Nota: 6,0/10 |
Vamos do começo do reboot que impulsionou a fase mais famosa (e, francamente, o começo que vale) para a personagem feminina mais icônica dos quadrinhos, a série Wonder Woman começando em 1987 com George Pérez na arte e parte dos roteiros.
E, mesmo em 1987 as histórias já são bastante datadas e com uma série de problemas estruturais - que eu descreverei nos próximos parágrafos - então é de se imaginar porque digo que o material anterior não valha exatamente muito a pena pesquisar a menos que com o interesse 'arqueológico' de conhecer os primórdios da personagem...
Primeiro, a história começa estranhaça com um assassinato nos tempos das cavernas que vai se misturar com mitologia grega combinando com super heróis na mitologia da Mulher Maravilha (ainda que seja um tanto parecido com a ideia de misturar a mitologia nórdica com super heróis que a Marvel utilizou para Thor)... E temos uma ilha de mulheres reencarnadas criadas pelas deusas gregas que são perseguidas por Hércules.
Aqui a história com Hércules pende para um bizarro cenário que parece mais o enredo de pornô ruim - com as amazonas encarceradas pelos exércitos gregos e usadas como objetos e brinquedos sexuais (e não, não é exagero meu, pois fica bem claro, ainda que não explícito)...
Essa história vai render mais elementos e pontos para os volumes seguintes (de novo alguns pontos estranhaços que incluem Zeus querendo passar o rodo em todas as amazonas no segundo volume com toda a sutileza de Austin Powers, que inclusive acho que Zeus diz em dado momento para que alguém se ajoelhe para receber as graças/bençãos dele!), mas eu ainda acho no mínimo confuso acharem necessário esse tipo de trama, e talvez seja só o fato que envelheceu mal mas eu acho que nem trinta anos atrás isso fazia sentido.
O restante do material também é um tanto apressado nas resoluções dos grandes conflitos - Ares e seus filhos tem um longo e complexo plano de dominação do mundo e SPOILER tudo se resolve com um amuleto mágico... Tudo em meras sete edições!
Isso em meio de alguns coadjuvantes e histórias paralelas que não rendem lá muita coisa (como o general corrupto que quer destruir Steve Trevor ou o contexto do aprendizado do inglês pela Mulher Maravilha).
O segundo volume traz uma boa melhora no fluxo e estrutura dos desafios da Mulher Maravilha, contextualizando melhor a condição de mitologia e alguns dos coadjuvantes. Tem um enorme problema com o envolvimento da série entre dois (isso, DOIS EVENTOS entre SETE edições!) mega-eventos da DC (sem uma mísera e maldita nota de rodapé para quem não leu ou lembra - como Millenium, que é um evento que durou dois meses cruzando mais de cinquenta edições, e basicamente é alguma bobagem sobre os Caçadores Cósmicos...)
Ainda não é nenhuma obra-prima, e, particularmente está milhas de distância para chegar à ótima fase de Brian Azzarello...
Isso em meio de alguns coadjuvantes e histórias paralelas que não rendem lá muita coisa (como o general corrupto que quer destruir Steve Trevor ou o contexto do aprendizado do inglês pela Mulher Maravilha).
O segundo volume traz uma boa melhora no fluxo e estrutura dos desafios da Mulher Maravilha, contextualizando melhor a condição de mitologia e alguns dos coadjuvantes. Tem um enorme problema com o envolvimento da série entre dois (isso, DOIS EVENTOS entre SETE edições!) mega-eventos da DC (sem uma mísera e maldita nota de rodapé para quem não leu ou lembra - como Millenium, que é um evento que durou dois meses cruzando mais de cinquenta edições, e basicamente é alguma bobagem sobre os Caçadores Cósmicos...)
Ainda não é nenhuma obra-prima, e, particularmente está milhas de distância para chegar à ótima fase de Brian Azzarello...
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