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26 de fevereiro de 2016

{Resenha} Chato - O tédio do Brasil

Uau... Esse filme começou produção em 95 para sair em 2015, ahn, bem, isso?
Edição esquizofrênica e desfocada (cortes e mais cortes sem uma estrutura linear ou coerente), diálogos horrorosos e mal costurados (parecem e soam artificiais, ainda mais em contraste com o tom que a obra tenta impor de uma comédia à irmãos Coen - e falha miseravelmente)... E o que é aquela 'atuação'?

Eu não sei se é uma tentativa de emular o estilo de filmes antigos como um Cidadão Kane ou outras obras de época, eu não sei se é simplesmente o padrão Globo, ao que particularmente apostaria mais numa orientação da 'direção' da obra para utilizar isso como o 'tom'... Até porque dizer que existe um 'tom' nesse filme é uma afirmação que nem eu e nem ninguém que o assista é capaz de fazer.
É uma tentativa desesperada de abraçar tudo, expandir para todos os lados e por fim não chega a lugar algum.

Nos melhores momentos é uma bagunça. Nos piores é uma bad trip de remédio pra gripe vencido enquanto aguardando na fila do SUS para uma cirurgia com um médico que está há 72 horas em plantões consecutivos.
Dá pra ter uma ideia, não?
Mas é mentira, não dá.

Chatô é algo único, do tipo de coisa que é preciso ver para crer, ainda que não seja necessário mais que os cinco minutos iniciais para entender o desperdício de película.
Por mais que o filme tenha sofrido censura(s) como Guilherme Fontes faz questão de destacar nos créditos, o resultado final é atroz, e mais um da longa linha que mostra que uma obra de entretenimento jamais deve levar tanto tempo para ser produzida (pergunte ao Guns'n'Roses e sua Democracia Chinesa...)

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