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26 de junho de 2016

{Editorial} Ao povo o que dele é merecido...

Continuando a falar de música, o tema de hoje é, bem, material promocional.
As duas imagens dessa coluna são do mesmo álbum, o fantástico A Farewell to Kings de 1977, e, é bem visível o quanto as duas imagens são diferentes (ainda que com mensagens relativamente similares, que se traduzem no título do álbum, a despedida dos reis).

Há, no entanto uma enorme diferença entre cada imagem, e, evidentemente no tipo de público a que afetam e atingem. A imagem da caveira tende a buscar o público, bem, metaleiro e fã de caveiras (por algum motivo), que tem certa predileção por algo de macabro/sinistro e, obviamente pelos crânios (e um tão simpático como esse, inclusive sorridente não passa desapercebido).
Há simbolismos, claro, uma vez que é o ponto do rei com sua coroa traduzindo o humor da situação da monarquia 'morta' sem abrir mão de suas joias, e o que isso significa e traduz para a condição moderna que é o anacronismo da condição do líder autocrático na sociedade moderna.

Essa ideia do anacronismo, porém, se traduz melhor na segunda imagem, com a decadência de um rei que, perdeu seu reino e seu espaço, o reino e a coroa, até a pose, mas não abdica do trono.
Há mais ironia, mais sarcasmo nessa segunda imagem, das cordas (que deixam clara a figura régia como uma marionete vazia) com as torres esfumaçando o céu à distância (o que era uma ideia comum de 'progresso', do desenvolvimento e industrialização).



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