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10 de dezembro de 2017

{Editorial} Dias estranhos...

Eu sei que às vezes sôo como alguém mal educado em diversos cenário de minha vida cotidiana.
Sou introvertido, e, não me esforço muito para contato social, principalmente com gente que desconheço, ao que, quando alguém tenta puxar papo comigo, seja numa fila de caixa, num elevador ou em vários outros cenários possíveis minha resposta na maioria dos cenários é um aceno com a cabeça enquanto sigo com minha rotina.

Dependendo da pessoa eu até respondo com maior elaboração, mas dependendo eu faço cara de paisagem e finjo que nem é comigo - como quando tentam puxar papo comigo em banheiros públicos ou gente em fila que acha que é o momento mais legal para criticar a fila e a empresa onde está. Na maioria é um sorriso amarelo, um 'ah, que interessante' e sigo em frente.

Não estou em '/modo coversa on' nessas situações. É '/modo compras' ou '/modo almoço' ou '/modo reflexão existencialista sobre que diabo estou fazendo da vida' ou algo que o valha, e, não quero conversar com alguém que só quer me perguntar desse tempo doido (que ora chove e ora faz sol) ou desse cenário político volátil ou qualquer conversa genérica que de anda agrega.

De novo, sei que sôo mal educado e mal humorado, mas porque EU sou o mal educado se não fui eu quem puxou conversa? Sério, a pessoa vem invadindo o meu espaço pessoal, não RESPEITANDO a minha elucubração pessoal e EU sou o mal educado?

Dito isso, destaco o exemplo mór dessa situação, quando, no último sábado fui ao barbeiro tosar meu cabelo. Nada demais, uma situação que se repete várias e várias vezes durante o ano e não traz nada de absolutamente especial - entro, aguardo um pouco, corto o cabelo e saio. Rotina.

Até que um senhor, com alma de artista circense mas a graça de ator demitido da Praça é nossa, chega e por alguma doença fatal que o impede de ficar dois segundos sem falar ou fazer alguma coisa desata a permanecer por mais de trinta minutos (que eu fiquei ali aguardando E cortando o cabelo) falando sobre absurdos e despautérios, que mesmo que eu não estivesse com um sono desgraçado, eu não teria o mínimo de interesse em rebater.

São aqueles argumentos que nem psiquiatra vacinado e treinado seria capaz de resolver (mas pelo menos poderia administrar alguma medicação para o sujeito ficar calminho), e a coisa toda foi desbaratinando para um cúmulo do ridículo (com o sujeito se levantando para varrer o chão do barbeiro - achando isso uma enorme galhofa - assim como oferecer do café - do barbeiro - aos demais clientes).

Qual o cúmulo do ridículo? Quando o senhor tentava rebater sobre como a corrupção no Brasil só teria solução caso um dia ele entrasse para algum ministério, preferencialmente da fazenda - onde separaria os recursos ermanamente como uma quadrilha de filmes dos anos 40 (dois pra mim, um pra você...)

Já me deparei com esses absurdos e outras situações anteriores, mas é curioso como atualmente está ficando mais comum. Como o estranho está cada vez mais lugar comum.

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