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21 de novembro de 2022

{Pitaqueira de Segunda} Não vai rolar Hexa, não...

 (E aí, a velharada com camisa da seleção vai acampar na frente da sede da Fifa reclamando que não concorda com o resultado da Copa também?).

Vamos lá, o Brasil não deve trazer o caneco em 2022 e se isso te parece como surpresa, pessimismo ou dor de cotovelo, desculpe, mas eu acho que você não prestou muita atenção nos últimos meses e até mesmo anos para verificar que é uma análise bastante embasada.

Sim, claro, é a seleção número 1 do ranking da Fifa com jogadores bem mais habituados ao calor que será enfrentado no Catar que qualquer outra coisa (mas até aí, também seriam mais habituados ao clima brasileiro pra 2014, né?) e considerando todos os pesares, tem obviamente chances estatísticas e probabilísticas de vitória. Até a página 2.

Primeiro temos que olhar para o treinador Tite que, apesar de todos os pesares, é o melhor treinador brasileiro no momento... O que é mais triste em ponto de vista do que se passa como treinador no Brasil do que motivo de orgulho ou elogio.. Tite tem um calcanhar de Aquiles enorme com campeonatos eliminatórios, e, em sua longa (e vitoriosa) carreira, triunfou muito em pontos corridos, mas, com mata-mata ele sofreu algumas derrotas acachapantes e vergonhosas (como para o Tolima em 2011 na pré-libertadores).

E ele conseguiu vitórias importantes com o Corinthians em 2012 justamente com a Libertadores e o Mundial de clubes (contra sua kryptonita do mata-mata), numa vitória completamente no susto contra o Chelsea, jogando numa retranca inexpugnável (e covarde, mas, convenhamos, a única forma que daria para vencer). No entanto, sua carreira após o Corinthians, e inclusive nas últimos quase oito anos à frente da seleção não possuem grandes fatos dignos de nota, incluindo uma derrota para a Argentina na final da Copa das Confederações em 2021, em casa.

Verdade seja dita, a vitória na Copa do mundo muito pouco ou nada se deve ao treinador. Com o péssimo Scolari a seleção triunfou em 2002 (o mesmo que anos depois passou o maior vexame da história de todas as seleções vencedoras da Copa com a pífia performance em 2014). Em 2002, Ronaldo Nazário estava com "sangue nos zóio" em modo super sayajin depois de ficar no banco em 94 e perder a Copa de 98.

Ronaldo queria mostrar que não tinha recebido os títulos de melhor do mundo à toa e que tinha muito valor e talento... E comeu a bola no Japão, com um elenco igualmente ambicioso e motivado que facilmente poderia ter como treinador uma biruta de posto de gasolina (o que figurativamente de fato teve) e conseguiu uma conquista inquestionável e brilhante de ponta a ponta.

A diferença aqui é que, bem, Neymar e a molecada de sua geração não são Ronaldo. Ronaldo foi para a Europa e brilhou, sempre protagonista e conquistando títulos de melhor do mundo. Neymar? Além de estampar propagandas e tretas no twitter, ele foi indicado a alguma coisa como 'melhor'? Algum ano ele esteve na lista dos 5 ou 10 favoritos para o bola ou chuteira de ouro?

Pô, o Thiago Silva demonstrando claramente sua instabilidade (com ansiedade e estresse nítidos) ao chorar com o hino antes das partidas da seleção e a galera achando "bonito" de um "grande sentimento patriota"!

E essa galera que tinha que ficar com os 'sangue nos zóio' após 2014 (com a derrota acachapante em casa), extremamente motivados para mostrar seu(s) valor(es) em campo e brilhar, bem, fizeram uma campanha protocolar, com Neymar tentando mais o Oscar (se bem que dublês não recebem estatuetas) por sua atuação e quedas do que a chuteira de ouro.

Agora em 2022? Bem, depois de "brigar muito no twitter" o 'menino' Ney e sua equipe com o zumbi Alves e chorão Silva em sua quarta copa do mundo estão na mesma situação de 2010, 2014 ou 2018, jogando aquele futebol protocolar que não é algo que se espera de um campeão (como Ronaldo e companhia em 2002).

Não se importam com o que vão fazer nas quatro linhas contanto que garantam contratos publicitários, e é justamente por isso que um bom resultado para essa seleção depende bem mais dos erros e das falhas dos adversários do que de suas virtudes. E, francamente, é bem mais difícil vencer assim...

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