Só que ele simplesmente não consegue deixar o passado para trás, não é? Não é como deixar um emprego numa papelaria antes de começar numa multinacional quando você literalmente tem esqueletos no armário.
E esse conflito de Barry com seu senso de moralidade e a constante reflexão sobre a possibilidade de redenção - e até mesmo se ele pode ou merece encontrar alguma paz e felicidade - enquanto de mesma forma nos apresenta os conflitos dos personagens secundários (e por Rao, é uma cornucópia de talento começando com Henry Winkler - sim o Fonz - Stephen Root, Sarah Goldberg e a extraordinária D'Arcy Carden - sim, a Janet - e isso sem esquecer dos excelentes Anthony Carrigan como NoHo Hank - que merece um spin-off - e Paula Newsome)... E o roteiro muito bem escrito e cheio de nuances e detalhes, assim como a direção primorosa seja do astro do show Bill Hader, do co-criador Alec Berg ou do diretor/produtor de Atlanta, Hiro Murai.
O que chama a atenção, acima de tudo, é o quanto o show consegue partilhar de elementos de um drama intenso e poderoso sobre um homem lidando com suas escolhas e seu passado, enquanto brincando com um humor sombrio e tenebroso - que sempre consegue vazão para momentos tolos e idiotas. NoHo Hank com uma peruca loira tentando se disfarçar numa multidão para citar apenas um exemplo sem estragar o show.
E com duas temporadas com episódios de aproximadamente 30 minutos e a terceira temporada inicia no final de abril e isso dá quase 45 dias para assistir a duas excelentes temporadas, me parece um ótimo momento para dar uma chance a uma das melhores séries da televisão.
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