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8 de setembro de 2016

{Resenhas de quinta} Esquadrão Suicida - Chute na Cara

Nota: 8,5/10
Parte do reboot dos novos 52 lançados em 2011, o Esquadrão Suicida de Adam Glass é uma série que me passou batido na época, e, lendo o material eu realmente me arrependo e me surpreendeu pela qualidade e habilidade no roteiro.

Nunca fui exatamente fã do grupo (a fase Ostrander que é a mais famosa e teve recentemente lançado um novo e belo encadernado com a origem do grupo nos anos 80 - que é basicamente a estrutura do roteiro do filme, diga-se de passagem - envelheceu bem mal), e confesso que sempre achei o grupo escrito por Gail Simone, o Sexteto Secreto (Secret Six) uma evolução natural do processo, afinal é um grupo de vilões reunido por motivos nefastos com propósitos obscuros.

Simone inclusive é uma excelente escritora que se achou nas páginas do Sexteto Secreto, trabalhando com vilões como o Pistoleiro, Homem Gato (sim, isso existe) e Bane.
Mas não é desse título que estamos falando...

Adam Glass (que meio que desapareceu depois de sua saída do título) traz uma versão ligada no 330, com a mais alta octanagem combinada a uma injeção de adrenalina. Há muita ação, mas não como num desses filmes idiotas como Velozes e Furiosos ou qualquer coisa do Jason Statham... É focado, onde os eventos tem um propósito ou vão se desfraldar em alguma seqüência maior.

Não dá para falar muito sem estragar as surpresas do inteligente roteiro de Glass - as traições, as manipulações, os jogos de poder e intrigas - tudo sempre coordenado de maneira coesa, e entregar alguma reviravolta ou mesmo qual. Descrever o grupo, explicar quem está pode claramente supor que esse ou aquele chegará ao final da história, e, mesmo com os medalhões Arlequina e Pistoleiro nas fileiras, é difícil ter certeza de qualquer coisa com o roteiro.
Peca um pouco nas ideias menos talhadas (como a dupla de vilãs 'Holo' e 'Fote' para citar apenas um), ainda assim o saldo é pra lá de positivo.

Na verdade, é a melhor iteração do grupo em tempos (que contou com mais três revisões desde esse lançamento, sendo uma atroz escrita por Sean Ryan - da filosofia de Segunda - intitulada 'O Novo Esquadrão Suicida', com a "brilhante" ideia de reunir Arlequina e a Filha do Coringa num mesmo título, e agora em 2016 uma repaginada com designs de Jim Lee com o exato grupo do filme), e, que ao meu ver só fica pouco atrás da brilhante versão de Gail Simone do Sexteto Secreto citado anteriormente.

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