Aquele papo de fã babão que acha que o filme da Barbie quer destruir o meu direito de ser homem ou alguma outra idiotice semelhante de gente com uma masculinidade extremamente frágil e ameaçada pela existência de mulheres, ou, pra resumir numa única palavra, misóginos.
E eu nem vou fingir que o filme é bom, pelamor eu já não gostei do primeiro e a história da personagem é praticamente um guia do que não se fazer (incluindo a personagem ser sequestrada por um homem que por algum motivo também é seu filho do futuro, mas que estava usando de poderes hipnóticos, então tecnicamente além de incesto também é estupro, que combo, hein, Marvel!), mas a verdade é que nem de longe ou de perto o filme, suas atrizes ou, droga, qualquer coisa que o envolva seja o problema.
O problema é que a empresa do camundongo enxerga somente cifrões gigantescos e é o que ela espera e trabalha para produzir. Danem-se as consequências contanto que os cifrões estejam fluindo.
A fase 4 (ou pós Ultimato) deveria diminuir a velocidade e tentar aos poucos reintroduzir o universo Marvel para os fãs (que acompanharam os filmes e já experimentavam sinais de fadiga) e para novos fãs ou gente que acabou desistindo da franquia em algum ponto anterior.
Aproveitar o pulo de 5 anos de Ultimato e contextualizar os eventos, apresentar alguns personagens ou grupos novos (Novos Guerreiros?), para dar um fôlego com histórias menores, com menos riscos e maior perspectiva para ganhar tração e chegar a um novo grande evento, e não trazer os malditos Eternos (que eu já disse e repito são a coisa mais aberrante de toda a Marvel e a própria editora pouco ou nada utiliza os personagens dessa franquia em suas histórias pois sabe o quanto eles destoam de todo o resto).
No entanto a Disney fez o oposto e pisou o máximo no acelerador já pronta inclusive para usar o nítro para dar ainda mais velocidade. Não bastam mais "apenas" os filmes mas também as séries no Disney Plus e elas serão essenciais para você compreender o conteúdo dos filmes, expandindo um já convoluto universo para limiares cada vez mais tênues (não bastam os alienígenas e monstros sobrenaturais ou a noção de viagem no tempo agora também vamos lidar com realidades paralelas - inclusive para deslocar o Homem Aranha por motivos contratuais com a Sony - para deixar tudo melhor para o público espectador certo?).
As Marvels, assim como vários dos filmes recentes da Disney padece DESSE problema e não do fato que tem protagonistas mulheres (e não brancas). É o fato que para entender quem são duas das três protagonistas do filme você precise assistir a dois seriados na Disney plus, sabe, fazer lição de casa que é exatamente o que todo mundo sempre gosta de fazer antes de ir ao cinema (e, sejamos honestos, isso é inclusive pretensioso pra caramba e algo que eu honestamente não conheço um único diretor experimental que tenha imposto ao público a condição da necessidade de ler um artigo ou tese antes de assistir ao filme para entender do que se trata!)
E não parece que isso vá mudar em qualquer momento no futuro.
Com Deadpool 3 mesclando personagens do seriado Loki e provavelmente trabalhando para fundir a franquia X (da ainda Fox/20th century) com o que a Disney vem produzindo, tudo parece caminhar mais para um mundo com mais e mais lição de casa e não onde somente você possa relaxar e curtir um filme de ação sem maiores preocupações.
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