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29 de abril de 2017

{Resenhas} Guardiões da Galáxia vol 2

Nota: 7,0/10
Guardiões da Galáxia volume 2 não é uma continuação no mesmo nível e naipe da excelente produção de 2014, em muitos sentidos mas, para demonstrar da maneira mais rápida, clara e inquestionável sem entrar em qualquer spoiler (ou resenha) desde o começo com a trilha sonora.

Yep, eu sei que é golpe baixo mas quando o filme se orgulha tanto da trilha sonora e faz e refaz tanto de seu estilo para parecer musical (ei, olha o pôster ao lado e me diga que não é inspirado em algo de uma banda qualquer?), e com a excelente trilha sonora do primeiro, é realmente difícil o quanto a trilha desse é pálida em comparação.

Quer dizer, não é que as músicas sejam ruins necessariamente (tem Fleetwood Mac, mas as do primeiro são melhores), mas falta aquela sinergia espetacular que existe no primeiro filme - na construção da cena que é otimizada pela excelente trilha sonora, e tudo funcionando de maneira orgânica - e eu não preciso mais do que a primeira cena, extremamente forçada do bebê Groot dançado ao som de Mr Blue Sky da Electric Light Orchestra...

Além da música ser já um enorme clichê, ela não se mistura direito com o que a animação do personagem de Vin Diesel faz na tela (ao ponto que existem momentos em que parece até que as equipes de animação e edição de som brigaram pois cada uma faz uma coisa)... Comparado com a primeira cena do Senhor das Estrelas com Come and Get Your Love (que eu ainda adoro), e é difícil agradar...
Mas eu acho que o filme chuta o pau da barraca nessa com a primeira música (que ele força güela abaixo como importante porque era a favorita da mãe do Senhor das Estrelas - ainda que só esteja na fita mix volume 2), tentando tarantinar a coisa toda, explicando e procurando mais do que realmente existe ali. Não que a música seja necessariamente ruim, mas é tão na média e esquecível que realmente você precisa se esforçar demais para crer no que o filme propõe ao redor da mesma.

Isso é suficiente para desgostar do filme? Não, porque o roteiro se empenha ferronhamente nisso com um excesso de 'piadas' que faz parecer mais uma comédia com cenas de ação (que é algo que James Gunn já fez com o péssimo Super de 2010 - que por algum motivo ganhou uma crescente em popularidade) que um filme de ação com elementos de comédia (que é o primeiro filme).

Existem piadas excelentes, existem momentos incríveis, mas o filme tem um excesso de piadas, algumas tendem a não encaixar (o que é natural), mas se torna mais evidente quando o roteiro não é tão bom assim (que se aplica) e não ajuda quando os atores não tem o tino natural para isso (que se aplica com Dave Bautista, principalmente) ou com as tentativas de mudar o tom (radicalmente) com os discursos completamente sérios da Nebulosa (na monótona Karen Gillan imitando a voz do Batman de Christian Bale) ou a mudança no tom no terceiro ato que requer, bem, algo digno de uma novela russa (para não dar spoilers).

Existem também os desperdícios e exageros que não levam a lugar nenhum (porque o Stallone está nesse filme?), mas aqui é mais implicância que algo efetivamente ruim. Na verdade mal fede ou cheira...

No entanto, é na trama de Yondu (Michael Rooker) que o filme realmente brilha, ainda mais com os paralelos e interações com o Guardião mais carismático e interessante do grupo: Rocky.
De novo, não é sem falhas (tiram uma trama meio que do nada e que não encaixa muito bem com o enredo do primeiro filme sobre um exílio), mas consegue formar o caráter e as qualidades do personagem e solidificar a relação dele com o Senhor das Estrelas, assim como dar mais brilho a um dos pontos mais fracos do filme anterior (entendendo melhor sua história na continuação, ele acaba sendo mais interessante retroativamente)... Não é o tipo de coisa pra se pensar muito, mas funciona bem, traz boas atuações e é onde o filme tem uma trama envolvente.

Tinha como sair algo bem melhor, sem sombra de dúvidas.

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