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10 de janeiro de 2020

Rest in Peart (Neil Peart 1952 - 2020)


Quando fiquei sabendo do falecimento de um dos maiores ídolos meus eu confesso que fiquei em choque. Neil Peart não foi apenas um grande baterista, letrista e compositor que fez parte da maior banda de rock da história produzindo alguns dos álbuns e shows mais incríveis, mas Peart era também um sujeito com o qual eu me identificava bastante.

Sua personalidade mais introspectiva e reclusa de uma pessoa avessa às câmeras e holofotes, sendo um sujeito conhecido por devorar livros (mais que por fazer carreiras e mais carreiras de cocaína como tantos 'músicos' são conhecidos por fazer), e alguém que sabia muito bem trabalhar em equipe - constantemente levantando a bola para os demais integrantes da equipe emplacarem de letra.

Tanto que seu passamento vem com surpresa mesmo para vários dos mais fervorosos fãs que igualmente desconheciam da existência de sua doença (que não é inclusive de duvidar o verdadeiro motivo para a turnê final da banda alguns anos atrás - inclusive com Peart saindo de seu recôndito do fundo do palco para tirar uma foto com a plateia e se curvar teatralmente ao final do último show).
Peart bem provavelmente sabia já lá em 2015 que em breve cairia o pano.

Deixará saudades.

30 de julho de 2017

Simon & Garfunkel para começar a semana


Depois de uma resenha do mais novo filme de Edgar Wright (que eu tentei ao máximo fazer sem incluir spoilers - que incluem detalhes importantes para a trama), nada mais justo que colocar a canção que inspirou o título do filme (e que aparece juntamente dos créditos): Baby Driver da dupla Simon & Garfunkel.

10 de julho de 2016

{EDITORIAL} É mês do Rock, bebê!

Nunca menti na minha vida dizendo que sou 'eclético' quanto a meus gostos musicais, ainda que não os restrinja somente a um gênero e estilo musical.
Sim, ouço jazz. Sim, gosto da tropicália e de muito da obra de Gil e Caetano (pós-tropicália e tradicional mpb). Sim, gosto de música erudita.
Mas meu coração está no rock.

Existe algo de imaturo e idiota sobre o rock que propicia histórias fascinantes (como a da imagem ao lado o 'Best of the Beatles' que é o amargurado álbum de Pete Best após ser demitido da banda lançando seu trabalho solo), muitas delas hilárias (duas palavras: Keith Moon) e, sim, muitas delas trágicas graças a essa imaturidade e idiotice (vide o conflito enorme causado pelos Rolling Stones ao contratar uma gangue como guarda-costas).

Mais que isso, o rock sempre foi um gênero transcendental, passando das breves e fugidias batidas dos Ramones para as longas suítes do Jethro Tull (com o ápice nos 43 minutos de Thick as a brick), flertando com a música pop parnasiana e sem qualquer pretensão dos Bon Jovi e tantos outros 'glam' rockers dos anos 80 sem deixar de panfletar contra as injustiças sociais e culturais que talvez Dylan seja mais famoso, mas é Raulzito que de fato deu a cara para bater... Dá pra ir bem mais longe, com obras introspectivas e que buscam a natureza da solidão e da tristeza nos versos graves do Joy Division ou nos gritos do Nirvana assim como viajando no tempo e espaço através de canções mágicas ou científicas com Rush e Pink Floyd.

E é isso que é incrível. Há um pouco de tudo e para todos, que acaba até difícil de definir tanta coisa sob essa mesma e única bandeira.
Talvez o rock esteja morto como há tanto tempo se vem repetindo e dizendo, mas, bem, que se foda, afinal hoje é dia de rock, bebê!

12 de junho de 2016

{Editorial} A música realmente piorou?

* (Para sair um pouco do clima pesado dos últimos editoriais, proponho um assunto mais simples relacionado a entretenimento e nossas opções pessoais. Juro que farei o possível para manter leve).

Quando uma conversa sobre música surge com amigos e familiares, raramente o assunto deriva de 'Ah, mas antigamente é que se fazia música boa' com as variações (principalmente quando algum artista contemporâneo faz algum merda, como o caso recente do tal Biel*) 'Olha só essa porcaria de hoje em dia!'.

Eu, particularmente tenho sérias dúvidas dessa visão nostálgica de belos e lindos campos verdejantes em que a música era maravilhosa, o ar mais puro e a vida era muito melhor. Acho que é fácil sustentar meu argumento com familiares com a simples busca de algum álbum de fotos antigo (sério, quem quiser que argumente que aqueles cabelões, ombreiras e bigodes horrorosos eram melhores que o que usam[os] hoje).

Com amigos, e, principalmente gente mais nova que provavelmente nem tinha nascido quando a era dos cabelões era moda, fica um pouco mais difícil. Pouco.

