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29 de setembro de 2016

{RESENHAS DE QUINTA} Gotham Academy volume 1

Nota: 7,5/10
Se você gosta de Harry Potter e Batman, bem, essa é a combinação mais perfeita de ambos que se possa imaginar.
Quer dizer, mais do 'universo' de Batman, afinal é uma história sobre Gotham City e sua estranha natureza (que faz dela mais uma personagem, ou melhor, entidade).

A série dá continuidade a algo que eu achei bem interessante da iniciativa dos novos 52 de 2011 de estruturar a história e mitologia de Gotham, definindo suas figuras e as intrigas do passado e toda uma sorte de situações - como no título de Jonah Hex, All Star Western que trazia o primeiro Arkham a viver na cidade gótica, assim como as fundações da cidade e as personalidades públicas como o Cobblepot (da família do Pinguim) e os Wayne (dã...) - e aqui a situação dá vazão ao clima de mistério e intriga que explorarão os alunos da tal Academia Gotham, a respeitável e prestigiada instituição de ensino particular.

Nisso a série acerta em cheio, inclusive num time de coadjuvantes fantásticos com inspirações nítidas nas versões do desenho animado de 1992 do Batman, e figuras como o Professor Milo, Doutor Langstrom vão dando as caras para tangenciar as picardias estudantis de Olive Silverlock, Maps Mizoguichi e companhia na escola.

Nas picardias estudantis, no entanto... Bem, nem tanto.
Quer dizer, talvez e provavelmente seja só eu (a série foi bem aclamada pela crítica e recebeu uma bela resposta do público já incentivando um crossover com a série Lumberjanes dos estúdios Boom - outra série bem recebida por público e crítica), mas muito do que rola no colégio tende mais a 'forçado' que a bem estruturado e natural.
Há um excesso de coincidências, e mesmo as reações dos alunos não me parecem naturais para as suas ações e situações (um exemplo está nesse primeiro volume, quando o grupo de alunos descobre um vilão tradicional do Batman rondando os arredores da escola e para eles parece algo emocionante e não assustador). Acho que há uma tentativa de emular o tom de Runaways do roteirista Brian K Vaughan de 2003, mas, sem ofensa a Becky Cloonan, ela ainda não está no mesmo patamar.

Longe disso quebrar o clima e tornar o material intragável, até porque o material é bastante leve, descontraído e divertido, só podia ser um pouquinho melhor talhado...

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