Semana passada eu fiz um post sobre os filmes da fase 2 da Marvel, e, após assistir essa semana o novo episódio de Arrow ("Seeing Red", com um final que me surpreendeu).
E eu entrei numas de superanalizar a excelente participação do vilão Exterminador em Arrow e perceber que esse tipo de comportamento se repete em outras adaptações dos quadrinhos DC.
Como Zod em Homem de Aço (colocando o protagonista na difícil situação de ter de decidir entre salvar seu planeta adotivo e os últimos exemplares de sua espécie), ou nos filmes recentes de Batman com Ra's Al Ghul, Coringa e Bane - em maiores ou menores proporções - se esforçando pra expôr algumas das hipocrisias do homem com um capuz julgando-se digno e capaz de julgar os demais.
Arrow (o seriado da CW) traz, constantemente a história de um homem lutando contra todas as probabilidades (e perdendo constantemente)... Algo que serve muito bem como analogia para a condição humana, não?
Arrow (o seriado da CW) traz, constantemente a história de um homem lutando contra todas as probabilidades (e perdendo constantemente)... Algo que serve muito bem como analogia para a condição humana, não?
Esse tipo de questionamento moral - complexo e altamente subjetivo - parece desconexo com a ideia do filme pipoca com função de entretenimento barato, com uma produção que se permeia apenas nas limitações do que a ela é exequível (por efeitos especiais se não possível de outra forma). São perguntas difíceis sobre o papel do individuo e da sociedade - e seus limites na tomada de medidas e ações que o almeje salvador da pátria. Afinal, que garantias existem numa sociedade em que super humanos podem se estapear e prender a todos aqueles que ousem desafiá-los.
Talvez até por isso tanta gente questionou a destruição de Metrópolis (e Smallvile) em Homem de Aço, mas muito pouco os resenhadores questionam os exceções de ufanismo em produções como Capitão América O Soldado Invernal e Homem de Ferro 3 (ou até porque não pareça exatamente absurdo ao estadunidense médio ver incoerência no papel intervencionista - principalmente fora de suas fronteiras - como algo errado e, bem, que não cabe a quem está executando).
Ou talvez não... Talvez seja justamente o fato que a DC (warner) tenha a má ideia de achar que deve fazer algo mais complexo nos cinemas e tv do que há nos porcos argumentos dos quadrinhos mensais (salvas raras exceções).
Afinal, se o Doutor Octopus troca de corpo com o Homem Aranha (e isso é sucesso de vendas da série mensal), porque eu vou querer ver no cinema uma complexa análise da psique humana sobre homens e mulheres de colante se digladiando pelas ruas de Nova Iorque...?
Sabe, como algo que Wes Anderson dirigiria...
Mas sei lá...
A Disney faturou mais dinheiro com Homem de Ferro 3 que eu devo ganhar até o final da minha vida, então que critério tenho eu pra criticar, né? Já diziam os Rutless que "tudo que se precisa é dinheiro" (All you need is cash).

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