4,5/10 |
Uma resenha de quinta, num domingo???? Ou hoje seria realmente quinta???? Oh, tantas perguntas complexas... Quase tanto quanto o seriado Maniac da Netflix!
Sim, sim, dois atores em um grande momento de suas carreiras se unem a um conceituado diretor (que fez um seriado excelente para a HBO) em um projeto bem amalucado de um seriado de prestígio (ou mini série dependendo obviamente do buzz gerado) para a Netflix e, bem, é um negócio bem morno.
Sim, sim, dois atores em um grande momento de suas carreiras se unem a um conceituado diretor (que fez um seriado excelente para a HBO) em um projeto bem amalucado de um seriado de prestígio (ou mini série dependendo obviamente do buzz gerado) para a Netflix e, bem, é um negócio bem morno.
Morno, sem graça, e esquecível.
Eu acredito que exista algo maior (que eu chamaria 'pretensão', mas talvez seja pretensão minha) na construção de um mundo diferentão com uma vibe diferentona (com caixas eletrônicos conversando com você e toda aquela estética futurística com ares de anos 80) buscando construir a partir daí - e das atuações dos protagonistas - uma trama, que, verdade seja dita, não se constrói.
É Jonah Hill fazendo um papel que ele já fez umas quinhentas vezes em filmes diferentes (o mané cheio de manias que se vê deslocado do mundo), enquanto Emma Stone também está lá se esforçando para fazer um papel bastante clichê (da garota cheia de atitude frustrada e quebrada emocional e financeiramente) e longe de criticar os atores em si, uma vez que lhes falta material com o que trabalhar.
Tudo bem que Emma Stone tenta se esforçar bem mais do que o material propõe (ou merece), mas é fácil ver o quão genérica mesmo sua atuação fica quando ela encarna sua Margot Robbie interior para viver uma caipira dos anos 80...
O primeiro episódio tenta confusamente oferecer um breve olhar sobre a psique fraturada do personagem de Jonah Hill (Owen Milgrim) enquanto apresenta o mundo e os personagens nele inseridos, e enquanto tenta se destacar cosmeticamente de outros seriados (com robôs coletando fezes de cachorro ou a já citada vibe de anos 80) parece incapaz de fugir de outros milhões de materiais de ficção científica.
Sejam os livros (e filmes baseados na obra de Phillip K Dick) com o protagonista que não sabe exatamente onde está e o que é ao Matrix em que se é o herói messiânico que pode salvar essa(s) realidade(s) passando por uma dezena de outras 'inspirações' que pareceriam até um Black Mirror light (sabe, sem os palavrões, sexo e temas adultos), mas nada parece autêntico e genuíno.
Tudo é falso ou copiado de algo muito melhor... E isso torna a experiência tediosa.
Mas nada disso é verdade.
Na verdade só parece com todas essas coisas para ter um toque mais 'glamouroso' mas ele tem muito mais de um remake de um filme horroroso de 1983 com o brilhante ator Raul Júlia chamado 'Overdrawn at the memory bank' (que seria algo como Saque do banco de memória só que com efeitos e condições um pouco melhores...
Quer dizer, a ideia central básica é bem parecida (pra não dizer a mesma), de gente estressada buscando uma terapia esquisita e extremamente experimental que envolve memórias simuladas por um computador - e algo dá muito errado em certo momento fazendo com que a experiência toda tome rumos imprevisíveis dentro da psique do(s) indivíduo(s)... Só existe mais esforço, principalmente da Emma Stone, e mais efeitos especiais.
Do resto, é Overdrawn at the memory bank mesmo.
Claro, claro, você vai ler críticos batendo palmas como se fosse o segundo advento, mas é simplesmente pelos fatos apresentados no segundo parágrafo...
Fraquinho.
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