Eu sei, eu sei. Sandman lançado na Netflix e o algoritmo diz que é melhor falar dele nessa semana que na próxima, mas, qualé... Eu sei que não vai dar tempo de resenhar pra essa semana.
Mas o assunto de hoje é Paper Girls, novo lançamento da Amazon Prime, e, bem, uma porcaria de série por toda uma série de motivos, mas não vamos nos adiantar muito - e vamos tentar ao máximo trabalhar sem spoilers.
Paper Girls é uma hq muito interessante, dinâmica e que combina tanto a boa narrativa de Brian K Vaughan com a arte espetacular de Cliff Chiang em uma narrativa sobre camaradagem diante de um mundo enlouquecendo ao seu redor (ou seja, da realidade de ser adolescente). É muito bem escrita, com ótimas reviravoltas e as 30 edições fluem muito fácil devido a qualidade do material.
A série, no entanto, é uma bagunça (pra dizer o mínimo) que ao mesmo tempo quer ser um clone de Stranger Things (mas não tem a qualidade dos roteiristas ou diretores para produzir algo sequer próximo), enquanto tenta se manter fiel ao estilo veloz da história de Vaughan - mas se perdendo vergonhosamente conforme a história muda e a narrativa conduz saltos, estranheza e todo tipo de bizarrice.
Sem um fio narrativo coeso e o apropriado desenvolvimento das protagonistas no primeiro episódio, as reviravoltas soam vazias, e vão se avolumando conforme os episódios trazem mais reviravoltas e saltos, estranheza e bizarrices. Então ao contrário de conduzir os pontos da narrativa com parcimônia para que flua e funcione, bem, seria necessário pisar mais no freio e conduzir a história de maneira pontual, não como uma corrida curta (de 50 metros) mas como uma maratona, ciente que o progresso contínuo e gradual é mais importante que um disparo, que causará a perda de fôlego.
Fraco. Leia a hq que vale mais a pena (e devido a série está em promoção na Kindle).
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