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16 de agosto de 2013

Fernando Gabeira sobre a mídia ninja

"É impossível expressar o talento pessoal, amplamente, tendo de se submeter aos interesses de um grupo, que decide o que e como publicar. Os jovens da Mídia Ninja acham que a grande imprensa é parcial. E, em vez de defender a imparcialidade, tomam partido e afirmam que a verdade surgirá do intercâmbio de múltiplas parcialidades. Essa discussão é uma das mais antigas e, diria, entediantes, depois de tantas madrugadas nos bares de Ipanema. Apontar a câmera para um lado, e não para o outro, já significa uma escolha pessoal. Imagens, verbos, adjetivos, tudo isso expressa uma tomada de posição. Em certos fatos jornalísticos, que envolvem também a concepção democrática de cada um, fica visível onde está e o que quer o narrador."

Fernando Gabeira (daqui).

Eu já discordei muito do Gabeira, mas não tem como refutar sua lógica dessa vez.
Vale lembrar do princípio físico que atesta que a presença do observador imediatamente altera o resultado observado do ambiente natural - como o Futurama destaca ao dizer 'Você mudou o resultado ao mensurá-lo', para cimentar de vez a discussão.
Afinal, o jornalismo não precisa estar em todos os lugares (isso é serviço das torres de telefonia), mas disseminar informação, e mais que isso, os fatos... A menos que eu tenha perdido alguma etapa importante que mudou isso.

Pra aproveitar tem a entrevista que o Gabeira menciona na matéria - do Roda Viva - e algumas verdades não explicadas sobre o Pablo Capilé (idealizador/mentor/picareta) também parte entrevistada.

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