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18 de abril de 2024

{Riplenhas de Quinta} Tom Resenha

Andrew Scott é uma puta lenda. Ponto.

O cara rouba a cena em praticamente todo o projeto do qual participa - mesmo que em papéis secundários ou terciários - e dada a condição de protagonista em uma adaptação dos livros de Patrícia Highsmith do talentoso senhor Ripley (um golpista pequeno que vê uma grande oportunidade na Itália - e eu não vou falar mais nada sobre a trama aqui), Adrew Scott destrói o cenário em cada cena em que está.

Claro que ele não é o único merecedor de crédito aqui.

A direção é extraordinária com uma escolha primorosa por branco e preto que realça as cenas ao mesmo tempo que intensifica a tensão (que a série tem vigorosamente conforme o golpista pequeno vai se emaranhando cada vez mais em uma trama complexa).

Enquanto eu sei que muita gente talvez conheça ou esteja familiarizada com a versão dos filmes com Matt Damon, Phillip Seymour Hoffman e Cate Blanchet (e ainda mais um monte de gente extremamente famosa), e a história siga essencialmente as mesmas notas, bem, a canção é beeeem diferente. O tom é mais sombrio (não só pela escolha de cores) e o seriado aposta bem mais no suspense e na tensão. Elementos simples (como um elevador ou o toque de um telefone) tendem a ser de roer as unhas com a impressão constante de que tudo está prestes a desmoronar.

Mais que isso, eu realmente fiquei impressionado com, olha que absurdo, o fato que o seriado que se passa na Itália traz pessoas falando em italiano (ei, no filme do Matt Damon se alguém falou 'prego' foi muito - droga, aquele filme traz o elemento musical do JAZZ na Itália - sabe, com todos aqueles grandes astros do Jazz italianos como Gianni Basso ou Joe Venuti que são homenageados... Não, né? No filme são citados artistas de jazz americanos somente, né?) além de toda a história da arte italiana - com Caravaggio como uma grande inspiração para diversos momentos.

Imperdível!

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