Primeiro, deixe-me enfatizar um ponto muito importante: Não dá pra comparar com a primeira temporada por uma série de motivos, mas principalmente porque é como se a sua banda de garagem tiver de fazer um segundo show após a reunião dos Beatles (com direito a show holográfico de John Lennon e George Harrison).
Ainda que sua banda de garagem fosse o Led Zeppelin (com Neil Peart substituindo o finado John Bonham) ou a reencarnação de Jimmi Hendrix com a reencarnação de Janis Joplin nos vocais, é fácil entender que suas chances de prender a atenção são bastante parcas e remotas.
Deixando claro que, sem dúvida os Beatles jamais foram a maior banda de todos os tempos ou qualquer coisa do tipo, mas eles ainda são populares pra caramba, e tem coisas mais fáceis na vida que suceder alguém incrivelmente popular (já passei com isso com uma ex, e vai por mim, é uma merda).
Deixando claro que, sem dúvida os Beatles jamais foram a maior banda de todos os tempos ou qualquer coisa do tipo, mas eles ainda são populares pra caramba, e tem coisas mais fáceis na vida que suceder alguém incrivelmente popular (já passei com isso com uma ex, e vai por mim, é uma merda).
E quando a sua banda de garagem tem o carisma de segunda voz de dupla sertaneja com a qualidade técnica do baixista do Restart... Não vai conseguir a atenção, então faça o melhor show.
Aí entram os problemas da segunda temporada em si, que começam com os anúncios prévios que deixavam claro que haveriam quatro protagonistas (algo que descontando Seinfeld não funcionou exatamente muito bem em outro lugar - nem no Quarteto Fantástico, pense nisso), e pra ajudar do elenco em si o que dizer além de que no mínimo é pouco inspirado?
Quer dizer, Vince Vaughn é um péssimo ator, canastrão no máximo (sua carreira é permeada por comédias em que ele é o menos engraçado dos personagens e por desastres completos como o talvez pior remake de todos os tempos para Psicose), Taylor Kitsch é... Quem ele é mesmo? Ah, o discípulo de cigano Igor sem talento que só é relativamente conhecido porque tem músculos?
Rachel McAdams nunca fez nada de brilhante com uma carreira permeada de comedias românticas e pontas pequenas - e ainda que isso não signifique que a moça seja ruim, não oferece um currículo brilhante para justificar a confiança em seu talento. Sobra pro Collin Farrel que por um bom tempo foi uma grande promessa, aí ele fez Demolidor - O Homem sem medo e ninguém mais acreditou no cara - e foi aí que ele fez um boa seqüência de filmes bons (Como o ótimo Sonho de Cassandra, Coração Louco, Caminho da Liberdade e mais algumas coisas, no mínimo divertidas como Sete Psicopatas e um Shih Tzu!).
Não obstante ele é o melhor personagem do primeiro episódio (The Western Book of the Dead - algo como "O livro dos mortos ocidental"), com boas cenas, mesmo que ele seja um típico clichê (policial corrupto - com um bom coração, pois foram problemas de família que o tornaram corrupto - com problemas com alcoolismo e com seu comportamento autodestrutivo). Enfim, é tudo que Jimmy McNulty (The Wire) ou Angel Batista (Dexter) ou Debra Morgan no mesmo Dexter... Enfim, não é algo novo. É repetido ad infinitum e é um clichê (mas funciona, o que se vai fazer?).
O problema nos clichês se dá quando outros dois dos quatro protagonistas também tem estruturas repetidas ad nauseam (alguém está gastando seu latim hoje).
Tanto McAdams quanto Kitsch tem personagens carimbados de histórias policiais - a detetive durona que foi criada por um pai porra-loca hipponga (e que McAdams está forçando a barra demais para parecer crível, enquanto falha miseravelmente) e o sujeito que voltou da guerra e voltou amargurado e perturbado por fantasmas e blá blá blá (provavelmente ele também é o assassino, mas só estou jogando no ar).
