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28 de fevereiro de 2013

Para valorizar: Jorge Ben (Jor)

A música brasileira, ao que vejo mais que em alguns outros lugares do mundo, é uma criatura ingrata (como Hunter S Thompson define brilhantemente "O meio musical é uma cruel e vazia trincheira de dinheiro, um longo e plástico caminho de acesso onde ladrões e cafetões correm livremente e bons homens morrem como cães. Há também um lado negativo"), e grandes interpretes acabam perdidos e esquecidos num vácuo entre o excesso de espaço midiático dado a gente sem talento (sim, estou olhando pros camaros amarelos).

Jorge Ben Jor não está sozinho nessa, mas talvez seja o único grande artista brasileiro vivo que padece desse mal (Tim Maia e Wilsom Simonal que o digam), músicos de uma época em que o Brasil de fato fazia soul music com qualidade. E não só soul.

Plagiado por (decrépitos) artistas internacionais (que mal merecem citação) ao mesmo tempo que paparicado por grandes gênios - como David Byrne (dos Talking Heads) - o soul brasileiro merece muito mais do que recebe. E se eu puder contribuir mesmo que só um pouquinho nesse tributo, bem, já terei feito minha parte.


ZAZUEIRA! ZA-ZU-EIRA!

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