Você conhece Echo and The Bunnymen?
Eu conhecia a banda por dois sucessos enormes que eles fizeram (Lips like sugar e The Killing Moon), e, sei que eles tiveram até uma fase considerável na onda da MTV, produzindo clipes que ganharam alguma notoriedade, mas, que sejamos bastante honestos e sinceros hoje são anos 80 demais para sobreviver, e, a banda parece uma versão 'b' demais de The Cure para soar diferente.

Não minto que gosto de um bocado de coisas da banda, mas, sem sombra de dúvidas eles foram um produto mercadológico de sua época como Duran Duran, Tears for Fears e outras tantas bandas (The Cult? The Church? The The? Midnight OilOingo Boingo?). Droga, conversando com amigos eu até me perguntei onde foi parar o Van Halen que era uma banda que lançava hit atrás de hit!

Sei que alguns podem ver padrões claros que eu não quero focar (sim, sim, todas as bandas citadas até agora são uma coleção de artistas caucasianos* - com Robert Smith do The Cure ganhando o troféu de mais caucasiano ser humano do mundo sem chegar a ser albino - e, sim, também era uma festa da salsicha*), que foram mudando com a chegada dos anos 90 (Michael Jackson, NWA e toda a levada do hip hop mudando o cenário musical).

Só que a verdade mais profunda e importante sobre tudo isso é que nenhum desses artistas foi exatamente julgado por seu talento e competência e sim pela sua habilidade de vender discos - e se manter relevante. Essa É ainda uma moeda bastante utilizada na indústria fonográfica, e, é de muitas formas uma moeda bastante injusta.
Quer dizer, Danny Elfman - que talvez você não saiba, mas faz parte de uma das já citadas bandas nesse texto - depois de sua carreira como artista pop fez algumas das mais famosas, grudentas e conhecidas trilhas sonoras dos últimos 30 anos. A música dos Simpsons? Da série animada do Batman? Dos filmes bons do Tim Burton?
É...

Isso é apenas uma condição bastante discreta, e, que, sejamos honestos não faltam exemplos para apontar de artistas que floresceram e perseveraram e nomes que francamente reservam um enorme exercício de memória (e Google) só para saber de quem ou o que se trata.

O tempo ajuda os bons, que, não só vão produzindo mais e mais trabalho, mas ganham mais notoriedade. Da mesma forma que muita gente não conhecia Echo and the Bunnymen, a brilhante Gentle Giant ou King Crimson (que são ainda mais antigas), raramente são lembradas em listas e fãs de música em geral.
Graças a internet, estão há alguns cliques de distância competindo por sua atenção da mesma forma que Beyoncé ou Taylor Swift (ou Anita para pelo menos um nome nacional).

Na época das cabeleiras, ombreiras e bigodões, para ouvir um In the Court of King Crimson (um dos álbuns mais fodas de todos os tempos), você precisaria encomendar e esperar semanas, talvez meses (e, talvez graças à censura do governo brasileiro nem receberia graças ao 'Crimson' - rubro - que algum censor poderia interpretar como propaganda comunista).

Hoje quem escolhe se vai ouvir 21st century schizoid man ou Lemonade, bem, é o público (não julgando um como melhor ou pior, diga-se de passagem). Mais que isso, existe o acesso a toda uma gama de outros, diferentes e diversificados artistas.

Essa é uma grande diferença sobre a distribuição musical, inclusive. Enquanto muitos nomes se fizeram (e foram desfeitos) por gente dançando, dançando, dançando ao som do radio, e depois comprando uma MTV hoje nós temos até o acesso aos próprios artistas através de suas redes sociais! Droga, dependendo do estágio na carreira que o grupo esteja, você não precisa de muito mais que um cutucão no facebook para receber um cd autografado! E olha que eu sou bastante tradicional, porque com o acesso hoje, achar bandas de rock progressivo nortecoreanas, de pop tibetano, folk lituanês e/ou de canto gregoriano costarriquenhas não é exatamente um desafio, e sim um teste de paciência, que a ferramenta que você está usando para ler esse post te dá as mesmas condições de encontrar um, se não todos os itens anteriormente citados.

O que quero dizer, de maneira geral e clara, é que a forma como consumimos música mudou, e, não tem mais como comparar com o jeito antigo. Em tempos passados existia um Darwinismo enorme que só os rentáveis sobreviviam no mercado fonográfico, enquanto hoje isso não importa (ainda existem discos de ouro?).

Hoje nos adaptamos e evoluímos a algo diferente, e, em alguns anos será outra coisa completamente.
Talvez você desgoste ainda mais do que virá, talvez os artistas de cinco anos no futuro sejam aquilo que você procurou a vida inteira.
Como aconteceu com seu prato favorito, primeiro se faz necessário conhecê-lo, e, hoje mais do que nunca existem condições para se conhecer de tudo.

