Quando uma série tem um hiato de cinco anos entre duas temporadas é preciso realmente pensar (ou repensar) o que está dando certo, ou, precisamente, de errado para que isso aconteça.
É verdade, a quarta temporada do seriado em 2013 foi bem aquém e decepcionante (com efeitos ridículos e desnecessários para tentar simular que todos os atores estavam na mesma sala ao mesmo tempo), e um roteiro altamente convoluto dando voltas e mais voltas para não chegar a ponto algum... E é verdade também que a Netflix tentou acertar as arestas mais notáveis da versão original da quarta temporada com um 'remix' lançado algumas semanas atrás (que é uma melhora significativa).
A série lutou com uma série de problemas de bastidores (alguns vieram a tona com o assédio moral sofrido por Jéssica Walters) que acabam afetando nossa percepção das pessoas e personagens, mas mais do que isso mostram um elenco desgastado e que não se sente muito mais a vontade um com outro - e isso se reflete nas cenas.
Eles não são mais a adorável família bizarra e disfuncional lidando com problemas absurdos... São atores isolados que não conseguem contracenar uns com os outros... Ainda que seja a base da quarta temporada e o que fez com que falhasse, se reflete nos sumiços bizarros de personagens (Portia de Rossi desaparece nos episódios finais mesmo que, por todos os motivos sua personagem seja a força motriz da temporada, e o mesmo se dá com Tony Hale no começo).
Tem alguns bons episódios - o último mesmo é espetacular - e com algumas boas piadas... Mas os bons tempos passaram. Um bom episódio - com um gancho para mais episódios/temporadas - não justifica a continuação do material.
Uma pena.
Nota: 5,0/10
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