Mas não vivemos num mundo ideal então você já pode imaginar.
Copra é um material incrível. Talvez não seja tão criativo ou bem escrito (principalmente no começo), até porque a história não é nada memorável nos primeiros volumes, mas existe uma questão de caracterização de personagens que é tão bem feita e construída que é simplesmente difícil entender como outras séries não conseguem fazer isso.
O primeiro volume, eu acredito, que dificilmente vá cativar qualquer leitor de imediato e justificar os elogios, porém. Parece bastante com qualquer Esquadrão Suicida que a DC já produziu (os personagens inclusive são bastante análogos, assim como os cenários no geral), ainda que eu seria remisso se não dissessse o quanto narrativamente se parece com a fase mais famosa do grupo nos anos 1980 com John Ostrander (tanto em termos do grupo/formação quanto em termos inclusive de parte das narrativas) então a inspiração é clara e notória. Somado a isso é preciso dizer que a arte de Fiffe é, como eu poderia dizer... Não convencional. Não é uma arte estranha, feia ou algo mal feito - longe disso - mas é algo que leva um tempo para se acostumar inclusive para entender a dinâmica e composição narrativa que essa mesma arte agrega à história.
É a partir do final do segundo round (edição 12, que apresenta um gancho interessantíssimo para iniciar o próximo volume que são histórias focadas em personagens individuais e para conduzir a trama e o grande evento da Saga de Ochizon e, bem, a série está em um hiato desde junho de 2023 (ou encerrou, não vou especular demais porque eu confesso que senti tanto a possibilidade de continuar como um final com a edição 45) - ainda que honestamente a falta de conclusão não prejudique a série de maneira alguma na minha opinião. Mas, verdade seja dita, a quilometragem pode variar de leitor para leitor.
Vale a pena ao menos conferir uma prévia ou o primeiro volume para ver se funciona para você (mesmo que melhore bastante nos volumes seguintes).
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