(Roteiros: Grant Morrison, Arte: Ivan Reis, DC Comics, 49 páginas, US$5,99).
Eu não tenho palavras...
Não sei se entendi tudo como deveria ou se faltou alguma coisa, mas ainda que seja facilmente uma das melhores séries em quadrinhos do mercado atual - ainda mais fácil em se tratando só das grandes editoras Marvel e DC.
É mais maluco que o que se espera de Grant Morrison, há uma extensa e complexa teia de personagens diferentes (ou seriam versões diferentes de personagens conhecidos?), mas ainda assim me pareceu um tanto incompleto.
Não pareceu uma conclusão propriamente dita - até porque o final fica em aberto sim - só que o que me perturbou propriamente dito foi o fato que a grande teoria apresentada em Ultra Comics não parece nem um pouco perto de sua conclusão também.
É uma história muito bem ilustrada, com bastante ação e serviço aos fãs, sem dúvida, ainda assim está longe de ser uma conclusão para o épico que Morrison construiu desde o ano passado.
Na melhor das hipóteses é bom, na pior é confuso e apressado.
Eu achei raso demais para o tom excelente de cada um dos volumes anteriores em seus contextos (sim, absurdos, às vezes incrivelmente ridículos - mas não menos brilhantes), só que admito que talvez lendo tudo de uma única vez faça mais sentido.
Até lá fica sem uma nota...
Nota: ?
Nota: ?
BATMAN# 40
(Roteiros: Scott Snyder, Arte: Greg Capullo, DC Comics, 28 páginas, US$4,99).
Uma coisa eu posso dizer sem medo: Essa é uma das capas mais fodas que eu já vi.
Ponto.
Capullo está um monstro, e, se na arte interna ele já detona regularmente (sem exceção aqui), nessa capa ele entra para algum Hall supremo de artistas.
A composição é soberba, o tom é impressionante (atinge as notas certas ao apontar uma perspectiva sacra enquanto perverte essa noção de maneira a combinar com a metáfora que pretende aludir) e o uso de cores primárias compõe algo brilhante em conjunto com o tom (perspectiva sacra evocando a ideia de afrescos de templos religiosos).
Pena que a história é uma merda.
No começo já dava o tom que Snyder estava longe demais, num caminho sem volta em um território que não mapeado (e por bons motivos). E desde mais ou menos o segundo capítulo a história foi progredindo e progredindo sem fazer sentido - e cada vez fez menos.
Aqui simplesmente debanda toda a tentativa de lógica e o que temos é a mais clara e óbvia masturbação de fã(nfiction).
E sejamos honestos? Isso já deu no saco.
Já fizeram tantas vezes, já fizeram melhor tantas vezes que a história de Snyder (e mesmo ele fez melhor em Morte da Família) que só é mais longa e estúpida - e nem o conflito final até a morte, com todo o direito a lacerações e, bem, morte, convence.
Não porque eu aposto o meu rim que a editora inventará algum abracadabra ridículo antes do fim do ano para que tanto Batman quanto o Coringa apareçam em alguma história igualmente ridícula, mas porque isso é muito mal feito e forçado sem qualquer resolução, sem qualquer compreensão maior ou melhor do mito do personagem ou sequer da história apresentada.
Afinal, o que era o tal 'Homem pálido' das lendas? E o vírus? E a grande pergunta: Em que momento essa história se passa, tanto na cronologia do morcego quanto da própria editora (que nessa mesma data terminou uma saga sobre universos paralelos e passa por outro mega-evento focado em realidades alternativas colidindo)...?
Talvez a resposta para a última seja justamente o hocus pocus ridículo para resolver a 'morte' dos personagens (ei, era um futuro alternativo que poderia acontecer!), ou algo igualmente ainda mais idiota (ei, era um simulador de computador desenvolvido para testar os limites de reação do Batman!)... E isso faz com que seja ainda pior.
O bom é que eu já sei o que sai da lista de leitura...
Nota: 2,5/10 (só pela arte do Capullo, senão seria 0).
DAREDEVIL# 15
(Roteiros: Mark Waid, Arte: Chris Samnee, Marvel Comics, 20 páginas, US$3,99).
Se você se lembra de minha última resenha sobre uma edição de Demolidor (que curiosamente foi a edição 14, talvez por alguma mágica perversa), eu imaginei que seria um bom momento para Mark Waid dar um tempo na série...
E nesse pouco mais de um mês entre cada edição, o desenhista Chris Samnee confirmou que Waid está de fato partindo ao final do arco atual.
Por parte parece um tanto confuso (o autor fez uma excelente conclusão para sua própria série dois anos atrás, porque continuar sem boas história?), então a grande pergunta que fica é: O que isso significa?
Bem... Nada de novo no reino da Latvéria.
É meio que um modo automático de escrever o arco final de um personagem - conclusão de tramas semi-importantes, conclusão de elementos recapitulando eventos mais antigos e o retorno de algum personagem(s) esquecido/ignorado por boa parte de todo o trabalho até agora.
É até um alívio considerando o quanto o negócio todo não vinha funcionando.
Que venha o novo.
Nota: 6,0/10
(Roteiros: Mark Waid, Arte: Chris Samnee, Marvel Comics, 20 páginas, US$3,99).
Se você se lembra de minha última resenha sobre uma edição de Demolidor (que curiosamente foi a edição 14, talvez por alguma mágica perversa), eu imaginei que seria um bom momento para Mark Waid dar um tempo na série...
E nesse pouco mais de um mês entre cada edição, o desenhista Chris Samnee confirmou que Waid está de fato partindo ao final do arco atual.
Por parte parece um tanto confuso (o autor fez uma excelente conclusão para sua própria série dois anos atrás, porque continuar sem boas história?), então a grande pergunta que fica é: O que isso significa?
Bem... Nada de novo no reino da Latvéria.
É meio que um modo automático de escrever o arco final de um personagem - conclusão de tramas semi-importantes, conclusão de elementos recapitulando eventos mais antigos e o retorno de algum personagem(s) esquecido/ignorado por boa parte de todo o trabalho até agora.
É até um alívio considerando o quanto o negócio todo não vinha funcionando.
Que venha o novo.
Nota: 6,0/10
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