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17 de junho de 2022

{Resenhas} TMNT: Shredder's Revenge

Durante a pandemia, devido a algumas promoções do Kindle eu entrei numa onda de nostalgia e comprei os três primeiros volumes da coleção do Papel e Nanquim das Tartarugas Ninja originais, e, verdade seja dita, o material tem seu charme tosco e bastante cru daquele material que é 100% energia mas sem talento para guiá-la e oferecer algum tipo de norte.

Eastman e Laird são dois autores independentes com um amor incondicional aos quadrinhos de super heróis, e, um amor ainda maior ao trabalho do Frank Miller com várias menções ao Demolidor (incluindo a origem das Tartarugas Ninja e o Clã do Pé, em oposição ao clã de ninjas do Tentáculo - no original 'The Hand' ou a mão). No entanto o material parece incapaz de entender exatamente o que é e encontrar seu ponto diretamente, trilhando num caminho sério demais enquanto usa de animais antropomorfizados lutando caratê nos telhados de Nova Iorque.

De olho no potencial, já nos anos 1980 enxergaram a franquia e a transformaram completamente para o público infantil (visão mais lógica, afinal são animais antropomorfizados lutando caratê nos telhados de Nova Iorque), e vieram os filmes com marionetes construídas por Jim Henson em um de seus últimos trabalhos e a primeira animação iniciando em 1987 até 1996 com a visão de produzir bonequinhos e vender a franquia de toda forma possível, com todo tipo de licenciamento imaginável e o sucesso veio, consolidando as Tartarugas Ninja como uma força enorme e potencial a ser reconhecidas (até a Nickelodeon comprar o material por milhões e não saber mais exatamente o que fazer com a franquia, mas isso já é outra história).

Um dos focos onde a franquia prosperou foi com uma parceria com a Konami para produção de videogames, e, num intervalo curto vieram vários, sendo as versões de arcade e do super nintendo (Turtles in Time) as mais famosas e lembradas pelos fãs. Usando o visual colorido da animação clássica e combinando ao estilo dos beat-em-ups dos anos 1990 com viagem no tempo e estágios malucos onde tudo poderia acontecer (e surgir diante do jogador) Turtles in Time logo prendeu a atenção do jogador e se tornou um marco da história dos videogames, ainda que curiosamente nunca tenha uma direta continuação, bem, até 2022.

Shredder's Revenge (ou a Vingança do Destruidor) é basicamente essa continuação do jogo da Konami com um ar moderno que permite tanto ir além e fazer (muito mais, como adicionando as vozes de quase todo o elenco da animação aos seus personagens) enquanto abraçando aquela estética da época e as limitações de bits e bytes dos arcades e sistemas caseiros. O resultado é uma viagem alucinante pela memória e um jogo que facilmente prende a atenção do espectador - mantendo-o engajado e querendo jogar mais um nível, e mais um e mais outro.

Se existe algum negativo que posso destacar, e acho que é pequeno em virtude de pacotes de DLC e patches que podem remediar a situação num futuro próximo, o jogo é bastante curto e oferece pouco material adicional (são seis personagens principais desbloqueando somente um sétimo ao final da aventura, ainda que existam várias participações aqui e acolá). Não acho que diminui a experiência, é um ótimo jogo e vale muito a pena conferir.

Cowabunga!

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