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6 de agosto de 2020

{Resenhas} Pastor João e a Biblioteca Invísivel de quinta - Genevieve Cogman

A Biblioteca Invisível de Genevieve Cogman é mais um clone de Harry Potter que infestam a literatura infanto-juvenil buscando um ângulo levemente diferente dos anteriores mas sempre mirando o jovem isolado que vive em um mundinho particular e que gostaria que as coisas fossem diferentes somente se o mundo fosse um pouco mais cheio de maravilhamento.

Sejam com seres fantásticos disputando pela sua afeição (de pessoa tremenda e fascinantemente normal e enfadonha), seja de uma pessoa tão tão normal que é aceita numa escola para super heróis ou seja de uma sociedade secreta de bibliotecários que singram dimensões na busca de livros bizarros e únicos a mundos alternativos numa mescla de James Bond com Tomb Raider.

Sim, quem disse que bibliotecárias não são sexy (além de, bem, a internet, a pornografia e a regra 34)?

Não que isso seja particularmente ruim ou diminua a qualidade do material - se ele de fato é bom e/ou interessante - e, no caso de A Biblioteca Invisível, ao menos, enquanto existe certo espaço para melhora e alguns pontos que realmente não servem a propósito algum (como um prólogo tipicamente cinemático para começar a história no meio de uma cena de ação), a história é interessante com um conjunto de regras próprias que fazem sentido (e funcionam dentro do contexto e lógica de seu universo) e que é ao mesmo tempo intrigante e interessante.

Cai em clichês e até mesmo parece se fartar deles como fonte de inspiração e construção narrativa. Seres místicos em uma guerra ancestral (sem nenhum grande ou aparente motivo) que tangencia uma organização misteriosa (que esconde segredos possivelmente sinistros) enquanto detetives sabichões precisam cruzar com um caso misterioso que envolve (mas não se limite) uma famosa e renomada ladra que jamais foi capturada.

Revolucionário? Nem de longe, mas intrigante.
Pode acabar, talvez no terceiro ou quarto volume, encontrando uma voz mais particular e única que consiga constituir uma narrativa que de fato eleve o material. Como está é um ótimo entretenimento para ler enquanto aguarda uma consulta do dentista ou para passar uns dias de isolamento social.

Nota: 7,0/10.

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