Ted Lasso é incrível. Pronto, algo que todo mundo e suas mães vem dizendo desde 2020 quando a série estreiou e inclusive antes quando Jason Sudeikis e sua equipe trabalhavam no circuito de talk shows para promover o material que possivelmente é a única aposta da Apple TV que deu certo (e continuará sendo?).
Mas é curioso porque eu continuo não gostando de Jason Sudeikis como ator ou de qualquer maneira achando que ele é minimamente talentoso (ao contrário do que aconteceu com Bill Hader após Barry), e francamente eu não acho que o material tenha grande ou qualquer relevância na atuação. É uma questão de roteiro bem construído, bem trabalhado e extremamente manipulativo.
Sim, emocionalmente manipulativo. O roteiro é construído para te fazer chorar e evocar sentimentalismo - sobre como o jovem Nathan trabalha há anos no clube e ninguém sabe seu nome e conforme a temporada avança ele se torna fundamental para o time, ou o garoto mexicano Dani Rojas gritando que futebol é vida (e em seguida se contundindo ficando impossibilitado de jogar futebol) ou mesmo o complicado divórcio do protagonista Ted e da dona do clube Rebecca.
E funciona.
Na verdade isso é uma parte integral da personalidade de Ted, do quanto ele se faz de bobo alegre para abaixar a guarda das pessoas e permitir que ele as manipule, não de qualquer maneira maquiavélica ou negativa, porque genuinamente ele demonstra se importar e manipular as pessoas para ajudá-las (e isso é incrível, principalmente no quanto a série faz parecer sem esforço e o quanto ela trabalha para demonstrar que é integral à personalidade do protagonista e ao roteiro). Nos termos do roteiro, inclusive, é essa manipiulação emocional que promove a montanha russa de altos e baixos e carrega com facilidade do espectador.
Não sei como termina (só assisti a primeira temporada), mas é realmente bom e com certeza vale a pena a injeção de otimismo que Ted Lasso oferece.
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