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20 de março de 2013

A invenção da realidade.

A partir de hoje, em capítulos semanais eu aproveito este espacinho para divulgar os contos de meu (não publicado) livro.

Não me sobra tempo ou energia para correr atrás de divulgação/publicação, então que pelo menos em algum momento e algum lugar ele encontre espaço para florescer.

Sem mais delongas, senhoritas e cavalheiros, o prólogo:




É uma noite ordinária e chove muito.
A água parece querer lavar a alma de toda a criação com sua intensidade mesmo que complacente. Uma benção de fato, para aplacar o calor infernal que castigava cada vivalma desta parte do globo. Aqueles mais afoitos optaram por diminuir sua frustração com o clima ao sorver uma pequena quantia de álcool. Com a chuva tinham motivo para consumir um pouco mais.
É um ambiente descontraído, que segundo a lenda fora fundado logo depois do descobrimento do país, quiçá os índios já ali se reuniam para suas confraternizações e cerimônias. Alguns dizem até que os neanderthais já usavam tal ambiente para sua recreação, tendo nas pedras da fundação deste lugar marcações primitivas de digitais de homens e mulheres antes mesmo de serem chamados homens e mulheres. Mas isso, como quase todo o resto, são apenas histórias que o povo conta. Até porque, se alguém ali fosse velho o suficiente para testemunhar tais fatos, não teria memória boa o bastante para se lembrar.
Porque, como alguns podem lhe dizer, vez após vez, mesmo que você não escute... São apenas histórias que acontecem. Palavras, seguidas por outras palavras, de forma ritmada ou não, condizendo com um contexto que se forma e transforma as sentenças em ordem lógica para criar algo cada vez maior e mais concreto, fluindo e seguindo até que algo começa a se formar...

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