26 de abril de 2016

A Genialidade de Thriller (de Michael Jackson, caso haja alguma dúvida)


Wisecrack explica a genialidade do álbum mais vendido de todos os tempos, e, por tabela, a genialidade do trabalho de Jackson.
Por mais que pareça simples - e hoje ainda mais - é necessário uma análise tanto do momento histórico dos anos 80 quando foi lançado, com o começo da MTV e toda a mudança no cenário musical que ela representou (o que justamente com videoclipes como o de Thriller de Jackson mudando completamente a ideia sobre o que FAZ um videoclipe ser crucial para o sucesso da coisa toda).

É também curioso como um álbum dos anos 80 ainda é mais progressista (com a integração cultural das participações de Eddie Van Halen e Paul McCartney - e o que elas representam no cenário de suas respectivas participações) que muita coisa lançada atualmente num cenário de tamanho conservadorismo que se tornam "valores" alguém ser 'bela, recatada e do lar'...

16 de maio de 2014

Tudo é parecido com outra coisa... Não é?

Depois de Kurt Vonnegut, do fantástico "Everything is a remix" e da banda australiana Axis of Awesome (abaixo E abaixo) fica difícil ver como (e SE) existem coisas novas e diferentes, não?

4 Chord Song
(Músicas com os mesmos quatro acordes repetidos, em sucessos repetidos pelos últimos 40 anos)

6 Chord
(Músicas que usam apenas seis acordes repetidos com pequenas variações - mostradas no canto superior direito, enquanto o título aparece da canção aparece no canto superior esquerdo)

Faz com que tudo seja tão parecido que até parece a mesma coisa, não?

11 de abril de 2014

Falha na transmissão?

Vendo o Loolapalooza domingo, qual não foi minha surpresa em ver o show do New Order (surpresa até porque não é exatamente um tipo de show que me chama a atenção)... E vejo uma versão de Transmission do Joy Division - bem parecida com essa de Glasgow:


Sei que eu sou meio chato pra um monte de coisas, mas... Não rolou pra mim não.
Pô, é só comparar com o original pra ver que não tem comparação...


Ian Curtis é o motivo pelo qual funcionava.

E isso é tudo que eu tenho a dizer sobre isso.

31 de janeiro de 2014

Barão Vermelho

Aos poucos, conforme fui entrando na idade adulta, muitas das coisas que eu gostava quando adolescente foram me causando certo asco.
Legião Urbana por exemplo é eu ouvir pra bater uma puta vergonha de pensar que eu achava gostava das letras e até das músicas (sem saber o quanto era chupado de The Cure, Smiths e outras bandas).
Tem muita coisa que eu fujo de perto quando começa a tocar como Raul Seixas (só bêbado em roda de violão com amigos e olhe lá, inclusive defendo que quem grita 'Toca Raul' deveria ser proibido de frequentar shows), Paralamas, Engenheiros do Hawaii (essa eu até escondo o rosto) e mais uma caralhada de bandas entre o metal peruqueiro (que excluo o Van Halen, não importa o quanto eles fossem mais peruqueiros que todos os outros, pelo menos eram - e são - fodas) e do cenário grunge de Seattle (que só sobrou o Pearl Jam, e pra mim hoje nem fede nem cheira).

No entanto, tem uma banda com a qual eu cresci que eu não consigo me cansar, e ousaria dizer que foi melhorando com o tempo: Barão Vermelho.
Sem o vocal entojado cheio de trejeitos e marras de Cazuza, a banda consegue encontrar uma sonoridade que valoriza os instrumentos, que dá liberdade para cada um dos músicos trabalhar - enquanto oferecendo chance para a voz grave de Frejat, que brilha por si. Como outras grandes bandas que admiro - e que continuaram a existir por décadas - são amigos que se reúnem para tocar juntos e se divertir.
Essa diversão vibra e ressoa com o público de maneira espetacular (eu que já fui nuns três ou quatro shows do Barão sei bem disso) e isso fica visível em shows como esse, o ao vivo MTV do grupo.

Sem mais delongas:


Maior abandonado (0:01)
Bete Balanço (3:08)
Cuidado (7:02)
Pedra, flor e espinho (9:49)
A chave da porta da frente (14:13)
Por que a gente é assim? (18:40)
Tão longe de tudo (22:21)
Down em mim (25:53)
O poeta está vivo (29:41)
Codinome beija-flor (34:45)
O tempo não para (37:42)
O nosso mundo (41:44)
Meus bons amigos (45:40)
Declare guerra! (49:42)
Malandragem dá um tempo (54:00)
Pense e dance (58:30)
Puro êxtase (1:02:57)
Por você (1:07:25)
Pro dia nascer feliz (1:11:16)

25 de dezembro de 2013

Presentinho de Natal: Toda a discografia do Talking Heads num video de 11 horas

Não precisa agradecer, mas se quiser... De nada!


