Lançado sem muito alarde, com dois nomes relativamente desconhecidos - Tom King (que escreve agora Batman, além dos ótimos títulos Sheriff of Babylon da Vertigo e Vision, premiado com Harvey, pela Marvel) e Barnaby Bagenda (esse realmente ainda é um tanto desconhecido) no re-reboot de 2015, com personagens que fazem merecer o título de 'restolhos', The Omega Men foi um título, bem, difícil.
A leitura mensal da história se perde, e posso dizer isso sem dúvidas. Com tantos personagens, planetas (afinal a história se passa no bizarro sistema Vega, onde 'tudo acontece', como dizia uma chamada para as histórias de ficção cientifica da DC nos anos 70) e tramas diferentes, acompanhar a história com as pausas de um mês sem sombra de dúvidas foi um trabalho hercúleo para quem tentou empreender.
Eu que li de uma tacada só me perdi uma porção de vezes precisando reler trechos e revisitar edições anteriores para entender melhor o que eu acabara de ler, mas vale destacar o positivo que é o fato que Tom King consegue efetivamente caracterizar cada um dos diferentes personagens dos Omega Men, de modo que é ao mesmo tempo fácil identificá-los e individualizá-los enquanto estabelecendo um enorme carisma em várias direções (o personagem religioso, o personagem pacifista que se recusa a usar violência, a personagem adolescente hiperativa, a líder fria e calculista...) e como a trama deixa bem claro, ninguém está a salvo e esse não é um material comum.
Fica bem mais claro ao final, em que o Lanterna Verde (que era um emissário de paz e acabou se tornando um dos Ômega) realmente entende o ponto da história e a discute.
Não vou estragar com spoilers, mas quando ele efetivamente entende o preço de toda a guerra das edições anteriores, de toda a batalha que foi travada é bem curioso quando ele compreende ou se questiona se sua presença causou mais bem do que mal.
É só por isso é leitura mais do que recomendada.
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