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7 de abril de 2017

{Resenhas} A vigilante do Amanhã - Ghost in the Shell (2017)

Nota: 3,8/10
Tá... O filme é ruim, e, eu acho que em grande partes por culpa da direção que não tem exatamente um pulso firme e coerente para conduzir a trama de maneira inteligente e, principalmente, única.

Acaba como Robocop com uma mulher no papel título (e sem o sarcasmo e crítica social do filme de Paul Verhoeven - ou seja, É a versão do José Padilha), e um cenário cyberpunk que é Blade Runner com sérias restrições orçamentárias.
Depois disso eu ainda preciso explicar o que o filme tem de ruim?

Não, mas não vai me impedir de continuar...

Mas talvez o momento para o filme seja ruim também.
Essa vibe de cyberpunk estava em voga quando o Matrix saiu (em 1999), levando a lançamentos como Deus Ex (2000), e perdeu um pouco o gás com o Reloaded e Revolutions (ambos de 2003, assim como a sequência de Deus Ex, Invisible War).
E porque eu enfatizo bastante Deus Ex? Bem... Porque ele é basicamente o Robocop genérico em uma atmosfera de Blade Runner. Que teve um péssimo jogo lançado em 2016...
E todas as coisas consideradas, Blade Runner tem uma seqüência programada para outubro desse ano (de novo se esse é um universo análogo, porque não ficar com a melhor versão?)

E não, eu não vou comentar as críticas (exageradas - ELA É UM MALDITO CIBORGUE! DESDE QUANDO MINHA TORRADEIRA TEM ETNIA?) de racismo ou de falta de empatia racial (ou whitewashing) principalmente quando eu sou de um país que tem em horário nobre uma novela com um ator branco fazendo papel de indígena (com direito aquele sotaque de Tarzan e tudo mais).

Falta um roteiro coeso - e interessante - e sobram clichês.
Cada personagem (e são vários) não acrescenta nada à história e são esterótipos fáceis (o sujeito que não confia em tecnologia em um mundo vastamente avançado, o outro, parvo, que utiliza tecnologia de maneira frívola, o chefe fodão que não fala muito mas está pronto pra quebrar tudo quando a hora chega, o policial parceiro que é praticamente da família, o vilão com um passado que faz dele uma espécie de espelho...).
Droga, eu vi a reviravolta (de quem seria o bandido secreto ao final do filme) logo numa das primeiras cenas! O negócio só seria mais óbvio se o personagem usasse um sinal em neon com os dizeres 'verdadeiro vilão do filme'!

E o OUTRO vilão (o que não é o verdadeiro) não é interessante a ponto de ser lembrado e sua trama é uma versão sem sal nem açúcar da trama do filme animado de 1995 (que é bem mais complexo e difícil ao ponto que eu já assisti várias vezes e não sei o quanto eu entendi). E, vamos deixar isso cristalino de tão claro: Quando um personagem de um filme animado é mais tridimensional que uma mesma versão e adaptação do mesmo em um filme com atores, bem, o filme tem sérios problemas.

Vai por mim, é melhor assistir à animação (da qual ficarão muitas dúvidas) que este filme aqui (que você vai esquecer em duas horas).

Um comentário:

  1. Uma pena que o filme foi tão ruim, a história tem muito potencial e acho que eles deveriam fazer o mesmo que no Blade Runner 2049, manter a essência. Na minha opinião, foi um os melhores filmes de ficção cientifica que foi lançado. Gostaria que vocês vissem pelos os seus próprios olhos. Se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Eu recomendo totalmente.

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