1977 - Talking Heads: 77 
No. Title   Length
1. "Uh-Oh, Love Comes to Town" (2:48)
2. "New Feeling" (3:09)
3. "Tentative Decisions" (3:04)
4. "Happy Day" (3:55)
5. "Who Is It?" (1:41)
6. "No Compassion" (4:47)
7. "The Book I Read" (4:06)
8. "Don't Worry About the Government" (3:00)
9. "First Week/Last Week…Carefree" (3:19)
10. "Psycho Killer" (4:19)
11. "Pulled Up" (4:29)

1978 - More Songs About Buildings and Food 
No. Title   Length
1. "Thank You for Sending Me an Angel" (2:11)
2. "With Our Love" (3:30)
3. "The Good Thing" (3:03)
4. "Warning Sign" (3:55)
5. "The Girls Want to Be With the Girls" (2:37)
6. "Found a Job" (5:00)
7. "Artists Only" (3:34)
8. "I'm Not in Love" (4:33)
9. "Stay Hungry" (2:39)
10. "Take Me to the River" (5:00)
11. "The Big Country" (5:30)

1979 - Fear of Music 
No. Title   Length
1. "I Zimbra" (3:09)
2. "Mind" (4:13)
3. "Paper" (2:39)
4. "Cities" (4:10)
5. "Life During Wartime" (3:41)
6. "Memories Can't Wait" (3:30)
7. "Air" (3:34)
8. "Heaven" (4:01)
9. "Animals"  (3:30)
10. "Electric Guitar" (3:03)
11. "Drugs" (5:10)

1980 - Remain in Light 
No. Title   Length
1. "Born Under Punches (The Heat Goes On)" (5:49)
2. "Crosseyed and Painless" (4:48)
3. "The Great Curve" (6:28)
4. "Once in a Lifetime" (4:23)
5. "Houses in Motion" (4:33)
6. "Seen and Not Seen" (3:25)
7. "Listening Wind" (4:43)
8. "The Overload"  (6:02)

1983 - Speaking in Tongues 
No. Title   Length

1.      "Burning Down the House" (4:00)
2.      "Making Flippy Floppy" (4:36)
3.      "Girlfriend Is Better" (4:25)
4.      "Slippery People" (3:30)
5.       "I Get Wild/Wild Gravity" (4:06)
6.       "Swamp" (5:09)
7.       "Moon Rocks" (5:04)
8.       "Pull Up the Roots" (5:08)

9.       "This Must Be the Place (Naive Melody)" (4:56)

1985 - Little Creatures 
No. Title   Length

1.        "And She Was" (3:36)
2.        "Give Me Back My Name" (3:20)
3.        "Creatures of Love" (4:12
4.        "The Lady Don't Mind" (4:03)
5.        "Perfect World" (4:26)
6.        "Stay Up Late" (3:51)
7.        "Walk It Down" (4:42)
8.        "Television Man" (6:10)

9.         "Road to Nowhere" (4:19)

1986 - True Stories 
No. Title   Length

1.        "Love for Sale" (4:30)
2.        "Puzzlin' Evidence" (5:23)
3.        "Hey Now" (3:42)
4.        "Papa Legba" (5:54)
5.        "Wild Wild Life" (3:39)
6.        "Radio Head" (3:14)
7.        "Dream Operator" (4:39)
8.        "People Like Us" (4:26)
9.        "City of Dreams" (5:06)

1988 - Naked
No. Title   Length
1.        "Blind" (4:58)
2.        "Mr. Jones" (4:18)
3.        "Totally Nude" (4:10)
4.        "Ruby Dear" (3:48)
5.        "(Nothing But) Flowers" (5:31)
6.        "The Democratic Circus" (5:01)
7.        "The Facts of Life" (6:25)
8.        "Mommy Daddy You and I" (3:58)
9.        "Big Daddy" (5:37)
10.      "Bill" (3:21)

11.      "Cool Water" (5:10)

6 de outubro de 2013

O mágico de Oz, The Dark side of the moon e uma teoria sobre Sincronicidade.


Por muito tempo existe a história de que, se tocar o disco do Pink Floyd, The Dark Side of the Moon (com repeat, uma vez que a duração do disco é beeem menor que do filme) a partir do terceiro rugido do leão da MGM do filme O Mágico de Oz, passa-se a ter uma toda nova trilha sonora para o filme.

Não se sabe exatamente a origem dessa história, que tipo de maluco ou alienado passou seus dias e horas à procura desse tipo de situação, mas a explicação para o fenômeno é bem menos fascinante que todas as teorias conspiratórias e absurdos que se supõe sobre o assunto, mas, não obstante, é muito mais intrigante.

Pois bem, a primeira coisa que é preciso entender, é que nosso cérebro, por mais complexa ferramenta que possa ser, é falível e muitas (e muitas) vezes sujeito a alguns 'glitches'. Como as ilusões de ótica na obra de M C Escher.
São efeitos de nossas dificuldades de assimilar a percepção de profundidade, e o motivo para eu ressaltar Escher é que estamos falando de imagens estáticas aqui.
Toda ilustração, quadro ou escultura cravada em madeira feita pelo holandês retrata um plano sólido, estático e que, no máximo, simula a noção de movimento.

