Nota: 8,0/10 |
Enquanto eu já falei um pouco desse título alguns meses atrás quando a Marvel re-re-relançou sua linha com novas séries e novos números 1, eu minto se disser que me aprofundei no que vale a pena destacar sobre essa série de Jason Aaron e Chris Bachalo.
Primeiro porque eu não destaquei nada do que a série tem de bom: O ritmo absurdo que parece cingir o sonho (pesadelo) e realidade; A genialidade de Aaron para construir uma versão que ao mesmo tempo é um guerreiro foda e incrível e um homem cheio de falhas, defeitos e sujeito a sofrer todo tipo de mal por suas ações; A competentíssima arte de Bachalo que dá vazão a todo tipo de bizarrice que o roteiro pede sem parecer forçar ou se perder (na verdade, pelo contrário, se integrando belamente com a narrativa);
As participações especiais de personagens 'inspirados' em personagens clássicos (Harry Potter e Mandrake já fizeram participações genais e o vilão tem sua origem claramente inspirada na de Superman);
No mais, existem alguns defeitos claros - Aaron parece um tanto como no 'Piloto Automático' uma vez que o roteiro não foge muito do de Thor: deus do Trovão - uma ameaça nova e nunca imaginada surge com a intenção de acabar com tudo que o protagonista representa (Aqui um ser de ciência pura que quer erradicar toda a magia, ao contrário do monstro ateu que queria eliminar todos os deuses em Thor).
Não tira a diversão do que o autor consegue fazer nessa fórmula, com a interpretação interessante de clichês (o bar de magos, a função do escudeiro Wong e a presença de coadjuvantes), mas incomoda um pouco.
É uma das leituras mais divertidas da leva mais recente, e Aaron e Bachalo se completam num estilo maluco e bizarro, que vai bem além da contribuição anterior da dupla em Wolverine e os X-men, e é um estilo que combina bastante com a ideia sobre magia com uma aura que não é o glamour de contos mais tradicionais e nem o cinismo das história da Vertigo da década de 80-90. A magia é, ao mesmo tempo fascinante e bizarra, e, só mesmo Stephen Strange e Jason Aaron para desbravar esse louco território.
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