(Meio que continuando a discussão sobre filmes/seriados e adaptações dos últimos posts, apenas mudando um pouco o foco): Eu já assisti uma boa quota de filmes ruins, e não é exatamente o tipo de coisa difícil de se achar numa busca rápida...
Praticamente tudo que for 'comédia' que tenha em seu pôster algo como, bem, a imagem ao lado (uma resenha dizendo que é 'radical e corajosa', ou a imagem de gente mesclada num poster que não faz nenhum sentido além de ser um mash up de tudo contido no filme - que é justamente um mash up da cultura popular que eles estão cough satirizando cough cough).
Com exceção dos filmes de Leslie Nielsen nos anos 80 (Corra que a polícia vem aí e Apertem os cintos, o piloto sumiu), e obviamente os filmes de Mel Brooks (mesmo contando Spaceballs), é difícil achar alguém que saiba fazer uma sátira inteligente com bom humor e um humor sagaz e inteligente.
Normalmente saem coisas como "Todo mundo em pânico" e suas subvertentes que se embrenham em usar a maior quantidade de referências possível em uma única produção ao ponto de ficar constrangedor (sério, é só ver coisas como 'Todo mundo (HIS)pânico', e eu juro que não inventei esse nome).
Mas "An american Carol" - ou "Corra, tem loucos por aí" de 2008 não é apenas um filme ruim (e sem graça), também é um insulto a inteligência do espectador --> afinal sua premissa básica é que o mundo virou um inferno muçulmano porque Michael Moore fez um filme criticando o governo Bush (e com isso os 'terroristas' venceram a guerra e dominaram o mundo).
Se você se ofendeu pelo parágrafo anterior, parabéns, você é um ser humano inteligente e pensante (se não, pode assistir o filme que provavelmente achará hilário, e, eu confesso que não entendo o que você está fazendo nesse blog).
A pergunta que surge, vendo que anualmente diversos filmes nesse nível e proporção são lançados (ei, teve um do Adam Sandler fazendo o papel dele e da própria gêmea, além de estarem discutindo a filmagem de Gente Grande 3), me leva a questões realmente sérias sobre a raça humana.
Ao mesmo tempo, surgem questões sobre o (altamente saturado) mercado de entretenimento, e, questões ainda mais importantes de que, será que essa quantidade abissal e absurda de filmes que a indústria de entretenimento continua a produzir não é justamente para que uma indústria de entretenimento continue a existir...?
O grande dilema existencial de uma sociedade vivendo uma enorme crise do sistema financeiro mas que precisa de verba para arcar -e recuperar - o prejuízo... E que precisa cortar gastos na produção de entretenimento (que é um gasto desnecessário) para produzir mais entretenimento (que continuará a ser um gasto desnecessário).
Talvez seja justamente este o ponto, de manter as aparências - ou mais que isso fingir que estamos em tempos melhores que quaisquer outros (ei, tá cheio de gente dizendo que é a Era de Ouro da TV, por produções como Breaking Bad, House of Cards e Mad Men - claro que ignorando que essa mesma tv produz o reality show da Honey Boo Boo - se você não viu isso, tenha muito cuidado ao clicar, ou nem clique, e outras coisas igualmente deploráveis e ruins).
Mas aí a pergunta é: Porque, se é pra manter as aparências, pelo menos não investir em gente talentosa e com um pouco de boa vontade?
Afinal, gente como Quentin Tarantino, Kevin Smith e Robert Rodriguez começaram nos anos 90 sem um pingo de incentivo - e produziram alguns dos melhores filmes da supracitada década.
Porque não investir nos Tarantinos (ou qualquer outro nome relevante da última década do século XX) dessa nova década ao invés do novo próximo filme ruim com Rob Schneider?
Eu tenho uma teoria, bastante simples, mas será tema de um próximo post.
(Não quero fazer suspense, é que precisa de contextualização, afinal é uma questão de prioridades - dos motivos de investir milhões nos salários dos atores de um filme ruim, sendo que todo esse valor paga a dotação orçamentária anual de algumas universidades...)
Ao mesmo tempo, surgem questões sobre o (altamente saturado) mercado de entretenimento, e, questões ainda mais importantes de que, será que essa quantidade abissal e absurda de filmes que a indústria de entretenimento continua a produzir não é justamente para que uma indústria de entretenimento continue a existir...?
O grande dilema existencial de uma sociedade vivendo uma enorme crise do sistema financeiro mas que precisa de verba para arcar -e recuperar - o prejuízo... E que precisa cortar gastos na produção de entretenimento (que é um gasto desnecessário) para produzir mais entretenimento (que continuará a ser um gasto desnecessário).
Talvez seja justamente este o ponto, de manter as aparências - ou mais que isso fingir que estamos em tempos melhores que quaisquer outros (ei, tá cheio de gente dizendo que é a Era de Ouro da TV, por produções como Breaking Bad, House of Cards e Mad Men - claro que ignorando que essa mesma tv produz o reality show da Honey Boo Boo - se você não viu isso, tenha muito cuidado ao clicar, ou nem clique, e outras coisas igualmente deploráveis e ruins).
Mas aí a pergunta é: Porque, se é pra manter as aparências, pelo menos não investir em gente talentosa e com um pouco de boa vontade?
Afinal, gente como Quentin Tarantino, Kevin Smith e Robert Rodriguez começaram nos anos 90 sem um pingo de incentivo - e produziram alguns dos melhores filmes da supracitada década.
Porque não investir nos Tarantinos (ou qualquer outro nome relevante da última década do século XX) dessa nova década ao invés do novo próximo filme ruim com Rob Schneider?
Eu tenho uma teoria, bastante simples, mas será tema de um próximo post.
(Não quero fazer suspense, é que precisa de contextualização, afinal é uma questão de prioridades - dos motivos de investir milhões nos salários dos atores de um filme ruim, sendo que todo esse valor paga a dotação orçamentária anual de algumas universidades...)

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