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25 de novembro de 2016

{RESENHA} X-men: O 13º Baktún

Eu não entendo Bryan Singer. Acho que um dia ele foi um diretor com potencial, e, sim, Os Suspeitos (1995) é um ótimo filme. Só que já se passaram mais de vinte anos desde então, e, todo o material produzido por Singer foi uma enorme quantidade de '', (e olha que estou sendo até educado, porque se eu pegar pra falar de Superman: O Retorno, acho que vai até o 14º Baktún...)

Sim, ele produziu o seriado House (mas não vamos tirar o brilho dos roteiristas e do excelente Hugh Laurie), e o primeiro X-men de 2000 é razoável (apesar de ter envelhecido mal, com diálogos bem cafonas - principalmente da Halle Berry - e caçoar das origens dos quadrinhos). Por bem ou por mal, a franquia da Fox sempre foi um patinho feio em meio aos excelentes Batman da Warner, aos Homem Aranha da Sony e os sucessos da Marvel.
Claro, longe dos fiascos (da própria Fox) como o Quarteto Fantástico ou Demolidor (e sua derivada Elektra) e, sim, da Warner (de novo Halle Berry citada com sua atroz Mulher Gato, mas vale também o Lanterna Verde de Ryan Reynolds e quem mais? BRYAN SINGER dirigindo Superman: O retorno! Passou, passou...).

Eu ainda dou mais voto de confiança a Halle Berry na impossível missão de adaptar a Mulher Gato SEM qualquer ligação a um universo do Batman (como o próprio, assim como a cidade de Gotham e outros quaisquer elementos como coadjuvantes, figurantes e quaisquer outros antes - sério, tente entender a sinuca de bico de quem entrou pro projeto com tamanhas imposições!) que na ridícula ideia de Singer de reescrever a história de uma franquia encerrada décadas atrás... E que ninguém efetivamente se importava (mais)...

Mas sinceramente, eu não entendo mesmo é a FOX... Tirar o excelente Matthew Vaughn que fez o excelente reboot dos X-men em Primeira Classe de 2011 - e, posteriormente lançou o igualmente excelente Kingsman em 2014... Tiraram Vaughn para trazer Singer de volta na continuação 'Dias de um Futuro Esquecido' e fazer a mesma cagada que Singer impôs na Warner em seu Superman, criando uma convoluta nova estrutura que é ao mesmo tempo sequencia e reboot (seboot? Reqüência?). Sei que muita gente gostou, sei que boa parte da crítica gostou, e, francamente até eu tenho que admitir que é o melhor X-men que ele dirigiu... Só que isso não vale lá grandes coisas. É como dizer que Motoqueiro Fantasma é o melhor filme de super-herói com o Nicholas Cage (não tem muito espaço pra escolha, e existem exemplos bem superiores no mesmo gênero).

Não sei o que a Fox esperava almejar com o filme de 2016, sinceramente... Manter os direitos da franquia? Terminar os contratos dos astros? Ir além de qualquer limite de bom gosto ou tom até que não sobre mais qualquer boa fé dos fãs e com isso não sobre sequer algum fã...?

De onde tiraram o Apocalipse para firmar como o grande e crucial ponto para a aventura dos X-men nos anos 80? Quer dizer... Genosha (a ilha que é pra ser a analogia dos mutantes ao Apartheid) que é algo beeeem mais anos 80 E tópico fica de lado para a trama de um vilão que mesmo nos quadrinhos mal faz sentido (aqui eu admito parte de minha má vontade com o personagem, mas nas quase duas décadas de histórias com ele, eu simplesmente não me lembro de uma boa história - e dezenas de histórias horríveis, então...).

Esse filme, pra mim, toca todas as notas erradas que Singer já fez em sua carreira, e a Fox igualmente.
Volta origem do Ciclope (já não vi isso num filme horrível do Wolverine?), volta um vilão sem propósito com motivação nula e igual caracterização, saem cenas de ação bem construídas (droga, logo no começo a Mística de Jennifer Lawrence derrota um vilão com uma sovacada! Quer dizer, isso depois da longa e confusa cena introdutória ao filme apresentando o vilão Apocalipse) com exceção obvia a mesma cena bem construída do último: A cena de Mercúrio.

E é isso. Se você assistir somente a cena com Mercúrio nesse filme, terá visto a única coisa que vale a pena aqui.
Filme ruim, sem graça e sem propósito.

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