrema direita não gostou), e, eu poderia até explicar de novo a situação do Léo Lins mas me dá preguiça, e eu vou focar nesse mimimi da esquerda canceladora jogando reaça pra (zona de conforto da) direita.

Primeiro de tudo, se essa galera está se sentindo confortável em meio a racistas, nazistas e transfóbicos e toda uma gama de gente escrota... Bem, será que isso não diz mais sobre eles do que sobre a terrível esquerda canceladora? E olha que isso vem de silogismo religioso que a galera da direita adora, né? "Diga-me com quem andas que te direi quem és" (mas aí se o cara anda com racistas, nazistas e transfóbicos ele fica ofendido que estão chamando ele por qualquer um desses termos).

E curiosamente, eles se sentem ofendidos de serem chamados de racistas, homofóbicos e nazistas - e vão andar justamente com a galera que é racista, homofóbica e nazista... Engraçado, né? 

Assim, quando o cara do MBL vai pra uma zona de guerra pra praticar turismo sexual (ou quando os amiguinhos dele estão ligados a escândalos de corrupção), você vai cancelar ele só por isso? Puta esquerda canceladora, mêo!

Quer dizer, na lista de coisas que me incomodam bastante em termos de argumento ruim e forçado é essa manobra bizarra que a direita insiste em manter de novo e de novo de que "A cultura do cancelamento da esquerda..." tentando justificar ou mais importante se vitimizar de que, "Oh, meu Deus, acabaram com a carreira desse brilhante artista" (e veja que não tem um link na palavra desse, brilhante ou artista porque simplesmente não tem qualquer pessoa que preencha qualquer um desses critérios de alguém de direita que foi "cancelado" por lacração.

Saca, quando aparece aquele comediante ruim - tipo o Dedé Santana ou o Paulo Cintura - para dizer que 'hoje em dia eles não teriam programa mais na televisão'? Não porque eles são ruins por bosta e que eram carregados por gente muito mais talentosa que eles, é pela cultura de lacração (e não o fato que há quase cinquenta anos eles fazem as mesmas piadas - que já eram sem graça cinquenta anos atrás)!

Tem o sujeito que foi cancelado por assédio sexual (contra múltiplas funcionárias), tem o sujeito que foi cancelado por transfobia, tem o sujeito que foi cancelado por décadas drogando e estuprando mulheres... E todos esses caras continuam ganhando muito dinheiro (inclusive mais de um milhão da monarquia da Árabia Saudita num festival de humor alguns meses atrás)... Maldita esquerda canceladora, né?

(E olha que eu nem busquei muitos exemplos que, sinceramente, nem seria difícil passar de dois dígitos, mas sinceramente, esses caras parecem que ou foram prejudicados minimamente por repercussão negativa de seus atos ou são apenas gente que teve um breve momento de glória que já passou?) 

Curiosamente, se tem alguma coisa que se perde é a história da cultura do cancelamento e, como ela é indubitavelmente um produto da direita conservadora, e, eu poderia falar desde os tempos da Inquisição Espanhola e mais pra trás, ou pura e simplesmente falar sobre o MacCartismo e Frederick Wertham (de novo) e todo o prejuízo causado à indústria cultural como um todo (perseguindo atores, autores, diretores e produtores considerados 'não americanos')... Poderíamos falar horas sobre Lenny Bruce ou Raul Seixas presos por fazerem piadas (contra conservadores), mas, a verdade, e isso é importante, é que a direita é péssima em fazer comedia.

E nem é só isso, verdade seja dita. A direita odeia a arte como um todo e se esforça em perseguir quem produz algo diferente - de novo e de novo e de novo... E eu acho que já falei sobre isso algumas vezes até.

Nos anos 1970 eram os filmes de terror e o heavy metal (com mensagens satânicas escondidas de trás pra frente) que destruiam a juventude. Nos anos 1980 o rap (que curiosamente se torna mainstream quando o lorinho Eminem ou o mauricinho Gabriel, o Pensador entram nessa onda) e os satânicos jogos de RPG. Nos anos 1990 os videogames violentos e o hip hop. Isso segue e segue até hoje com a galerinha Maga queimando livros e o pessoal do MBL e Brasil Paralelo criticando o funk ou hip hop (curiosamente gêneros musicais predominantes de artistas negros).