O princípio básico do cinema, porém, é o de usar imagens estáticas que passam em uma sucessão rápida (24 quadros por segundo) o que cria a ilusão de movimento --> mas lembre-se, aquilo são apenas fotos contínuas e sucessivas vistas em seqüência.
E essa ilusão se reforça com uma segunda, a de que àquelas imagens contínuas e sucessivas existe áudio, mesmo que às vezes (ou muitas vezes) o som que se ouve não tem nada com o som da situação quando gravada (como os efeitos sonoros ou o efeito de narração com voice over).

Mas existe mais que isso (bem mais...), como o fato que a velocidade da luz é muito superior a velocidade do som - mesmo que seja o tempo necessário para a luz projetada e o áudio gerado pelo seu aparelho de tv - o que faz com que os equipamentos tenham de gravação precisem compensar esse fato para manter essa ilusão de sincronismo.

Além disso, teorias de alguns neurocientistas como Benjamin Libet (procure por "Subjective backward referral" ou "Antedating") apontam que existe um atraso de aproximadamente 80 milissegundos entre o que é real, e o que nossos cérebros processam (o que faz bastante sentido considerando-se que por menor que seja, existe um tempo entre a informação - obtida por nossos receptores e sentidos seja transmitida através do sistema nervoso até o cérebro e processada).

Tem só mais uma coisinha, da teoria sobre Sincronicidade de Carl Jung, em que ele descreve e argumenta como às vezes forçamos padrões e coincidências pela existência de um mesmo significado, enquanto, na direção contrária, o economista Clive Granger propõe a condição entre correlação e causalidade (também aplicada ao campo da neurociência).

Com tudo isso, façamos uma breve pausa pra um café pra digerir essas informações.

Sério, pare um pouquinho, tome um café e relaxe antes de continuar.
Eu espero.


Pronto?

Então vamos lá:

Pela teoria de Sincronicidade de Jung, quando o tema é correlato, nosso cérebro consegue forçar a conexão existente entre duas coincidências, ok?

E, de uma forma bastante abrangente, o Mágico de Oz é um filme sobre uma garota triste e deprimida que encontra um senhor no meio da estrada que lhe vende drogas e então ela fica alta como uma pipa e começa a ver o mundo em Techicolor, para passar por estágios diferentes de uma viagem de drogas (incluindo a bad trip), e, após algum tempo ela só quer mesmo que tudo acabe para poder voltar pra casa.
Semelhantemente, The Dark Side of the Moon trabalha com a abertura de horizontes, simbolizada pela imagem da capa - o raio de luz branca passando pelo 'diamante' de LSD e então se tornando algo colorido, transcrevendo em canções sobre loucura (Brain Damage) ou como temos uma diferente concepção de tempo (Time) e obviamente dinheiro (Money).

Não é?

Bem... Nem de longe.
Pra começo, The Dark Side of the Moon, se tivesse que ser rebatizado com qualquer outro título, teria de roubar o nome de um disco do meu power trio favorito, o álbum de 1978: Hemispheres (inclusive a capa).
ISSO é sobre o que o álbum do Pink Floyd retrata: Dualidade.
Nós e eles, Tempo e Dinheiro (que convenciona-se dizer que um seja o outro), Breathe e Speak to Me são frequentemente creditadas como uma única faixa, e cada um dos 'lados' termina com uma alusão aos céus (The Great Gig in the Sky e Eclipse), inclusive como uma referência ao lado escuro da Lua.
Inclusive, as 10 faixas do álbum se dividem igualitariamente pelo lado A e B. Nisso não esqueça da questão dos dois hemisférios cerebrais, e, não obstante todas as teorias que diziam pela divisão nítida de funções por estes hemisférios.
E essa dualidade, novamente se assemelha aquela do álbum do power trio canadense, uma vez que as faixas do Dark Side permeiam constantemente entre razão e emoção (inclusive apelando ao vocal de Clare Torry para esse fim).
Entre essas dualidades, entra o tema mais perene entre sanidade e loucura (mais detalhado pelas frases - e gargalhadas - sobrepostas aos instrumentos, como "I've always been mad, I know I've been mad, like the most of us are. It's very hard to explain why you're mad, even if you're not mad.", na primeira faixa, além de toda a faixa Brain Damage, que é especialmente dedicada ao antigo cantor do grupo, Syd Barret, que justamente teve um colapso nervoso e ficou por anos internado em um sanatório).

O Mágico de Oz, por outro lado, trata de isolamento e depressão.
Dorothy é uma jovem solitária, que vive isolada em uma fazenda num cu de mundo sem qualquer pessoa de sua faixa etária, ao ponto que seu único amigo no mundo é um cachorro, e pior, terá que sacrificar esse melhor amigo porque ele atacou uma mulher amarga que mora nas redondezas.
Nisso foge, e... Bem, tome um belo fôlego e se prepare para algo que pode te chocar (e até acabar com sua memória de infância).
Pronto? Vou avisando que é meio pesado...

Não vá me culpar depois, hein?

Tem certeza?

