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7 de dezembro de 2017

{Resenhas de quinta} Enquanto isso no palácio da justiça...

Eu já devo ter falado uma (ou dez) vezes sobre o quanto gosto do trabalho do Tom King, inclusive à frente do Batman, e, acho que é uma mudança sadia no tom das histórias do morcegão, inclusive trazendo, não só uma camada de humor e irreverência (que tinha desaparecido com vários autores querendo ser o próximo Frank Miller como o Scott Snyder), mas também uma enorme camada mais pessoal sobre o personagem.

Não só por seu casamento futuro com a Mulher Gato ou pelo brilhante longo arco recontando o passado do personagem enfrentando o Coringa e o Charada e o que isso significou na vida do morcegão (e, outros arcos anteriores também, diga-se de passagem), mas pelos pequenos momentos.

Aqueles recordatórios simples e que vão contrastando uma narrativa maior, que vão criando uma análise maior sobre a psique do morcegão, e sobre sua razão e lógica. Porque ele faz o que faz e porque ele continua fazendo? O que ele quer e o que espera com tudo isso?

São questões que King vai aos poucos trazendo mais luz conforme seus arcos avançam, e, agora numa edição que pra mim é a melhor desde a Balada do Homem Pipa (Hell Yeah!), King vai explorando o complicado relacionamento entre Batman e Superman, e, porque eles efetivamente não são os velhos super amigos dos tempos áureos.

Pra mim isso bateu muito perto de casa, com os 'mas você não vai ligar para ele? Ele deveria ser seu amigo...', que pintava no diálogo entre Lois e Superman assim como no da Mulher Gato e Batman, e, invariavelmente me pareceu tão igual a tantas situações de minha vida...
Esse orgulho dos dois que, mais adiante na trama vai sendo destrinchado em seus motivos, e não apenas justifica e explica muito mais da mitologia moderna de ambos os personagens, também reflete muitas situações e ainda forma a fundação pra, o que espero seja anos de ótimas histórias dos dois personagens.

Acho que não é perfeita a história, com uma ameaça meio genérica desfraldando como contexto para uma conclusão meio rocambolesca (e idiota), mas é verdade que não é o foco da história.
Terá continuação, e, espero que mantenha o ótimo ritmo dessa primeira parte.

Nota: 9,5/10.

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