Nunca menti na minha vida dizendo que sou 'eclético' quanto a meus gostos musicais, ainda que não os restrinja somente a um gênero e estilo musical.
Sim, ouço jazz. Sim, gosto da tropicália e de muito da obra de Gil e Caetano (pós-tropicália e tradicional mpb). Sim, gosto de música erudita.
Mas meu coração está no rock.
Existe algo de imaturo e idiota sobre o rock que propicia histórias fascinantes (como a da imagem ao lado o 'Best of the Beatles' que é o amargurado álbum de Pete Best após ser demitido da banda lançando seu trabalho solo), muitas delas hilárias (duas palavras: Keith Moon) e, sim, muitas delas trágicas graças a essa imaturidade e idiotice (vide o conflito enorme causado pelos Rolling Stones ao contratar uma gangue como guarda-costas).
Mais que isso, o rock sempre foi um gênero transcendental, passando das breves e fugidias batidas dos Ramones para as longas suítes do Jethro Tull (com o ápice nos 43 minutos de Thick as a brick), flertando com a música pop parnasiana e sem qualquer pretensão dos Bon Jovi e tantos outros 'glam' rockers dos anos 80 sem deixar de panfletar contra as injustiças sociais e culturais que talvez Dylan seja mais famoso, mas é Raulzito que de fato deu a cara para bater... Dá pra ir bem mais longe, com obras introspectivas e que buscam a natureza da solidão e da tristeza nos versos graves do Joy Division ou nos gritos do Nirvana assim como viajando no tempo e espaço através de canções mágicas ou científicas com Rush e Pink Floyd.
E é isso que é incrível. Há um pouco de tudo e para todos, que acaba até difícil de definir tanta coisa sob essa mesma e única bandeira.
Talvez o rock esteja morto como há tanto tempo se vem repetindo e dizendo, mas, bem, que se foda, afinal hoje é dia de rock, bebê!
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