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27 de maio de 2016

{DC Rebirth} Um conto de três Coringas

Nessa semana três grandes lançamentos (Justice League 50, Superman 52 e DC Universe Rebirth) encerraram de uma vez por todas o universo oriundo dos novos 52, que foi o reboot mais recente da editora.

Dizer que muita coisa dessa leva é descartável não é um exagero (Rob Liefeld "escreveu" mais títulos mensais que alguns escritores combinados), mas faz parecer que não existe nada de positivo e louvável nessa fase da editora, e há.
Os personagens secundários ganharam um ótimo destaque e desenvolvimento Aquaman e Mulher Maravilha tiveram ambos fases espetaculares enquanto personagens menores como o Monstro do Pântano, Homem Animal e até Constantine produziram alguns materiais curiosos e interessantes.

Alguns vilões ganharam um belo destaque (o mês dos vilões rendeu boas histórias e um desenvolvimento interessante para alguns personagens), e sem dúvida a mudança do Status Quo para Lex Luthor é um resultado, no mínimo curioso e intrigante para os meses por vir.

Existem problemas, claro, como a persistência em argumentos bobos do passado (como a Liga da Justiça 'do mal' de um universo paralelo que tentou dominar o mundo em dado momento) e a palpável incompreensão de como lidar com o maior ícone da editora (sim, mataram o Superman, de novo, quase como o Kenny de South Park).

Na verdade, essa última parte reverbera também com a revelação bombástica de Justice League 50 sobre a identidade do Coringa, que, ao meu ver é a mesma situação de incompreensão que se dá com o Superman. O Superman teve uma fase bem fraquinha (para dizer o mínimo) com dois títulos que oscilaram entre 'divertidinho', esquecível e incrivelmente terrível, enquanto o maior vilão do Batman ganhou mais e mais destaque chegando a uma estrutura que foi se tornando cada vez mais ridícula, agora chega num novo patamar de 'Que porra estão fazendo?' quando descobrimos com toda a clareza que não existe apenas um do vilão mas três.

Porque três, talvez você me pergunte? E a resposta fácil é 'porque não?'.
Até entendo a ideia (para justificar as mudanças da personalidade do vilão que foi de um bobalhão que fazia trocadalhos para um vilão terrível com motivações no humor e absurdo até um psicótico saído de um filme de terror), e acho que até pode render alguma coisa boa (de novo, porque não?), mas não vou fingir ou mentir que isso me empolga.
Na verdade insiste naquela bobagem de que faz parecer que o único vilão interessante do Batman É o Coringa, e, que se faz necessário cada vez mais e mais dele (droga, trabalhem direito no Charada!).

No fim, minha grande cisma com a ideia que os editores tentam vender nessa DC recente consiste em revirar na lixeira de Alan Moore mais e mais, revisitando Watchmen MAIS UMA VEZ. Me dá um pouco de medo, na verdade, pois dá a impressão que não existem novas ideias (quando na verdade só não existem bons autores e, principalmente, editores - vide acima quando comentei sobre Rob Liefeld).

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