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16 de julho de 2016

{2016 em resenha} O estranho ano até agora...

Por razões que não posso (ou consigo) exatamente explicar, ganhei um ingresso para o lançamento de 'Os Caça-Fantasmas'.
O filme não é bom, e, francamente eu não tinha a menor expectativa que fosse (ei, com exceção de Mad Max - Estrada da Fúria que outro filme lançado como continuação e/ou reboot para uma franquia antiga deu certo? Preciso lembrar da experiência excruciante que foi assistir Debi e Lóide 2?), mas ele sofre de um mesmo sintoma que eu vi em boa parte das produções que eu assisti até agora, que é uma certa apatia...

Quer dizer, talvez seja o meu sentido cínico tilintando alto mas "apatia" parece a única palavra que faz justiça ao grande coro de lançamentos desse ano com protagonistas sem carisma, sem graça e muitas vezes sem ao menos uma maldita motivação digna.
Não só as Caça-Fantasmas de Kristen Wiig como os heróis da DC que resolvem fazer as pazes porque suas mães tem o mesmo nome ou os da Marvel que precisam como motivo para uma briga o novelesco 'melhor amigo assassinou os pais do outro amigo'.
Vê-se um enorme cansaço de alguns atores que é quase palpável quando vemos que estão em duas/três/n produções diferentes lançadas num mesmo ano (algo que antes só o Samuel L Jackson e o Nick Cage fazia, e, os resultados são bem aqueles mesmo), mesmo aqueles que são famosos pela sua energia e carisma.

Droga, nesse mar de marrom e sépia, Deadpool (com todas suas falhas, com todas suas piadas fracas e rombos no roteiro) é o melhor filme do ano até agora! É, isso mesmo, eu mantenho essas palavras (que nem eu acredito que estou escrevendo).Tá, tá, Procurando Dory é melhor, e mesmo Zootopia (com sua confusa mensagem sobre preconceito - ora justificando e ora criticando) são bem melhores, só que francamente animações são um caso a parte (Moebius explicou brilhantemente isso enquanto trabalhava na produção de storyboards para um certo filme que nunca foi produzido, dizendo como no papel e nanquim qualquer coisa é produzida enquanto para tornar isso real e crível diante de uma câmera, bem, os custos são bem maiores que do papel e nanquim).

Ainda que eu acho francamente que filmes melhores virão (Jason Bourne é minha aposta para salvar o começo do segundo semestre e ainda estou com boas expectativas para os dois filmes de supers que encerram o ano - Dr Estranho e Esquadrão Suicida, isso sem falar das promessas Swiss Army Man e The Neon Demon), e, espero que seja só uma impressão, ainda que razoavelmente justificada, fica um ar estranho da qualidade aquém de filmes até o momento.

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