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28 de outubro de 2018

{Resenhas} Castlevania - Segunda Temporada (Netflix)


Primeiro: essa temporada TEM Bloody Tears, e é incrível!
(Sim, essa foi uma grande reclamação minha da primeira temporada, mas eu acho que é algo realmente necessário).
Mas os problemas continuam e se acumularam no geral.

Sim, o estilo artístico é incrível, a animação fluída e o material em geral é muito bem feito.
Mas é muito curto para a ideia geral do projeto. São apenas 8 episódios que, nessa segunda temporada precisam apresentar novos personagens (como os mestres de forja de Drácula e alguns de seus generais), enquanto avança a trama de Alucard, Trevor e Sypha.

Pra mim parece mais que essa temporada em conjunto com a primeira sejam apenas uma única coisa, e, deveriam se estruturar dessa forma, construindo uma história maior e mais expansiva dessa maneira, para que os personagens tenham o seu devido desenvolvimento com o tempo necessário.

As intrigas e personagens que auxiliam Drácula e deveriam contextualizar melhor o personagem e sua estrutura de poder e, bem, não parecem interessantes. E eu iria além até para dizer que nem parecem fazer parte da mitologia da série... Com exceção de Carmilla (que eu me lembro do game Lords of Shadows). Hector e Isaac, bem, eu não entendo o propósito deles, ou exatamente qual a função deles na mitologia da série (tanto dos games quanto da Netflix).

Deveriam ser o Necromante/Morte (ou talvez Frankenstein) e a Múmia respectivamente? Sinceramente não sei... Enquanto o seriado se inspira mais no 3º jogo da franquia ainda da era do Nintendinho (o jogo foi lançado em 1989 e teve várias continuações nos anos seguintes) e este jogo traz vários demônios, ogros, mortos vivos e monstros diversos (vide esse vídeo com todos os chefões do jogo) ainda parece um tanto confuso o que seriado tenta construir a partir dos games.

Falta algo para contextualizar as criaturas da noite e porque elas respondem à Drácula - e porque ele detém tamanho poder. Sim, os games nunca se importam muito em responder (talvez Lords of Shadows já citado, que mostra Drácula unificando os Lordes das Sombras do título), mas o seriado poderia e deveria mostrar mais sobre os motivos para esse vampiro de fato ter mais poder que os demais vampiros e criaturas.

Sei que isso nem precisa de muita contextualização se foco fosse efetivo nos protagonistas (Trevor, Alucard e Sypha), mas eles desaparecem por quase seis episódios em uma trama que os leva a biblioteca sombria dos Belmont. Mais que isso, quase três episódios somente trazem os personagens buscando livros nessa biblioteca...
Não existe muita progressão linear nesse lado da história. Eles não passam por obstáculos e desafios e precisam coletar itens mágicos ou qualquer coisa do tipo para irem de ponto A ao ponto B. É literalmente uma perda de tempo numa biblioteca até o ponto em que eles descobrem um meio de trazer a briga de Drácula para mais perto - e aí o negócio pega fogo.

É bem curtinho anda que os melhores episódios sejam os finais (o sétimo é espetacular, e eu não posso frisar o suficiente), mas enrola um bocado para chegar ao que é bom.
Quando chega, arrasa.

Nota: 8,0/10

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