Mas, claro, é a terrível esquerda canceladora que acabou com a carreira de algum produtor executivo que molestava atrizes e um comediante que colocava bolinha na bebida (e tem quase três dígitos de denúncias de estupro) é que é o problema, né?

1 de dezembro de 2025

{Resenha Lixo²} A série da Kim Kardashian e do Glen Powell

Começando dezembro com uma dose extra de cinismo, eu poderia me dar ao trabalho de aprender os nomes em português para estes dois seriados (que eu mal aguentei terminar o primeiro episódio de ambos)? Sim, mas honestamente você sabe que é ruim, eu sabia que seriam ruins desde o primeiro trailer... Droga, a série da Kim Kardashian você sabe que é ruim desde o anúncio de uma série sobre advogados estrelando Kim Kardashian e com o produtor Ryan Murphy (daqueles cada vez piores American Horror Story e não se limitando a eles).

Mas isso é um sintoma de algo maior, certo?

Não é por acaso que esses seriados existem e, francamente, eles continuarão a aparecer cada vez mais com influencers da internet ou idiotas sem talento migrando para o ramo da atuação que lança novos remakes e reboots porque, e isso é importante, essa é a única forma de chamar atenção ou pelo menos um pouco de atenção em um mundo em que séries são produzidas em massa com roteiros que já se pareciam com algo escrito por IA vinte anos atrás (afinal a equipe criativa tem o mínimo incentivo para produzir algo novo e efetivamente criativo).

Ao invés de dar uma chance a atores novos e desconhecidos para galgar o interesse do público através do talento de suas atuações combinada com roteiros bem escritos e produzidos (como historicamente ocorreu), você precisa da garantia de um sucesso ou ao menos da atenção do público por tempo o suficiente para descontar o cheque e, se isso não for renovado para uma segunda temporada (o que é bem provável, e, considerando os atores envolvidos eles mesmos não devem querer isso). E isso nem é o problema todo...

Atores e atrizes realmente talentosos não encontram trabalho ou no máximo pequenas pontas em seriados e filmes - que mal devem cobrir suas despesas para o set - enquanto toda uma espiral de incompetência forma a estrutura do nosso entretenimento, com roteiros que não funcionariam em uma reader's digest de 10 centavos.

Isso é algo estrutural para garantir salários mais baixos e maiores retornos para executivos? Claro, mas, de novo, não é só isso, pois o fracasso também traz retornos gigantescos para executivos de Hollywood, e, apostar em algo ruim como os seriados da Kim Kardashian e do Glen Powell são apostas extremamente seguras e coerentes para esses estúdios.

Se der certo, eles ganham dinheiro. Se fracassar? Ei, eles ganham dinheiro também tanto no curto como no longo prazo, ao deduzir as perdas através de programas do governo estadunidense (sim, que permite compensar o valor investido em entretenimento que fracassou de forma a mitigar riscos e manter investidores interessados - e que justifica situações como engavetar um filme de 70 milhões inteiramente gravado e produzido) ao mesmo tempo que oferece maior controle sobre todo o restante da indústria que não compreende as pessoas que escrevem os cheques (e que precisam aceitar termos cada vez piores com a perspectiva e risco de retornos ruins e perspectivas pobres - e que colocam Edgar Wright dirigindo um remake estrelado por Glen Powell para ter alguma chance ou perspectiva de dirigir de novo em Hollywood num futuro).

Particularmente nem me parece algo drasticamente diferente do que vimos nos últimos anos ou mesmo décadas... O problema é que, em 2025, ao contrário de anos anteriores, o número de exemplos positivos para contrapor essa tendência foi muito pequeno ou inexistente. Entre um ou outro seriado razoavelmente assistível ou interessante (mas nada particularmente impecável e genial), temos um novo remake um novo reboot, uma nova celebridade sem talento estrelando algum seriado ou, droga, até mesmo uma novela... De novo e de novo.

E talvez existam algumas jóias aqui e ali que surjam e se perdem nesse lamaçal de lançamentos (que tanto se esforçam para vender para o público goela abaixo) e, sem sombra de dúvidas isso também é intencional (como tática negocial com os criativos para redução de seus salários e condições).

