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26 de dezembro de 2017

O Melhores (e piores) de 2017 - CINEMA

Não são escolhas fáceis pela ampla variedade em ambos os casos. Dava pra fazer elencar uns dez, até 20 em cada condição, com filmes espetaculares como Mulher Maravilha, Logan, Baby Driver (ou Em Ritmo de Fuga) - e claro, o Lego Batman!!!! - que facilmente são aqueles filmes pipoca que irão render reprises e mais reprises nos anos futuros, e outros filmes que ainda com menor representatividade obviamente com um menor grau de repetição mas com enorme intensidade e qualidade mereçam enorme destaque como Blade Runner 2049 (que eu quero rever, mesmo que não tenha gostado tanto assim na primeira exibição) ou Corra!, a animação Capitão Cueca (ei, é ótimo, sério) e dois filmes que ainda não chegaram por aqui Três Anúncios para um Crime e o forte candidato ao Oscar de melhor atriz para Margot Robbie com Eu, Tonya.
Dito tudo isso, minha escolha: Dunkirk.


Eu acredito piamente que gostei mais de outros filmes, eu acredito piamente que gostarei mais de outros filmes (os dois citados no parágrafo anterior que não estrearam por aqui) de 2017, mas eu realmente duvido que um filme esse ano foi mais pungente e mais arrebatador em sua estrutura, composição e construção de cenas.
É um thriller num cenário de guerra que expõe os horrores sem ser (ou soar) forçado, muitas vezes com o mínimo de diálogo para expor mais que qualquer coisa a condição humana.

Filmaço.

Nos piores, bem, a coisa é ainda pior com uma lista que ainda não terminou de crescer, seja com O poderoso Chefinho (???), o Filme dos Emoji (??????), o último filme de Tyler Perry (infelizmente último no sentido de mais recente) ou o novo remake da Múmia com Tom Cruise, mas, francamente, essa categoria vergonhosamente é do Brasil, e é lamentável que vejamos (mais) um ano com tantas (más) escolhas.

Quer dizer, quando a grande escolha do cinema nacional para concorrer ao Oscar é um filme sobre um sujeito que representava o palhaço Bozo no SBT eternamente frustrado por não ser reconhecido por seu trabalho.... Bem, quando de toda a nossa produção de filmes, esse é o melhor, você só pode imaginar o que não passa nem pelo crivo qualificador, certo? Quer dizer, claro que existem filmes excelentes sobre pessoas com problemas individuais e bastante atípicos (Meu Pé Esquerdo para citar somente um, mas quase toda a filmografia do Woody Allen lida com algum tipo de doença mental quando não foca somente em paranoia), com motivos para serem contados.
Quem se importa com o Bozo?

Aqui é o oposto do problema do filme da Lava Jato (que ainda está em andamento e não chegou a uma conclusão lógica portanto a história do filme não tem uma conclusão coerente), pois está longe demais do objeto para ele ser relevante. O Bozo está fora da tv a tanto tempo que, bem, para uma parcela enorme da população a sua existência é mera lembrança, e sua existência em geral bastante irrelevante.
O sujeito teve um colapso, uma recaída e teve de passar por vários perrengues? Legal, e agora pra colocar o último prego no caixão o motivo da grande frustração de seu passado - o fato que não era reconhecido interpretando o personagem) é pouco ou nada relevante.

Só pra concluir, de fato o filme até é bom em comparação com o que vem nos próximos parágrafos, mas longe da qualidade de cinema que vemos pelo mundo. Na dúvida pra entender porque o filme não está à par do nível internacional fica algumas sugestões para se assistir como a Toni Erdmann (vencedor do Oscar de filme estrangeiro de 2017 e da Palma de Ouro e...) ou o pesado (quase brutal) e profundo Amor de 2012 ou mesmo baixando um pouco o nível para filmes que pouco ganharam reconhecimento temos o ainda excelente filme britânico  Eu, Daniel Blake (está na Netflix) ou mesmo o brilhante filme irlandês Sing Street de 2016 (que esteve na Netflix até um tempo atrás), ou somente alguns filmes brasileiros bons de fato como Central do Brasil...

Bem, provavelmente serão filmes sem qualquer propósito como Meus Quinze Anos da atriz mirim prodígio do SBT (e com toda a qualidade de produções do canal), ou Divórcio (que me disseram que era pra ser uma comédia, assim como 'Gosto se discute') ou, a minha escolha para a categoria o patético e lamentável filme Os Parças.

Eu realmente agradeço não ser pago para escrever resenhas para algum grande jornal, site ou algo que o valha pois se eu tivesse de assistir a esse filme por toda a sua extensão e duração eu provavelmente estaria nesse momento em alguma instituição para clínicos insanos. Possivelmente dividindo cela com o Coringa no Arkham...

Ainda mais quando Tom Cavalcante (que é o melhor ator do grupo) precisa reduzir seu talento para dar espaço para péssimos 'comediantes' (no sentido mais vago da palavra) brilharem devido a sua popularidade, resultando em piadas forçadas, fracas e francamente estúpidas.
O troço é tão ruim, mas tão ruim que eu acredito que sobreviver ao trailer sem se perguntar quando Lorde Cthulhu virá para nos libertar dessa terrível existência fica mais difícil a cada segundo.

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