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24 de outubro de 2018

{Editorial} As pequenas coisas...

Como destaquei na resenha do domingo, a terceira temporada de Demolidor não foi exatamente algo que me prendeu a atenção.
Talvez pra mim nunca funcionaria por tentar adaptar uma história do personagem que tem um lugar quase sacro em meu coração e o resultado foi bem 'blé' pra começo de conversa... É meio que o mesmo problema de Wolverine - Imortal pra mim ou Constantine do Keanu Reeves (que, curiosamente tem uma boa receptividade de fãs - ao que destaco, fãs do filme, não dos quadrinhos).

Mas tem uma frasezinha no primeiro episódio da temporada que me fez ficar encucando por um bom tempo e eu fui e voltei vez após vez após vez sobre o assunto e, nisso resolvi escrever alguma coisa sobre.

No primeiro episódio, o detetive do FBI Ray Nadeem reclama com sua superiora sobre o fato que ele não recebeu aumentos nos últimos anos devido a ausência de avaliações de performance (é um conceito meio alienígena para nós brasileiros na maioria das empresas, eu sei). A resposta é bem direta: O score do personagem estava abaixo da casa dos 500.

De maneira geral, um score abaixo de 500 aponta para alto nível de inadimplência, e, de maneira categórica que a pessoa cai em uma de duas categorias (a que deve, não nega e paga se puder, e a segunda que deve, não nega e paga quando puder).

Por se tratar de uma agência policial, os padrões são óbvios de porque negar alguém com essas perspectivas. Ou se trata de um policial displicente com suas economias - e que, resultaria em alguém que acumularia todas as horas extras do mundo para conciliar dívidas, incorrendo em riscos ainda maiores nesta displicência - ou, o pior e óbvio pilantra que com grande probabilidade usaria de seu cargo para obter vantagens através de esquemas de propina/corrupção, e, continuaria com um score baixo pois as regras não se aplicam a ele. De maneira geral, os dois exemplos são vistos na ficção, com o já citado Ray Nadeem se aplicando no primeiro caso (cuidando das despesas médicas da irmã e fazendo das tripas coração para arcar com despesas, se coloca bem no centro da teia de intrigas do Rei do Crime) enquanto no outro vemos outro personagem, no caso um protagonista, Vic Mackey do seriado The Shield.

Tudo muito simples, tudo muito bonito, certo?
Quem tem um score baixo tem uma alta probabilidade de inadimplência e isso é conseqüência de fatores claros que estão ligados à personalidade da pessoa (ou 1) Displicente, o que é ruim, ou 2) Pilantra, o que é péssimo e questão de falta de caráter mesmo), ao que é bem simples que do ponto de vista de um RH é uma análise bem simples de se fazer pra descartar pessoas, certo?

Bem... Na curiosidade eu fui pesquisar o meu histórico, e, vamos dizer que meu score não é exatamente brilhante.
Eu fiquei pouco acima dos 400 pontos do SERASA e, isso realmente me surpreendeu (você pode consultar o seu aqui). Quer dizer, eu não tenho histórico de inadimplências, nunca tive pendências financeiras além de pagamentos de mensalidades como Plano de Saúde e Cartões de crédito (sempre na data e sem atrasos).

Enquanto a nossa cultura de consulta não seja da mesma natureza da consulta americana (nem creio que o serviço do Serasa funcionasse com essa funcionalidade até alguns anos atrás), ao ponto que também vejo certa discrepância na informação/formação dos dados fornecidos.
O site tem uma opção para simular condições de score - após o cadastro simplificado tem uma opção para simular o Score com base em algumas perguntinhas, e um ponto que fez uma baita diferença é um 'cadastro positivo'.

É certeza que o serviço passará a fazer mais e mais parte de nosso dia a dia nos próximos anos, e é bom se inteirar (um pouco a) mais sobre o assunto o quanto antes. Mas eu ainda fiquei assustado com o que vi...
Pelo menos no momento vejo que estou na categoria de displicente...

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