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14 de dezembro de 2017

{Resenhas de quinta} Jim ou Andy (?): O grande além

Um filme brilhante, mas infelizmente que não recebeu a recepção merecida.
E depois tem esse documentário também (som de bateria)!

Francamente, eu acho que O Mundo de Andy (Man on the Moon, 1999) é uma das mais brilhantes performances de Jim Carrey, e, fora algumas acentuadas péssimas escolhas no elenco (sim, Courtney Love, principalmente) o filme acaba como uma excepcional biografia do excêntrico Andy Kaufman, e, sem sombra de dúvidas o documentário lançado agora em 2017 é uma peça perfeita para acompanhá-lo.

Até porque ambos casam quase perfeitamente em questionar o que é real e o que diabos de fato acontece(u) num caso bem claro (?) em que a vida é mais bizarra que qualquer obra de arte. Nisso, nada seria mais coerente com o objeto da biografia.

Kaufman é um comediante que, em um de seus mais famosos números, simplesmente pegava um livro e o lia, página por página (e não, não costumava ser livro de piada ou algo do tipo... Eram livros como 'Um conto de duas cidades' de Dickens e similares), e, não obstante ele era alguém que se esforçava deveras em fazer as pessoas se questionarem o que diabos estava acontecendo.

Como um personagem que ficou famoso - Tony Clifton - que não obstante apareceu em conjunto com o comediante muitas vezes (inclusive uma ou duas após a morte de Andy)...

Agora, é preciso assistir ao filme de 1999 para entender o documentário de 2017?
Francamente não, e, acho até que muito do material é auto-explicativo (bem, auto-explicativo no contexto de que são os bastidores do filme de 1999 sobre Andy Kaufman e o quanto Carrey entrou no papel), e ainda que seja melhor ter certa familiaridade com a biografia, o mergulho no processo criativo do ator do Máscara mais que se justifica.

É difícil distinguir onde estão exatamente os exageros, onde Carrey está atuando e onde ele está sendo legítimo (existem vários momentos em que ele parece o mais espalhafatoso e entrega grandes pérolas sobre seus verdadeiros sentimentos), e chega até a ser curioso o quanto ele realmente entrou no papel, ou, talvez para ser mais preciso, o papel entrou nele.

Fascinante.

Nota: 9,0/10

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