Nota: 9,2 |
Não querendo chover no molhado... UAU!
É o melhor filme de super heróis que eu assisto há um bom tempo capturando o que há melhor dos filmes de Richard Donner (e há muito naquele ar simplista e pueril que Christopher Reeve empregava como ninguém, mas Gal Gadot consegue se inspirar bastante) abraçando o cinismo tradicional do universo Marvel (quase que todo representado no otimamente cínico Steve Trevor de Chris Pine) assim como um clima mais intimista e próximo da realidade que Christopher Nolan evocou com seu Batman (aqui no cenário da Primeira Guerra Mundial, mostrando campos de batalha e cidades devastadas e desoladas)... E isso eu ainda nem falei do excelente roteiro, dos atores, da trilha sonora...
É o filme que eu queria ver há um bom tempo, e olha que 2017 trouxe ótimos filmes (Logan e Lego Batman são dois imperdíveis), e por mais que eu possa tentar discorrer sobre o filme, é o talento de Patty Jenkins com toda a certeza o maior destaque.
Não só por conseguir extrair o melhor de cada ator em seu papel, sabendo delinear o melhor ator para o melhor papel e extrair de cada um deles (e delas) o melhor e o máximo de maneira que, mesmo personagens terciários e marginais na história tenham personalidade e caráter, e digo isso pelo talento de fazer isso sem apelar para a base de fãs (como com Etta Candy e outros personagens que somente leitores assíduos da Mulher Maravilha possivelmente conheceriam).
Veja o vilão do ótimo Danny Huston (que também é o vilão no excelente 30 Dias de Noite) por exemplo, ou o herói do excelente Ewen Bremmer (sim, o Spud de Trainspotting) ou Robin Wright como a mentora Antiope... Bem eu poderia seguir nisso por um bom tempo.
E acho que o ponto de otimismo - que, bem, é o que faz a diferença sobre super heróis (e é esse o motivo que nos faz querer que eles vençam e continuem a lutar quando todo mundo mais já desistiu) e que vem faltando em filmes de heróis ultimamente... Sei que parece pueril como quando o Superman volta o tempo e salva Lois, mas, bem, é uma mensagem que vale pra mim (bem mais que o Professor Xavier surtando e matando todos os X-men, por mais que eu goste do filme...).
Quer dizer... Em dado momento do filme, eu sei que parece absurdo, mas a Diana de Gal Gadot... Sorri! É, absurdo, não?
Otimismo anda tão em falta ultimamente que qualquer vale a pena.
Não vou dizer que o filme é perfeito, afinal no terceiro ato existe um exagero de efeitos especiais (principalmente na batalha com Ares) e não combina 100% com o que está acontecendo, e, algo que realmente me incomoda nos filmes modernos é o excesso de cenas em câmera lenta e matrixing/bullet time (nesse caso bem literalmente afinal são as balas indo devagarinho para que vejamos o que Diana fará para repeli-las ou salvar alguém).
Adorei o filme, quero muito uma continuação (e espero que se situe no passado também para fazer mais sentido na explicação da história da personagem), uma trilogia e seja mais o que contanto que o estúdio saiba que a diretora Patty Jenkins sabe o que está fazendo.
Você está certo, eu também achei que foi o melhor filme de super-herói e, especificamente, DC Comics. Um diretor reconhecido consegue chegar ao êxito graças ao seu esforço, Paty Jenkins tem feito excelentes trabalhos que se notam desde suas primeiras produções. Mulher Maravilha soma a lista dos seus êxitos, realmente é um filmes da dc comics que emociona ao espectador. Não tem dúvida nenhuma que o seu trabalho, junto com todo o elenco deu como resultado um filme inesquecível. Cada um dos projetos desta directora supera a minha expectativa.
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