Honestamente eu acho que já falei tudo o que eu precisava falar sobre The Boys. Eu não gosto da série e acho que é superestimada, além do fato que ela só existe porque seu criador ficou putinho que as grandes editoras norte-americanas não lhe davam espaço para publicar histórias de guerra para publicar mais super heróis.
Eu já falei que a proposta não funciona (uma indústria farmacêutica produzindo gente super poderosa desde a década de 1950 e o mundo é virtualmente idêntico ao que nós vivemos com a diferença que essa indústria farmacêutica é basicamente as 50 maiores da Forbes combinadas e depois de quatro temporadas a série ainda não conseguiu explicar qual o papel ou função dos super heróis nesse mundo - além de serem famosos e idolatrados?), eu já falei que o comentário político é raso quando existente (e muitas vezes ele só tende para alguma cena grotesca - de cunho sexual, violento ou uma combinação dos dois), e, droga nada mudou nem dá menção de que vá mudar... Até o Estadão escrever "The Boys se assume woke, abraça o viés político e deixa rivais Marvel e DC para trás", e além do título longo, estúpido e que não significa coisa nenhuma.
Começo pelo fim, da dieia de deixar 'as rivais Marvel e DC para trás' que honestamente é *smack* um coco de cereja colocado num bolo de merda.
Quer dizer, o problema com o filme do Flash foi que não tinha nenhuma cena dele se movendo tão rápido para transar com ele mesmo ou desmembrando pessoas em alta velocidade? Ou é o fato que ele não é woke e faz algum comentário político raso? Realmente gostaria de sacar a análise genial dessa resenha ainda mais quando, e, isso é importante tanto Marvel quanto DC (e, diga-se de passagem mesmo o mercado japonês com My Hero Academia) conseguem produzir material mais maduro e inteligente. Mas o material para gerar lucro para os grandes estúdio e agradar o grande público tem que ser o arroz e feijão para chegar ao meio oeste estadunidense e passar incólume por toda uma leva de gente que se ofende e incomoda com o mínimo do mínimo - e isso significa fazer poucas apostas, produzir continuações e filmes com grandes marcas já conhecidas.
Quer dizer, você viu que tem um novo Bad Boys com o Will Smith nos cinemas continuando a ideia de filmes com duplas de policiais que são basicamente a lei mesmo (ou apesar de) com toda a destruição que causam no processo? E já foi anunciado MAIS um Transformers? Ah, e não vamos esquecer do Velozes e Furiosos 11!
Todos esses vastos exemplos de filmes que empregam talento capaz de revisar completamente tudo o que suas franquias construiu até agora para tecer um novo tipo de comentário, estabelecer alguma autocrítica, mudar o tom ou formar uma ponte para uma nova direção mais ousada para o material, né? (Como assim são basicamente repetições dos mesmos pontos cansados que outros filmes - não somente dessas franquias - já fizeram a exaustão mas que funcionam e portanto serão repetidos para garantir mais alguns quinhões para os investidores?).
Droga... Alguns anos atrás teve toda uma questão sobre a animação da Arlequina que queria fazer uma piada com o Batman fazendo sexo oral na Mulher Gato e a editora disse que isso não é algo que super heróis façam - e depois a piada acabou no ar, e, bem, não é nem engraçada nem funciona e a editora estava certa em barrar (só não em sua justificativa). E isso tudo é só bobagem tentando produzir algo ousado mas sem se preocupar em produzir conteúdo! Isso resume The Boys em cada episódio!
The Boys faz isso desde a primeira temporada e não mudou com a temporada mais recente (seja com o personagem que é flagrado fazendo uma suruba com ele mesmo na quarta temporada sejam outras situações de cunho sexual mais ou menos perturbadoras - como na primeira temporada quando Annie foi forçada a fazer sexo para ser aceita pelo grupo da Vought)!
Não 'ficou woke' ou 'abraçou o comentário político' (droga eles já vinham com esse comentário político do Capitão Pátria republicano e cristão desde o começo do seriado!). E muito menos trouxe a esse comentário algo mais interessante que duas piscadelas para a câmera seguidas de nudge, nudge, não diga mais nada.
A quinta temporada de Fargo traz um vasto comentário político (e extremamente poderoso) sobre conservadores e seus valores "cristãos" (sabe, enquanto considerando mulheres suas propriedades para abusar e espancar quando der na telha), além de uma pesada crítica ao uso miliciano da polícia em sua estrutura. Mas a série não ficou 'woke' (nem deixa para trás suas rivais CSI e Law and Order).
Mas esse é o ponto da péssima resenha do Estadão: Gerar engajamento, sem se importar ou comprometer com qualquer integridade jornalística (ou coerência). Fazer pessoas lerem algo tão mal estruturado para que fiquem incomodadas e se manifestem, compartilhem com outras pessoas e, como um patinho eu cai.
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