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5 de novembro de 2015

{RESENHAS DE QUINTA} Um mês da Nova Nova Nova Marvel



(Nem sei exatamente como é o nome exatamente da atual linha da editora pós-mega-evento de 2015).


Pois bem: Eu fiz algo que eu não faço faz décadas: Li quase todos os quadrinhos da Marvel num mês!
Capitão América, Thor, Homem de Ferro... Droga, até os malditos Inumanos e uma série com o Deadpool (que eu não fiz a resenha, é verdade porque eu não consegui mais que duas palavras para descrevê-la - lixo).
E como eu sai ao final disso?

Quase intocado... Quer dizer, sim, tem alguma coisa boa aqui e ali (o Doutor Estranho do Aaron tem tudo para ser a melhor série da Marvel em 2015 e o novo Capitão América mais politizado tem grandes chances de ser interessante), e por algum motivo nem saiu todos os novos lançamentos num único mês (enquanto várias coisas tiveram duas edições, que eu também não entendi porque) eu até acho que posso voltar para certos quadrinhos da Marvel e lançamentos (quando o Demolidor do Charles Soule sair eu devo ler sem muita dúvida e Spider-Woman tem tudo pra ser genial), mas ao contrário do que aconteceu anteriormente, mesmo esse ano com a DC eu não vejo motivos para me animar com 90% desse material.


Não sei... Em 2012 eles fizeram um relançamento grande já, e, aquele foi um relançamento de bem maior qualidade (Jason Aaron e Esad Ribic cuidando do Thor numa premissa espetacular de um assassino de deuses, Jonathan Hickman fazendo com que os Vingadores finalmente se tornassem grandes - com histórias grandiosas e intergaláticas - enquanto Rick Remender fez a
unificação dos Vingadores e X-men em um único time, sem contar com várias outras séries menores e interessantes que foram surgindo - o Cavaleiro da Lua de Warren Ellis ou a Viúva Negra de Nathan Edmondson), e já em 2012 eu não li tanta coisa assim.

Talvez até porque eu fiz quase a mesma coisa com a DC alguns meses atrás e não me animei com quase nada (e mesmo o que eu me animei como Senhor Destino, Canário Negro ou Caçador de Marte eu logo abandonei)!

Acho que isso é uma tendência de um mercado já bastante saturado que insiste em oferecer quantidades colossais de material ao invés de pequenas quantidades de bom material.
Lendo o Homem Aranha eu fiquei mais animado pelas prévias que compõem quase metade da revista (como a espetacular prévia da Mulher Aranha retratando as desventuras da personagem grávida nesse lunático mundo de super heroísmo - e que me pareceu brilhante) e isso dificilmente é um bom sinal.
É como assistir um filme e gostar mais de um trailer de dois minutos que toda uma enorme produção cara de 2:30h...

Cedo pra julgar?
Qualé... Já tava na cara desde um bom tempo atrás (mais ou menos quando esse caça-niqueis de evento mega-blockbuster da vez foi lançado, ou talvez mesmo na sucessão de eventos terríveis caça-niqueis da editora como o retorno do Massacre [nem perca tempo] ou o assassinato do Vigia [nem perca tempo 2 - a missão])... Falta um pouco de substância nesse caldo.
Alguns bons artistas, algumas boas ideias (ei, Marvel lembra quando o Warren Ellis escrevia os Vingadores Secretos? Ele foi disso para o Karnak????) e principalmente uma certeza aos fãs de que existe um propósito menos mesquinho no evento de simplesmente ferrar com a Fox ou a Sony (qualé, cancelar as séries mensais do Quarteto Fantástico, talvez a mais importante série mensal da editora, só porque os direitos cinematográficos estão com a Fox?)... De novo com a DC, surgiram séries diferentes, novas, com times criativos tentando cunhar personagens fora do eixo tradicional da editora (tudo bem que já foram canceladas, mas foi legal ver Frankenstein, Homem Animal e mesmo o Static Shock ganhando séries mensais ao lado de Superman e Batman).

Sem dúvidas terá coisa boa, nem discuto isso, só acho que não precisava de todos esses fogos de artifício e confete...

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