Se isso vai mudar ou tem alguma perspectiva, honestamente, parece cada vez mais improvável, mas os números também acompanham essa tendência, com um retorno de investimento cada vez menor e estes executivos idiotas (ainda que mantendo seus altos cargos e salários por hoje), falhando miseravelmente em manter as empresas que lhe pagam os salários marginalmente acima da água até que um conglomerado saudita venha comprá-la... E, segredo, isso não é bom para manter essas empresas funcionando mesmo que por mais alguns meses.

Mas que essas empresas continuarão a chorar publicamente que o público não assiste mais ao conteúdo que produzem e que o problema são os celulares ou alguma coisa do tipo (e não o fato que o material produzido parece cada vez mais produzido por IA) e que concorrência é ruim, bem, não deveria te surpreender. 

27 de novembro de 2025

{Resenhas de Quinta} O Munster e eu

Eu confesso que me interessei pela premissa da série da Netflix O Monstro dentro de mim com Claire Danes e Matthew Rhys, e, com o primeiro episódio estava razoavelmente captivado. Claire Danes é uma atriz extraordinária e consegue produzir algo fantástico mesmo com o roteiro mais pedestre do mundo, e, bem, esse é potencialmente um dos roteiros mais pedestres do mundo.

Quer dizer, é aquele suspense/thriller que você já viu umas vinte e cinco mil vezes mas que no lugar de recombinar elementos e oferecer alguma reviravolta nova ou ideia original ou, sabe, qualquer coisa diferente (como mesclar elementos de outros gêneros como humor, horror ou dadaísmo pelo que importe) parece contente pura e simplesmente em produzir algo mais rocambolesco e achar que conveniência e personagens com listas (já elaboro mais nisso) é o suficiente.

Veja, eu não acho que um personagem precise de complexidade para ser interessante, e, muitas vezes os personagens mais interessantes são tão básicos e simples como pires. Batman funciona quase noventa anos depois (e gerou toda uma enormidade de derivados que viram seus pais ou entes queridos assassinados e por isso resolveram combater o crime), ao oferecer uma visão simples que permite desenvolvimento e complexidade.

Aghata (a protagonista vivia por Claire Danes) é uma 1) escritora vencedora de prêmios 2) endividada que 3) perdeu o filho num acidente de trânsito (que resultou 4) no seu divórcio e 5) numa complexa batalha judicial com o responsável), e, 6) está lidando com o bloqueio mental na produção de seu mais recente livro seguindo o sucesso do anterior.

Isso não é tudo, mas, honestamente já é demais e sobra ruído no quanto as informações se perdem e escapam - inclusive quando aparece o 1) agente do FBI bêbado que 2) tem um caso com sua ex-parceira e 3) está obcecado com um caso que nunca resolveu enquanto... - ao mesmo tempo que nada disso se refere ao foco da narrativa e da história. Isso tudo são apenas elementos, e, de novo, ruído para a trama principal que é do vizinho novo de Aghata que é um bilionário pomposo e excêntrico que pode ter matado a primeira esposa e essa turminha do barulho vai causar muitas confusões e virar a vida da pacata escritora de cabeça para baixo...

Quer dizer, o material mesmo se perde nessas listas de elementos que definem os personagens enquanto tenta justificar a história ou a narrativa de qualquer forma, ao mesmo passo que vai apresentando coincidências para que exista uma história (o vizinho que pode ter matado a esposa se muda justamente no aniversário da morte do filho de Aghata que percebe que está empacada com seu livro)...

E a história é tão boba e sem graça quando você tira esse ruído extra (ou talvez o diretor seja ruim e o roteiro não ajude, não sei dizer), que fica difícil recomendar. Talvez pela atuação fantástica de Rhys e Danes, mas, mesmo isso é pouco pra justificar qualquer coisa.

Talvez eu só não esteja no clima para esses materiais, talvez 2025 seja um ano ruim de produções (droga, Glen Powel continua não convencendo que consegue fazer qualquer coisa e por algum motivo que me escapa Kim Kardashian """"estrela"""" uma série que nem que me paguem eu assisto, e eu nem quero me repetir do que eu já falei, ou do quão pouco animado estou para o final de Stranger Things...), mas francamente por mais que eu tentasse de novo e de novo, não funcionou.

