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9 de dezembro de 2021

{Resenhas de quinta} O alien, o diabo e o extraordinário.

Tom Taylor é facilmente um dos nomes mais impressionantes dos quadrinhos da DC recentemente, trabalhando em títulos como Esquadrão Suicida, a ótima nova fase do Asa Noturna e Injustiça - Deuses Entre Nós.

Agora com uma história alternativa com os personagens da DC surgindo em um mundo medieval de capa e espada - que já na primeira edição não deve em nada para Game of Thrones, ainda que com bem menos sexo - mesmo que sem reinventar a roda, o material (com a espetacular arte de Yasmine Putri) empolga e move uma trama interessante o suficiente para, ao menos essas 12 edições prometidas para a série (e talvez algumas continuações).

Um dos lançamentos mais interessantes do ano.




Ah, Demolidor... Já foi uma das séries que eu considerava imperdíveis por um bom tempo.

Quer dizer, claro, com Frank Miller, Ann Nocenti, Kevin Smith e Brian Michael Bendis nos nomes que celebraram boas fases a frente do título, dizer que a série é imperdível é meio redundante. Mas grande parte do charme da reinvenção do herói cego da cozinha do inferno a partir de 1998 se deveu a enorme reviravolta da revelação da identidade do personagem ao público, e como os autores trabalharam com isso.

Porém ao final da fase de Mark Waid a Marvel reestruturou o universo Marvel com um mega-evento e deu um paranauê para que a identidade secreta do personagem voltasse a ser um segredo, e, eu até tentei ler as primeiras edições e não me empolgaram. Pulou um tempo e veio a 'grande' ideia do prefeito Fisk (que é requentada de coisas que a gente já viu várias e várias vezes antes) e agora essa ideia segue para uma conclusão (?) com Devil's Reign e, que bosta.

Vamos deixar claro: Eu gostei da fase do Chip Zdarsky a frente do título (ou pelo menos a partir da edição 6 quando o Demolidor fica mais à margem da história e o autor acha sua voz), mas essa história toda do prefeito Fisk me incomoda e irrita. Tá, tá, o personagem policial também me incomoda um pouco (porque fizeram isso com o Justiceiro na fase do Greg Rucka e já não funcionou direito).

Não é uma crítica nem velada nem direta ao Trump e a idiotice que é o Caveira Laranja (na verdade parece o contrário) e não parece de fato acrescentar algo coerente e interessante à mitologia do personagem. Ele é um mafioso extremamente poderoso, qual vantagem pra ele se tornar prefeito?

Bem, finalmente vemos a resposta quando ele - como prefeito de Nova Iorque - consegue instaurar uma enorme força tarefa do exército (Não pense demais) pra caçar super heróis que não são mais autorizados a atuar em Nova Iorque (de novo, não pense demais), enquanto super vilões autorizados pelo governo (você já sacou, né? Não pense demais) caçam os heróis.

Aqui é a mais requentada marmita com tudo que a Marvel lançou nos últimos anos (Guerra Civil, Reinado Sombrio, Shadowland e até o fim da série de seis edições provavelmente mais um bocado de coisas).

Fraco.

Enquanto isso, Inferno surge como um material triste e que me induz lágrimas ao pensar que é o final da fase de Jonathan Hickman - com enorme potencial e material para muitos e muitos anos se a Marvel deixasse - é facilmente o melhor quadrinho nas bancas (?) atualmente.

É uma pena que o material pareça tão corrido em meras quatro edições depois de arcos longos (e tediosos como o X de espadas) e tanta coisa aconteça sem devidamente se desenvolver e/ou explicar (eu não leio muitos dos outros títulos então não faço ideia da alteração que a chegada de Colossus traga ao status quo).

Falta só uma edição para amarrar todas as pontas soltas - ainda que fique claro que muita água ainda vai rolar nos títulos X, e, quem sabe até Hickman volte em algum futuro não muito distante para continuar a trama iniciada em 2019 com Powers e House of X - e já deixa saudades.

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