Vamos lá, Dorothy foge e tenta o suicídio, fracassa - batendo a cabeça e passa por uma longa alucinação em uma terra mágica e bizarra com fadas, duendes e nada perturbadores anões que gostam de pirulitos... Uma terra fantástica e maravilhosa (e curiosamente familiar, já que encontra os rostos de funcionários da fazenda transpostos como o grupo de sua jornada por Oz). Claro que não é nada óbvio e claro, até porque estamos falando de um período da história em que, o mundo vinha caminhando de uma longa recessão - para entrar num grande conflito global. A menção ao suicídio é bastante velada, inclusive porque qualquer um que vê o filme consegue enxergar o potencial de fantasia para atrair um público infantil (com todo o colorido e as canções).
Até que ela acorda em sua própria cama, cercada de parentes e amigos e vendo que, de fato não estava assim tão sozinha.

Curiosamente, os temas de Alice no País das Maravilhas, permeiam muito mais dentro dos limites impostos pelo Dark Side of The Moon. O questionamento sobre a razão e a loucura... Mas não existe a sincronicidade jungiana aqui, existe?
Como explicar isso?

O tema em si não é correlato - a menos que numa extrapolação e de maneira beeeeem tangencial.
Inclusive, um bocado de situações se tangenciam (a noção das cores, a apresentação leve para temas complexos e pesados...), e é justamente toda essa tangencialidade que vai cruzando entre correlações e causalidades de forma que nosso cérebro estabelece - e força - as conexões necessárias para que exista uma sincronia.
Mesmo que não seja uma sincronia perfeita, ponto a ponto, nos vários pontos em que ocorre é possível estabelecer um padrão, e, aceitar que todas as coincidências, não sejam de fato apenas isso.

23 de setembro de 2013

Saudações ao chefe

Sou bastante honesto quando digo que, se perguntado inclusive pelo próprio, Bruce Springsteen não entra numa lista de melhores músicos, artistas ou álbuns - a menos que seja uma loooooonga lista (um top 50, por exemplo).
Sozinho ele é muito bom, e com a E Street Band, é excelente. Mas, honestamente, falta um pouco de tempero nessa salada pra mim (no que digo que vendo um rim pra assistir um repeteco do show de David Byrne e o Caetano se um dia acontecer, ou mesmo a alma pra Robert Plant e cia pintarem nas terras tupiniquins mas não me vejo triste por só ter assistido o show de Springsteen no domingo, numa gravação meio porca no VHS - sim, ainda existe).
E se tem algo que sumariza o show... Taí:
Foto do Instagram do Submarino (SubRocks)
O que falta talvez em musicalidade (sério, quantas músicas do "Born in the U.S.A." que ele tocou na íntegra, realmente valeriam a pena tocar? Além da canção titulo, acho que mais duas ou três músicas valem a pena mesmo - as faixas 9 I'm going down, 10 Glory days e 11 Dancin' in the dark), sobra em talento, simpatia e carisma.
Eu que assisti o VH1 Storytellers do cantor e vi toda uma nova definição de respeito se formando em minha cabeça, assisti o show do Rock in Rio e reafirmei minha fé na humanidade.
A melosa - e chata - Waitin' on a sunny day simplesmente se transforma quando Bruce passa o microfone para um espectador, e fica ali, pacientemente fazendo pose e o incentivando a continuar a cantar.
Além de abrir o show com (o refrão de) Sociedade Alternativa de Raul Seixas...


Repito: Acho que tem músicos muito melhores que ele - inclusive o Lenine que tocou no mesmo dia no palco Sunset - mas em termos de energia, carisma e mais que tudo isso, humildade... É difícil achar alguém que bata o Chefe.

Saudações ao Chefe parte II (que sai antes da parte I)

No pique do post sobre Bruce Springsteen, e já há tempos com a pulguinha das listas pululando na minha cabeça, aqui vai o Top 10 músicas do Boss.

10 - The River - Música título do álbum de 1980 que marca bem a postura de cronista das dificuldades do povo. Uma letra linda, mas como música é meio chatinha e depressiva demais...

09 - Streets of fire - Faixa do Darkness on the edge of town de 1978, e talvez a mais fraca da lista. Mas tem algo... Algo da letra, da sonoridade, que eu não consigo ignorar dessa música.

08 - Tunnel of love - Faixa do álbum de mesmo nome de 1987, e com a sonoridade mais 'anos 80' de todas as músicas de Springsteen que eu possa citar ou lembrar... Mas é uma faixa legal, bem divertida e simplesinha.

07 - Born in the U.S.A. - A música que Reagan usou na campanha presidencial - mesmo que falasse sobre toda a merda que rolava nos EUA durante o Vietnam... A ironia não está morta! Mas a música é uma crônica fantástica, e realmente merece ser ouvida.

06 - Glory days - Também do Born in the U.S.A. de 1984, e fácil a música mais animada desse álbum (apesar de 'Dancing in the dark' por algum motivo ser a música que pulula na mente coletiva... Acho que tem a ver com o clipe). É uma sátira bem interessante sobre o passar dos tempos, sobre os 'dias de glória' de colégio.