Só posso dizer que não é pra mim. 

25 de novembro de 2025

{Reagindo aos reaças} Influencers idiotas não acreditam na ciência

Te parece minimamente curioso que a mesma galera que duvida do pouso na lua acredite em alienígenas do passado? Quer dizer... Civilizações alienígenas conseguem viajar no espaço (e se manter incógnitas de registros históricos ao longo dos séculos) mas seres humanos (geralmente de tonalidade de pele diferente do branco na escala Pantene, curiosamente) não seriam inteligentes o suficiente para, bem, qualquer avanço científico mínimo.

A resposta para o motivo de algumas pessoas acreditarem que, bem, gente do passado não ser capaz de conquistar avanços brilhantes na história é, em geral, porque elas próprias não são muito brilhantes (como o trapaceiro influencer Jake Paul ou a Kim porque diabos é famosa afinal de contas...? Kardashian) e nisso são completamente incapazes de entender que, bem, existe gente bem mais inteligente que elas, e, invariavelmente no passado também existiria - e, no passado essas pessoas bem mais inteligentes se reuiniria com outras pessoas mais inteligentes para bolar projetos e encontrar soluções criativas para os problemas do passado.

Paul, inclusive, é um caso curioso de alguém que trapaceia em lutas - lutando boxe com ex-campeões de MMA (ou seja, diminuindo as opções desses lutadores) ou MMA com ex-campeões de boxe (basicamente a mesma coisa), ou, ainda lutando com gente bem fora de forma e longe de seu pico. Ou seja, se um trapaceiro diz que houve trapaça no pouso da lua, ele claramente entende uma coisa ou outra de trapaça.

Curiosamente, se existe uma coisa que trapaceiros não gostam é de fatos, e, quando analisamos os fatos históricos fica bastante claro através de fatos bastante comprováveis como os satélites que garantem o bom funcionamento de nosos aparelhos celulares (e não apenas eles) de que a corrida espacial foi um avanço considerável, e, que sua conclusão lógica seria chegar à lua (como ocorreu) e, que igualmente se uma fraude dessa natureza fosse produzida o outro lado se esbaldaria expondo seu adversário.

Certo, mas como é que essa galera que não questiona o governo 'Muricano quando ele vende armas para o Irã para comprar drogas na América Central (ao mesmo tempo que fortalecia - e fingia combater - o tráfico de drogas na Colômbia nos anos 1980 e a Venezuela agora para desestabilizar o governo - mas, ei, Nancy Reagan dizia que era só dizer não às drogas então está tudo certo).

Afinal, um barco de pescadores na Venezuela (onde os Estados Unidos não tem jurisdição ou deveriam atacar sob nenhuma perspectiva) ou um casamento no Oriente Médio (mesma coisa do parênteses anterior) é válido como alvo quando o governo diz que eram terríveis e perigosos terroristas (mesmo que somente quem diga seja o governo norte-americano e que, de noov, não tem jurisdição ou deveria atacar ali sob nenhuma perspectiva).

Nisso você acredita piamente em cada palavra da 'Murica mas quando existe toda uma linha do tempo, descobertas e avanços científicos justificáveis e mensuráveis que podemos vislumbrar em nosso dia a dia e nossas vidas, e que são consequência direta dos avanços da corrida espacial... Bem, aqui é muito difícil de acreditar, né?

Mais fácil confiar no pedófilo, amigo de um pedófilo (que curiosamente """"se matou"""" na prisão quando nenhuma câmera funcionava) que numa agência espacial que recebeu milhões para vencer uma corrida espacial (e, sabe, apresentou todas as provas disso - e não só os videos, as pedras lunares e todos os avanços científicos - que incluem a comprovação de teorias sobre a formação do universo - além de tecnológicos que conseguimos justamente por isso).

Afinal, qual dos lados pode ter mentido e ganha mais mentindo, não é mesmo?

Será que o boxeador que forja lutas para ganhar patrocinadores ou a mulher vazia e estúpida que é famosa unicamente por postar fotos (constantemente e de absolutamente tudo)... ou a agência espacial desenvolvendo conhecimento científico? Realmente difícil de imaginar a resposta...