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13 de maio de 2016

{Resenha} Moneyball - O azarão que mudou o jogo

Em dado momento no filme, um dos olheiros de um dos times profissionais da primeira liga de baseball brada aos demais "A mulher dele é feia, no máximo uma nota 6, falta confiança a ele", como o argumento para cortar determinado jogador das seletivas.

Repito, caso fique qualquer dúvida, um olheiro de um time profissional da primeira liga de baseball (dos EUA sendo ainda mais preciso) em 2002. Não no longínquo 1918 quando Babe Ruth corria pelos NY Yankees, ou algo que o valha, mas a meros 14 anos, essa é uma justificativa e critério para seleção de um atleta profissional que carregaria belos milhões em patrocínio e outros tantos milhões e milhares nos salários e outras mordomias.

O filme é uma versão romantizada dos eventos, obviamente tecendo heróis e vilões em uma biografia e caracterizando/dando maior relevância a personagens que, dificilmente teriam importância (como a filha do personagem de Brad Pitt, Billy Beane), mas a verdade é que há um imenso esforço para simplificar e descomplicar toda uma enorme e extensa gama de estatísticas que é o método 'moneyball'.

De certa maneira é até maçante no esforço para simplificar e reforçar o ponto do filme através da repetição da conclusão do processo (de que o time mais barato do Oakland Atlethics fez a mesma temporada que o caríssimo New York Yankees, inclusive demonstrando a diferença do orçamento por jogo), mas, verdade seja dita o filme cumpre muito bem o propósito porque qualquer idiota ignorante pode entendê-lo mesmo sem entender um puto de seu assunto - e digo por experiência própria de idiota ignorante que não sabe a diferença de baseball para blernsball, e eu entendi o filme sem maiores problemas.

Talvez seja a simplificação (que o torna acessível) que torne também o conteúdo diluído e tire o impacto do que ele realmente significa, mas, verdade seja dita ele é o filme para todo empreendedor assistir vidrado, e para guardar na coleção de referências.
O baseball do filme é um exemplo, mas sem dúvidas os exemplos se seguem vez após vez após vez (seja na pizzaria do bairro seja no ministério sem mulheres ou negros), uma vez que estão enraizados em escolhas e estruturas tradicionais e que, por serem tradicionais precisam categoricamente ser repensadas.

Afinal, sim, existe um motivo para a tradição, mas é o motivo correto?
Motivos para julgar são fáceis de se ver, mas achar os motivos corretos e justos (que dependem da imparcialidade racional, que só os números podem propiciar, afinal só os números são isentos de qualquer preconceito), isso exige talento, e, não apenas algumas vezes, isso exige reestruturar todo o jogo.

Recomendo pra caramba o filme (o livro, ainda não li, e olha que não está caro), mesmo que seja para assistir uma única vez na vida e levar os exemplos sobre empreendedorismo, até porque, do elenco, fora Pitt, quase todo mundo está bem apagado e nulo (eu olho pro poster e vejo que Phillip Seymour Hoffman está lá, e, eu me lembro que ele está no filme... Mas é algo que pode passar bem desapercebido, devido a performance beeeeem aquém de tão excelente ator).

Nota: 7,0/10.

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