05 - Badlands - Riffzinho chiclete, música patriótica até dizer chega (se quiserem um substituto ao hino americano, mal precisam mexer na letra dessa música... Preste atenção ao refrão!), mas ainda assim é uma puta música bacana. Trabalho primoroso da E Street Band, e faixa do excelente Darkness on the edge of town de 1978.

04 - Born to run - Música do álbum de mesmo nome de 1975 (que também traz Thunder Road), com uma bela sonoridade e uma letra incrível.

03 - Atlantic City - "Everything dies, baby, that's a fact", a única música legal do álbum Nebraska de 1982, uma bela música sobre as mazelas do desemprego em massa e toda a desaceleração da economia americana da era Reagan dos anos 80... Como a 10 - The River.

02 - Thunder Road - Você só precisa das primeiras notas pra ver o quanto a música é diferente de todo o resto... E como o próprio Boss admite, a letra piegas é um mero detalhe para o convite ao ouvinte adentrar nessa turbulenta estrada, e, porque não, curtir a passagem.

01 - Darkness on the edge of town - Porra tem como ser diferente? Que letra! Que música! É o melhor do cara e ponto.


20 de setembro de 2013

Um álbum que vale muitas discografias...


Só a soma de talento da dupla (e mais todos os brilhantes instrumentistas que colaboraram no trabalho) dessa noite no Carnegie Hall em 2004, já suplanta todo o combinado de gente que participou do prêmio Multishow 2013... E com uma lista de canções invejáveis pra bater discografia de muita banda...

Byrne e Caetano esbanjam simpatia (Byrne arriscando um português, ou Caetano fazendo eco para o refrão de Byrne) num show acústico que alterna os cantores, até reuni-los ao final... (Nothing but) Flowers com a dupla é suficiente para justificar o show, mas todo o restante é igualmente brilhante.
O show surgiu quando Veloso, convidado a ser curador do Carnegie Hall para um evento chamado "Perspectivas" em 2004, resolveu chamar seu amigo de longa data e cabeça falante David Byrne, mas... É Caetano que rouba a cena com músicas mais robustas (Terra e Coração Vagabundo, são, pelo menos pra mim as melhores músicas do baiano), e cantando as composições de Byrne (Revolution foi escrita para ser cantada pelo Caetano, e ponto).

Se eu preciso de mais algo para convencê-lo, caro leitor, de que é bom ouvir esse trabalho, eis uma amostra fantástica:


Faixas:

1: "Desde Que o Samba é Samba" (Veloso) – 4:47
2: "Você é Linda" (Veloso) – 4:09
3: "Sampa" (Veloso) – 3:53
4: "O Leãozinho" (Veloso) – 3:05
5: "Coração Vagabundo" (Veloso) – 2:55
6: "Manhatã" (Veloso) – 4:10
7: "The Revolution" (Byrne) – 2:31
8: "Everyone's in Love with You" (Byrne) – 1:51
9: "And She Was" (Byrne) – 3:57
10: "She Only Sleeps" (Byrne) – 3:22
11: "Life During Wartime" (Byrne, Chris Frantz, Jerry Harrison, and Tina Weymouth) – 4:20
12: "God's Child" (Byrne) – 4:27
13: "Road to Nowhere" (Byrne) – 3:44
14:"Dreamworld: Marco de Canaveses" (Byrne and Veloso) – 4:55
15: "Ilê Aiyê" (Caetano Veloso and Moreno Veloso) – 3:35
16: "(Nothing But) Flowers" (Byrne, Frantz, Harrison, Yves N'Jock, and Weymouth) – 4:59
17: "Terra" (Veloso) – 5:54
18: "Heaven" (Byrne) – 3:56

19 de setembro de 2013

O que há de errado com o mundo de hoje?

Flight of the Conchords, a quarta banda folk mais conhecida da Nova Zelândia se propõe a responder...
(Ou não...)

Tradução (pelo menos da música):
Crianças nas ruas brincando armas e facas
Tomando drogas e as vidas uns dos outros
Matando uns aos outros com facas e garfos
E insultando-se cada um com nomes como bobalhão

Tem pessoas nas ruas pegando doenças de primatas
É, é isso que eu disse, estão pegando doenças de primatas
Porque isso está acontecendo, por favor, quem está tocando nesses primatas?
Deixem esses pobres primatas doentes em paz
Eles estão doentes, já tem problemas suficientes do jeito que está

Um homem está deitado nas ruas quando algum maluco corta sua cabeça
E eu sou o único a parar pra verse ele está morto, aaoohhh
Pelo visto ele está morto.

Por isso eu canto, Aaaaoooh o que está errado com o mundo de hoje?
O que está errado com o mundo de hoje (murmurio) nunca disse que há algo de errado com isso
Uoo, o que está de errado com o mundo de hoje?
Pense nisso, pense nisso, pense, pense nisso.

