Quando você imagina um filme com Michael Fassbender dirigido por David Fincher (e com Tilda Swinton para agregar ao elenco) em um material de suspense sobre um assassino de aluguel, parece ao menos em teoria que estaremos diante de algo interessante (no mínimo). O filme começa extremamente entediante com uma narração monótona e contínua do protagonista explicando seu método e suas ações, e, por volta dos 30 minutos acontece algo que parece que vai mudar completamente a dinâmica e a estrutura do filme (e, honestamente até muda por uns 10-15 minutos), mas logo estamos diante de narração, sucessão de cenas enfadonhas e um material que dificilmente você se lembrará dele dois dias depois de assistir.
Nem acho que seja problema da direção ou de atuação, uma vez que assistindo eu me recordei que já tinha lido a hq na qual esse material é baseado e o material está disponível com a assinatura da Amazon (mas mesmo de graça eu acho que é bem caro pela qualidade). Talvez façam as continuações (eu não ficaria surpreso) talvez até melhore com as continuações se as fizerem, mas o personagem é enfadonho, o mundo no qual está inserido é vazio e sem vida e o fato mais marcante sobre o filme que eu tenho a dizer é que ele me fez dormir duas vezes durante suas quase duas horas.
Continuando, Nathan Fielder lançou um seriado pela Showtime e enquanto me decepciona que talvez não tenhamos uma parte 2 para o Ensaio, eu acredito que aqui o comediante esteja bem fora de seu elemento ao contracenar com Emma Stone. Ele é um sujeito que, verdade seja dita, funciona contracenando com pessoas reais que nunca tiveram experiência diante das câmeras e cujas reações, sejam ensaiadas ou reais são ao menos apropriadas e coerentes com Fielder em sua voz monótona (sim, o tema das duas resenhas) e cadenciada.
Mas o problema é que, bem, não funciona.
Emma Stone é muito melhor atriz do que Fielder está acostumado a trabalhar e a diferença entre os dois é gigantesca ao ponto que as interações entre os dois soam forçadas, ainda mais quando o roteiro de Fielder cai na estrutura de humor constrangedor que faz parte de seu rol de escolhas - incluindo um longo segmento sobre o tamanho de seu pênis e depois sobre os problemas de intimidade com a esposa - coisas que funcionam em um cenário de interação espontânea mas não na mesma proporção (para não dizer, nem de longe funcionam) quando já roteirizados. Talvez cresça e funcione conforme os episódios avancem, mas o começo é bem ruim e fica difícil de recomendar ou mesmo sugerir (ainda mais quando os outros trabalhos como Nathan for you e O Ensaio estão disponíveis para se assistir).
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