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28 de setembro de 2017

{Resenhas de quinta} Star Trek Discovery Channel


Enquanto eu não sou fã de Star Trek, eu admiro o seriado original pela sua originalidade e abordagem na exploração espacial: Não como um esforço militar e sim científico.
Eles literalmente estão 'explorando' (que é a tradução de trek) e não buscando formas para expandir o império galático ou enfrentar mais aquela nova guerra e blá-blá-blá.

O seriado focava na lógica e solução pacífica de conflitos, e, invariavelmente colocava a tripulação diante de adversários absurdos - e ridículos também, diga-se de passagem - sempre com alguma ainda que velada explicação científica... Seja na frieza lógica do Doutor Spock ou progressão geométrica dos tribbles ou mesmo nos dilemas filosóficos sobre a natureza humana, sempre havia um esforço e trabalho para gerar algum tipo de reflexão e discussão sobre algum tema a partir do véu da ficção científica.

Isso mudou bastante com o reboot cinematográfico de J J Abrams e a série, apesar dos personagens clássicos, migrou mais para o estilo genérico e acerebrado de quanto mais ação melhor - incluindo o diretor de um dos Velozes e Furiosos fazendo o melhor filme dessa leva de Jornada nas Estrelas... E a série recém lançada na Netflix segue a mesma toada.

É genérica, pouco ou quase nada científica mas acima de tudo, ela começa mal pra cacete.

A parte de tudo que eu disse até agora que esses dois episódios de estreia da nova série não trazem: não existe uma estrutura científica, não existe uma tentativa de expansão pacífica - pelo contrário, o primeiro impulso da protagonista é atacar sem provocação aos vilões da vez - e não existe algum viés de reflexão para algum dilema além de uma analogia rala e idiota que qualquer seriado, filme e desenho animado já explorou (melhor).

Mas não é por isso - e pelo fato de ser genérico pra cacete ao ponto que você pode substituir o nome dos personagens por personagens de Mass Effect, ou Alien: O Oitavo Passageiro e não perceber a diferença - que é ruim.
É porque esse(s) episódio(s) não deveria(m) começar a série e sim encerrar a temporada...
Toda aquela parafernália, explosões e fatos soam irrelevantes e nulos quando não existe tempo e desenvolvimento suficiente para contextualizá-los.

Sim, a imediato e a capitã estão trabalhando há quase dez anos juntas... Mas nós a vemos por pouco mais de dois episódios - e os créditos da personagem que morre indicam claramente que ela é uma atriz convidada ANTES DO EPISÓDIO COMEÇAR... Isso tira o impacto da cena, isso tira o propósito da ação.
Toda a 'guerra nas estrelas' é nula quando não existe um único personagem ou motivação de personagem com a qual o espectador possa se identificar. Não são apresentados motivos para nos importar com esses personagens...
Droga, fora um ou outro trejeito não são apresentados OS personagens.

Fraco e acho bem difícil pegar o fôlego no próximos episódios.
Nota: 3,0/10

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