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18 de maio de 2018

{Resenhas} A Casa de Papel (partes 1 e 2)

Se tem algo que eu aprendi com a segunda temporada do espanhol La Casa de Papel é a confirmação que a Sandy continua um péssimo referencial.

Não sei o que é mais decepcionante se o seriado ou a cerveja sem graça que Sandy foi contratada como garota-propaganda anos atrás...

Quer dizer, o começo é espetacular. Por uns bons dois ou três episódios o negócio é assombroso, tenso e bem construído e vai progredindo de maneira orgânica e natural... Aí se perde numa tentativa de criar mais tensão artificial e as coisas nunca mais se recuperam.

Como é de costume não quero lançar spoilers, mas é que o seriado enfatiza vez após vez sobre a genialidade do 'plano perfeito' (por sinal um filme muito bom do Spike Lee e com trama bem parecida com a do seriado espanhol) e depois de uma história sobre um carro (de novo sem spoilers) que lembrou muito Breaking Bad a coisa toda foi parecendo cada vez menos para 'perfeita' e mais para 'sortuda'.

Ao final da parte 1 o seriado chega a um clímax no confronto e deixa bem claro que não há possibilidade de volta em sua resolução, e parte para algo que, claramente gerará conflito.

E ainda que ele venha e aconteça, não chega a ser interessante - e, em muitos aspectos - se resolve novamente de maneira que reflete mais sorte que efetivo planejamento (e um plano brilhante).
Ao final existe uma enorme e convoluta soma de elementos que não se encaixam tão bem quanto o seriado queria vender (por exemplo, eles buscavam admiração e apoio de movimentos sociais que simpatizassem com sua causa como exatamente?).

Quer dizer, sim, a ideia geral da coisa é brilhante - que é a sucessão de pontos apresentados nos primeiros episódios e basicamente o resumo do seriado: Invadir a Casa da Moeda para fabricar dinheiro.

Ainda que seja uma obra de ficção e seja importante ressaltar que não se deve levar a sério cada detalhe e ponto (sim, tanto dinheiro produzido assim seria bem mais fácil de se rastrear além de criar uma série de problemas tanto micro como macro econômicos como a inflação com a injeção desse montante na economia de uma vez só, e isso pra ficar em um ponto apenas), me incomodou mesmo como se resolveram algumas coisas 'magicamente'.

Citei acima o exemplo do carro mas mais para o final tem coisa bem pior na minha opinião (inclusive com uma ridícula fantasia de Johnny Depp como o Chapeleiro Louco).

Está longe de ser ruim como muita coisa que eu já vi (e ainda estou vendo, como nesse exato momento Raising Hope que figura minha lista da Netflix e depois da segunda temporada eu não sei mais explicar porque...), sendo uma ótima pedida para uma maratona de feriadão prolongado com chuva, mas tá longe de ser e merecer todo o destaque que recebeu nos últimos tempos...
Francamente esperava mais do 'genial' professor e seu plano 'perfeito'.

Nota: 6,0/10

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