O problema nos clichês se dá quando outros dois dos quatro protagonistas também tem estruturas repetidas ad nauseam (alguém está gastando seu latim hoje).
Tanto McAdams quanto Kitsch tem personagens carimbados de histórias policiais - a detetive durona que foi criada por um pai porra-loca hipponga (e que McAdams está forçando a barra demais para parecer crível, enquanto falha miseravelmente) e o sujeito que voltou da guerra e voltou amargurado e perturbado por fantasmas e blá blá blá (provavelmente ele também é o assassino, mas só estou jogando no ar).
Enquanto McAdams tenta demais e não consegue (o que uma outra atriz mais competente faria o papel com um pé nas costas - cough, cough - Charlize Theron ou até Mila Kunis), Kitsch precisaria ser um ator melhor que Robert De Niro para convencer como sujeito perturbado pela guerra que vira tira honesto e se vê amargurado na presença de mulheres gostosas que querem ficar com ele... No entanto ele é um sujeito que atua pior que o gato da figura abaixo:
Então você pode imaginar o quanto é difícil assistir os seguimentos dele no programa e levar a sério quando sua única expressão é uma de constante constipação...
Sobra Vaughn que mesmo canastrão como sempre, encabeça o personagem mais curioso.
Ele é meio que um mafioso, ainda que mais para 'empresário anti-ético que não liga muito para leis trabalhistas e bem estar de funcionários somente para o lucro e cifras no bolso' que para Tony Soprano/Dom Corleone. Com o segundo episódio seu personagem cria uma trama bem interessante e mostra mais gás para a trama que a própria história do assassinato/conspiração da vez.
E nisso chegamos na história...
Olha que eu já vi seriados menos interessantes (bem eu assistir a última temporada de Dexter), e eu acho que o roteiro dessa temporada está bem escrito e pode surpreender... Só que não empolga.
Muitas cenas só causam bocejos, a quantidade excessiva de peças no tabuleiro forma um contexto confuso (porque todo esse pessoal está investigando essa história mesmo?) ao que fica difícil esperar pelo próximo episódio.
Os aspectos detetivescos em si não são tão impressionantes... Sim, é um crime bizarro, curioso e tudo mais, só que falta o elemento humano para tornar o crime ou a investigação interessantes, sabe?
O jogo de gato e rato que é a essência do suspense policial! O uso da sagacidade e inteligência na busca por pistas elaboradas e complexas...
Enfim, não é o que eu vi aqui.
Aqui inclusive eu não sei até que ponto é um problema do ego do autor/criador do seriado, uma vez que existem alguns elementos interessantes que mostram que SE a história partisse para uma direção diferente, algo mais próxima de uma adaptação de, vamos dizer um livro, vamos dizer de um autor chileno exilado... Tá, 2666.
As maquilladoras, o empresariado corrupto a polícia sem muita ideia do que está acontecendo e tentando de tudo que é maneira estabelecer uma causa lógica para uma série de crimes (que pode não ser serial). Seria uma história muito melhor e mais interessante, mas acho que só seguiram a questão da falta de ética nas maquilladoras e sua estrutura semi-mafiosa de gestão empresarial.
Aqui inclusive eu não sei até que ponto é um problema do ego do autor/criador do seriado, uma vez que existem alguns elementos interessantes que mostram que SE a história partisse para uma direção diferente, algo mais próxima de uma adaptação de, vamos dizer um livro, vamos dizer de um autor chileno exilado... Tá, 2666.
As maquilladoras, o empresariado corrupto a polícia sem muita ideia do que está acontecendo e tentando de tudo que é maneira estabelecer uma causa lógica para uma série de crimes (que pode não ser serial). Seria uma história muito melhor e mais interessante, mas acho que só seguiram a questão da falta de ética nas maquilladoras e sua estrutura semi-mafiosa de gestão empresarial.
Talvez o seriado prove que estou errado com os episódios vindouros e se mostre melhor que tudo já feito para a HBO anteriormente... Mas eu duvido, e os primeiros parágrafos do texto justificam que não importa muita coisa.
Nota 4,5/10
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