O filme Maus Momentos no Hotel Royale (Bad Times at the El Royale, 2018) tinha enorme potencial e sua primeira hora mostra bem isso.
Um cenário interessante (um hotel bastante peculiar na fronteira de dois estados americanos e cheio de segredos), enorme talento (Jeff Bridges, Cynthia Erivo, Jon Hamm e Lewis Pullman constroem o filme com maestria nessa primeira hora, mas outros coadjuvantes ótimos como Nick Offerman e Shea Whigham também ajudam bem) e uma premissa intrigante (o hotel foi local de um assassinato uma década, onde uma quantia enorme de dinheiro pode estar escondida).
O problema é que depois dessa primeira uma hora o filme tenta forçar güela abaixo atores menos talentosos tentando ao máximo ir contra seus papéis tradicionais, e, tanto Dakota Johnson querendo parecer durona como Chris Hemsworth querendo se fazer de vilão simplesmente não convencem, e, infelizmente a segunda hora do filme depende (e muito) desses papéis. Talvez eu esteja sendo muito duro com os atores quando os papéis também não são lá grandes coisas assim (ao contrário dos demais, eles parecem não combinar com a outra trama), e a coisa toda degringola de uma maneira que torna a coisa toda um teste de resistência.
É verdade que o espectador não consegue imaginar em qualquer momento onde (ou como) a história terminará em qualquer dado momento, mas, também é verdade que a trama mais interessante fica com o pessoal do primeiro parágrafo e a primeira metade do filme ao que ver estas histórias se desenvolvendo e caminhando para sua conclusão natural (que não acontece, afinal uma boa parte das tramas fica em aberto).
Não é de todo o mal, mas, francamente esperava bem mais, principalmente pelo começo altamente promissor.
Nota: 6,0/10
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