Descobri alguns jogos fantásticos, alguns que só confirmei não servirem a meu paladar, e, algumas preciosidades que simplesmente não consigo descrever de outra maneira. Spiritfarer se enquadra na condição de preciosidade que sem sobra de dúvidas precisa ser entendida, discutida e explicada.
Com um estilo de arte lindíssimo que remete a animações infantis - entre um estúdio Ghibli e algo produzido na Europa, como Tintim ou Asterix - o jogo remete a temas complexos, densos e pesados de luto, dor e sofrimento sempre mantendo um aspecto otimista e reverberando um aspecto positivo.
A protagonista Stella é encantadora, mas ela server mais de suporte e apoio para que as histórias dos demais personagens se desfraldem e destrinchem, revelando conexões, implicações e toda uma sorte de aspectos sobre a natureza humana através dos arquétipos aqui representados.
E dizer mais sobre a história acabaria entregando spoilers, então focarei no que, ao meu ver, na construção de história se mostra a genialidade do jogo e o artificie supremo da construção de jogos de videogame enquanto arte e forma narrativa.
Jogando é possível ver o quanto a narrativa e sua estrutura seria impossível sob qualquer outra forma de estrutura. Não funcionaria como uma história curta, um livro ou um filme.
Se faz necessária a estrutura narrativa dos personagens e sua viagem para consolidar a construção de cada arco no ritmo do jogador conforme vai tecendo os capítulos e compondo os passos de cada jornada, formando os laços com cada uma das figuras que surgem.
Eu me vi consumido pelo jogo querendo cada vez mais chegar ao seu desfecho - e, mesmo já concluído ainda quero descobrir mais sobre os meandros desse mundo - e só posso dizer: Lindíssimo, fascinante e imperdível.
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