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3 de agosto de 2017

{Porque tão sério de quinta} Batman: Arkham Knight (2015)

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Eu não sei por onde começar...

Então eu vou começar pelo fato que o fim desse jogo (que é o motivo de boa parte de sua promoção, em volta da conclusão da trilogia - de quatros jogos - iniciada em 2009 com Arkham Asylum) é uma merda.

Sem firulas, sem muita análise complexa para justificar, a conclusão do jogo é um lixo por não fazer sentido e depender de uma enormidade de furos no roteiro (e na cronologia criada pelos três jogos anteriores - sim, Arkham Origins também faz parte da cronologia ao ponto dos vilões Vagalume e Exterminador citarem exatamente isso) e termina com um confronto final tão sem propósito e gás que mal dá tesão de terminar a frase!

Quer dizer... Todo o 'plano' do Espantalho para destruir o Batman gira em torno de fazer o morcegão remover a máscara publicamente?
E o morcegão não tem nenhum plano de contingência para esse cenário (que nem é um contexto imaginativo e brilhante)? Sério, o cara que tem uma batcaverna em cada esquina nunca pensou que talvez alguém pudesse elaborar um plano complicado para exigir que ele tirasse a máscara e revelasse sua identidade...?

Sabe, eu adoro os outros jogos da série, e consigo relevar boa parte dos aspectos ruins (como as longas e tediosas seções no batmóvel - ou as horrorosas corridas de obstáculo do Charada - ou os desafios idiotas da milícia - ou...) pelo que o jogo traz de inventivo e brilhante (como as mudanças para os cenários de predador com vilões mais inteligentes e aptos a se adaptarem ou desafios de combate mais complexos com variações maiores, ou a brilhante inclusão de um segundo herói para determinados desafios) além de tudo que já funcionava nos capítulos anteriores que foi devidamente transportado, mas a história é tão patética em tentar oferecer uma conclusão que fica difícil defender.

Talvez tenha com o fato das falhas dos roteiros anteriores forçando o Coringa güela abaixo mesmo quando ele não deveria fazer parte da história (como no caso mais marcante de Origins, que faria muito mais sentido se atendo a premissa original do Máscara Negra contratando assassinos para matar o morcego, mas City também padece do mesmo mal com Hugo Strange virando mero coadjuvante na história do Coringa), e, com o fato que o personagem morreu no capítulo anterior (e, portanto não teria mais como existir de maneira coerente além de na mente fraturada de Bruce Wayne como seu maior pesadelo) o estúdio perde o trunfo que manteve a estrutura de todos os capítulos anteriores... Enquanto tenta repeti-la com outro vilão fazendo a mesma coisa (plano elaborado para controlar a cidade enquanto unindo os demais vilões em seus propósitos individuais e separados).

Esperava mais, esperava algo melhor.
Mas no fim eu já me contentaria com o mesmo jogo sem as malditas seções do batmóvel...
Não teria uma história melhor, mas eu passaria muito menos raiva com o restante do jogo.

Talvez seja ranhetice, mas em contraste com o excelente Injustice 2, fica realmente difícil defender o pessoal da Rocksteady... Falando nisso...

Nota: 5,0/10

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