Policiais honestos são acusados e colocados em cana
E toda a grana que estamos gerando vão parar com 'o homem'

Que 'homem', qual 'homem', quando um 'homem' é um 'homem', porque é tão difícil ser um 'homem'
Eu sou um homem? Sim, quer dizer, tecnicamente sim...

Oohh, por favor, sont zootka eles estão transformando crianças em escravas
Estão transformando crianças em escravas para fazer tênis mais baratos
Mas qual é o custo verdadeiro, porque os tênis não me parecem tão mais baratos
Porque ainda estamos pagando tanto por tênis quando temos criancinhas escravas fazendo-os?
Quais são suas despesas de custos?

Bem, ao final de sua vida, você tem sorte se morrer
Às vezes eu me pergunto porque eu deveria ao menos tentar
Porque tentar
Eu vi um homem nas ruas quase morto
Ele tinha facas e garfos enfiados em sua perna
Ele disse, Ahh ahh ahh ahhhhhhhhwwww
Alguém pode tirar a faca e o garfo de minha perna, por favor
Ooh, por favor alguém poderia retirar esses utensílios de meus joelhos
Yeah yeeeeahhh
Aqui é o ponto que a gente dança um break
Aqui é o ponto que a gente dança um break
Vamos dançar um break
O que eles estão fazendo, eles estão dançando um break
O que estão fazendo, e agora estão deixando maneiro
Usando uma batida maneira e então nós vamos entrar com a batida
E então traremos de volta *gemidos* Uuuup
Wah wah wah waaaah!

Então abaixamos o tom
Sumindo o som, sumindo o som
Estamos falando sobre as questões, mas mantendo maneiro
Estamos sumindo o som, estamos apenas sumindo o som
Por que estão ficando quietos, estão apenas baixando o som
*barulhos de macacos*
Parem de tocar em macacos!

31 de agosto de 2013

Ao vivo, de Pompéia: É O PINK FLOYD!!!!

Talvez uma das ideias menos malucas do Pink Floyd seja justamente um dos shows mais icônicos já registrados do grupo.
Num antigo e vazio templo de Pompéia, lutando para manter o mínimo de energia para funcionar os equipamentos, David Gilmour e companhia registram esse evento memorável.

E vai por mim: Vale muito a pena!
(Só de ouvir - e ver - Echoes executada ao vivo na íntegra já vale o show!).


26 de agosto de 2013

(Nothing but) Flowers...

Clipes dos anos 80 como clipes dos anos 80 devem ser...
E Talking Heads em (um dos seus) melhor(es) momento(s). E nada além de flores...




E em versão acústica.

26 de julho de 2013

Para apreciar: Wilson Simonal

Som brasileiro da melhor qualidade, e talvez um dos maiores intérpretes que o Brasil já conheceu...
Talvez nem tanto, mas o cara era bom... E sem a manipulação para destruir o nome do cara (com acusações ridículas de que era informante do exército durante o tempo da ditadura), me faz levantar algumas perguntinhas meio perigosas... Será que se Simonal fosse branco teria passado por tudo isso?
(Se na indireta não ficou claro SIM, estou dizendo exatamente que o racismo é a causa principal - se não a única - da destruição da carreira do Wilson Simonal).

O documentário "Ninguém sabe o duro que eu dei" (Disponível no link: http://www.youtube.com/watch?v=wSS2_gi0tuY) mostra bem a trajetória do cara, o quanto ele pastou por uma série de acusações infundadas, vivendo com um estigma de algo que não fez.
E mostra o carisma que ele tinha em um palco - coisa que tem artista hoje em dia (que se acha a última bolacha do pacote quando está em cima de um trio elétrico) que tenta emular mas passa loooooonge...

Mas carisma é uma coisa que não adianta os produtores acharem que conseguem fabricar... Não, isso a pessoa tem de já ter.

E a estrela de Simonal deixa bem claro que ele, tinha de sobra...


25 de junho de 2013

Para valorizar: Os Mutantes

Um dos grandes exemplos de boa música no Brasil, a banda que introduziu ao mundo Rita Lee no longínquo ano de 1968 e mostrou que o Brasil também era capaz de fazer rock progressivo - sem ser chato e babacamente circense (sim, estou olhando pro Genesis).

No disco de estréia com parcerias de Caetano Veloso e Gilberto Gil além de uma versão do brilhante Jorge Ben Jor, enquanto Arnaldo Batista, Sérgio Dias e Rita Lee vinham encontrando sua voz e expressão... E curiosamente, neste álbum fazendo melhor que em todas as tentativas subsequentes... Mas ainda vale a pena lembrar deles de vez em quando, quando se procura um bom exemplo de que o Brasil é capaz de fazer boa música... Quando quer...


1.Panis Et Circenses
2.A Minha Menina
3.O Relógio
4.Adeus Maria Fulô
5.Baby
6.Senhor F
7.Bat Macumba
8.Le Premier Bonheur Du Jour
9.Trem Fantasma
10.Tempo No Tempo
11.Ave Gengis Khan